Início FILMES Crítica #52filmsbywomen 5 – Middle of Nowhere (2012, Ava DuVernay)

#52filmsbywomen 5 – Middle of Nowhere (2012, Ava DuVernay)

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Uma diretora em ascensão e um trabalho certeiro.

Fevereiro é Black History Month nos Estados Unidos, o mês de comemoração e conscientização da cultura e história do povo negro no país. Sendo assim, esse mês teremos aqui apenas diretoras negras, onde começamos com Angela Robison e seu excelente filme Professor Marston e as Mulheres-MaravilhasAva DuVernay, conhecida por seu trabalho no indicado e premiado Selma, e pelo documentário A 13ª Emenda, filme que eu escrevi resenha para o Meus Dois Centavos.

DuVernay começou sua carreira com o documentário This is The Life e em seguida realizou filmes para televisão, sempre interessada em histórias e personagens negros e negras, seus backgrounds e seus feitos. Hoje, Ava é showrunner da série Queen Sugar, que acompanha a vida de três irmãs e está em sua terceira temporada. No próximo mês, seu primeiro longa de grande orçamento será lançado, o aguardado Uma Dobra no Tempo. A diretora é a primeira mulher negra da história a receber um orçamento que passa 100 milhões de dólares para um longa.

Nota 1: Os documentários A 13ª EmendaThis is The Life estão disponíveis na Netflix;

Nota 2: A série Queen Sugar conta com a parceria de Oprah Winfrey e a apresentadora também estará no longa Uma Dobra no Tempo.

O filme de hoje é Middle of Nowhere, de 2012, pelo qual DuVernay recebeu o prêmio de Melhor Direção no Festival de Sundance. Na história do longa, Ruby (Emayatzy Corinealdi) é uma enfermeira e seu marido Derrek (Omari Hardwick) está cumprindo pena de 8 anos em uma penitenciaria. Ruby acompanha o caso de perto, lutando para que Derrek seja liberado em um tempo menor para que a vida dos dois volte a se encaminhar como planejado, enquanto coloca seus planos pessoais de lado. O elenco também conta com Lorraine Toussaint e David Oyelowo.

Ava DuVernay é uma diretora com um estilo muito próprio, o qual aperfeiçoa em cada obra. Em Middle of Nowhere percebemos seu interesse na temática do sistema prisional, o qual ela viria a desenvolver por extenso em A 13ª Emenda. Porém, aqui o foco é em Ruby, uma esposa apaixonada e dedicada, e como sua história se desenvolve após a prisão de seu marido. Middle of Nowhere possui uma trilha sonora melancólica e reflexiva utilizada em momentos certeiros, de forma a conduzir os pensamentos e sentimentos de seus personagens. O filme tem um excelente trabalho de fotografia e direção de arte na construção do arco narrativo da protagonista, sem que muitos diálogos expositivos sejam necessários. Ava consegue criar histórias que são ao mesmo tempo pessoais, individualistas e universais.

Veja o trailer (sem legenda) de Middle of Nowhere:

Com as altas expectativas para seu próximo trabalho, a carreira de DuVernay está em constante ascensão e esperamos que assim continue, de forma também a incentivar e promover outras meninas e mulheres negras a buscarem a cadeira de diretora em filmes de grande repercussão e orçamento.

E aí, já começou a campanha #52FilmsByWomen? Tem ideia de algum filme nos indicar? Deixe-nos seu comentário e lembre-se de compartilhar esse post com seus amigos.

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