CRÍTICA – Viva: A Vida É Uma Festa (2018, Lee Unkrich)

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Viva é a mais nova animação da Pixar, do mesmo diretor de Toy Story 3Procurando NemoO Bom Dinossauro e outras mais. A história se passa no México, durante o famoso feriado do Dia dos Mortos, e conta um pouco da vida de Miguel, um menino de 12 anos que tem o sonho de ser músico assim como seu ídolo Ernesto De La Cruz, mas sua família não concorda com isso. Diante desse dilema, ele acaba acidentalmente indo parar no mundo dos mortos.

Essa é mais uma daquelas animações que conseguem emocionar públicos de todas as idades. A trama trabalha temas delicados como problemas familiares e a morte de forma que fique suave para uma criança sem subestimar os mais velhos. Mas também tem mensagens que apenas os adultos vão conseguir entender.

A história envolve o espectador aos poucos de forma quase imperceptível para a chegada do clímax, provocando sentimentos verdadeiros e naturais.

O filme tem como grande mérito explorar de forma genuína uma cultura tão rica e bonita como a mexicana. O Día de Los Muertos é uma data de extrema importância para esse povo porque é o momento em que eles podem se conectar com os familiares que já se foram. O estúdio conseguiu reproduzir isso da melhor forma possível, tomando cuidado para não deixar nenhum elemento de lado, desde o altar com retratos dos entes queridos, o arco de flores de rojao, que representa a entrada por onde os espíritos passam para visitar o mundo dos vivos, até os alebrijes, guias espirituais que fazem parte do folclore deles.

Seguindo esses conceitos, o filme desenvolve suas próprias regras e usa as memórias como vínculo entre os vivos e os mortos, mostrando a triste consequência de ser esquecido por alguém. Ao mesmo tempo que destaca a importância de criar laços uns com os outros.

A qualidade técnica da animação também impressiona pela riqueza nos detalhes, desde as covinhas no rosto do protagonistas até a textura na pele dos mais velhos. Se isso já não fosse o suficiente, é perceptível o esmero utilizado ao fazer as mãos dos personagens e isso é destacado nas cenas com planos mais fechados.

Os cenários desenvolvidos são deslumbrantes, a riqueza de cores dá vida ao mundo dos mortos, enfatizando que para aquela cultura a morte não é o estágio final. Também é impressionante a forma como os espíritos que estão sendo esquecidos pelos vivos são retratados.

O 3D infelizmente não acrescenta quase nada, são poucas as cenas que é possível sentir alguma profundidade. Mas isso está longe de ser um problema que vá estragar a sua experiência.

A Pixar entrega mais uma obra repleta de mensagens profundas sobre sonhos, amor de família e lembranças que criam uma conexão emotiva com quem está assistindo, fazendo com que seja praticamente impossível não chorar até o minuto final.

Assista ao trailer:


Avaliação: Ótimo

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