Início FILMES Crítica #52filmsbywomen 23 – Frida (2002, Julie Taymor)

#52filmsbywomen 23 – Frida (2002, Julie Taymor)

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Frida é um longa de 2002 dirigido por Julie Taymor, baseado na história da artista mexicana Frida Kahlo. A atriz Salma Hayek estrela como Frida, e também atuou como produtora, sendo uma grande responsável pela existência do filme. Além de Hayek o elenco conta com Alfred Molina, Ashley Judd, Valeria Golino e Mia Maestro.

vida e obra de Frida Kahlo são reconhecidas em todo o mundo, sendo ela uma das artistas mexicanas mais famosas, ao lado de seu companheiro Diego Rivera. A artista sempre foi rebelde, controversa e corajosa enquanto artista e mulher. Esses elementos estão muito bem expressos na atuação de Hayek como Frida, um dos grande triunfos do filme. Frida rendeu a Salma uma indicação ao Oscar muito merecida. A atriz é capaz de navegar entre as muitas dimensões e emoções da vibrante personalidade de Kahlo, expressando todo o leque de emoções necessário com muito louvor. A diretora Julie Taymor e Salma Hayek entendem por completo a figura de Frida que querem exibir e fazem jus ao legado da artista.

 

Em termos narrativos, o roteiro que transita entre um drama irreverente e um melodrama digno de novelas mexicanas, é por vezes fraco. Quando do início do relacionamento entre Frida e Diego Rivera (Alfred Molina) a personalidade e psique da protagonista são por vezes comprometidos pela história de Diego. Talvez a decisão tenha sido deliberada, visto que existe a discussão a respeito do impacto do relacionamento entre os dois na vida e obra de Frida. Porém, o ritmo do filme sofre com essas trocas momentâneas de foco. Porém o terceiro ato melhora, focando nos últimos anos da vida de Frida Kahlo e mais imerso em sua produção artística.

No aspecto técnico, Frida é impecável. A fotografia é rica em ângulos e movimentos, as cores vibrantes oferecem um frescor e uma ambientação belíssima. Mas o maior impacto fica com as cenas imersas em obras de Frida, nas quais com o uso de uma maquiagem inovadora e pinturas corporais, os atores se tornam parte de pinturas vivas, misturando o cinema e as artes plásticas de maneira brilhante, despertando a curiosidade daqueles que pouco conhecem o trabalho de Frida Kahlo, e homenageando suas obras. A premiada trilha sonora oferece ainda mais brilho as cenas, criando sequências deslumbrantes e emocionantes.

Frida é um filme esteticamente muito rico que homenageia e celebra a arte e a figura icônica de Frida Kahlo. Com boas atuações, o roteiro deixa a desejar, mas o longa se mantém envolvente e confere uma visão intimista de uma artista que marcou época e ainda hoje se mantém relevante e influenciadora.

Confira abaixo o trailer oficial:

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