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CRÍTICA – Sonic: O Filme (2020, Jeff Fowler)

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CRÍTICA – Sonic: O Filme (2020, Jeff Fowler)

Sonic: O Filme chega aos cinemas de todo o mundo na base da desconfiança. Após um boicote colossal ao ouriço mais famoso dos videogames por conta dos efeitos especiais utilizados no primeiro trailer, a versão finalizada do live-action chega às telonas com a responsabilidade de cativar jovens e adultos.

Confira também nossa crítica em vídeo:

Como é de conhecimento geral, o longa é baseado na saga extremamente famosa iniciada nos videogame dos anos 1990. Lançado mais precisamente em 1991 para o console Sega Genesis, Sonic era o jogo mais popular da Sega e também teve versões para outros dispositivos da empresa, como Master System, Mega Drive e Dreamcast. No Brasil, o game do ouriço era, basicamente, a opção que batia de frente com o Mario e seu Nintendinho.

Ao contrário dos jogos de hoje em dia, Sonic não tinha lá muita história. As aventuras ofereciam alguns personagens, várias fases, argolas e diamantes a serem coletados. O grande vilão, Dr. Ivo ‘Eggman’ Robotnik, aparecia sempre como o chefão das fases, dificultando a vida dos jogadores. Para transformar essa trama em um filme, os roteiristas Patrick Casey e Josh Miller tiveram bastante trabalho pela frente.

Sonic: O Filme conta a história do ouriço azul – que aqui é, basicamente, um alienígena – de forma rápida e sem grandes aprofundamentos. Criado por uma Coruja – que é, nas palavras dele, seu Obi-Wan KenobiSonic é uma criança engraçada e divertida que não liga muito para as regras. Devido ao seus superpoderes, sua vida é ameaçada constantemente por criaturas malvadas, fazendo com que ele salte de um planeta para o outro, em busca de esconderijo, usando suas famosas argolas douradas.

O ouriço firma território em uma pacata cidade chamada Green Hills onde, basicamente, nada acontece. Sendo assim, seu passatempo é acompanhar a vida das famílias da cidade, principalmente a do policial Tom Wachowski (James Marsden) e de sua esposa Maddie (Tika Sumpter). Após uma crise depressiva, Sonic utiliza sua energia de maneira equivocada, chamando atenção para sua localização e atraindo o temível Dr. Ivo Robotnik (Jim Carrey). 

A trama é extremamente simples, mas possui elementos interessantes. O uso da cultura pop, com referências a DC Comics (Flash), Star Wars e Keanu Reeves torna o personagem Sonic mais atrativo. A qualidade dos efeitos visuais é notável, mostrando o cuidado do diretor Jeff Fowler em não cometer os erros apresentados no primeiro trailer. Cenas em que o ouriço azul usa sua velocidade lembram muito os efeitos e estética do Mercúrio (dos X-Men), e as argolas lembram bastante a lógica de Dr. Estranho e seus portais. 

Entretanto, ao contrário de Detetive Pikachu, que traz uma perspectiva diferente para uma franquia já clássica, Sonic: O Filme não consegue fugir da mesmice dos filmes de mascote. Jim Carrey entrega a atuação que já é sua marca registrada em blockbusters: caretas, barulhos estranhos e tudo o que vem no pacote. Já James Marsden, que possui grande experiência em contracenar com personagens de CGI (Hop – Rebelde sem Páscoa), parece confortável no papel de sidekick

Além de trazer frescor à franquia e alcançar novos públicos, Sonic: O Filme é um entretenimento divertido para o público infantil, que ainda nos dias atuais possui ligação com o personagem. Para os adultos, o longa é uma releitura nostálgica, mas facilmente esquecível.

3,0 / 5,0

Confira o trailer final:

Sonic: O Filme estreia hoje, dia 13 de Fevereiro, nos cinemas de todo o Brasil. Não esqueça de avaliar o filme após assistir:



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