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Coringa: Michael Moore dá a sua opinião sobre o filme

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Joker (Coringa): Filme é descrito como "estudo de personagem doente mental que se torna o Coringa"

Coringa é oficialmente o filme do ano. Seja por sua repercussão, prêmio ou polêmicas, o novo longa de Todd Phillips e Joaquin Phoenix é um dos mais comentados de 2019 e já bateu recorde de arrecadação para um filme lançado em Outubro.

Agora chegou a hora de Michael Moore, ganhador do Oscar de Melhor Documentário por Tiros em Columbine, dar a sua avaliação sobre o novo filme do Príncipe do Crime. Para quem não sabe, Tiros em Columbine conta a história real de dois meninos que invadiram uma escola em Columbine (Colorado) e mataram mataram 12 alunos e um professor. Eles também feriram outras 21 pessoas, e mais outras três ficaram feridas enquanto tentavam fugir da escola. Cometendo suicídio logo depois.

De acordo com o diretor, Coringa é uma “obra-prima” que deve ser assistida. Em sua página do Facebook, Michael Moore postou a seguinte declaração:

“Na quarta-feira à noite, participei do Festival de Cinema de Nova Iorque e assisti a uma obra-prima cinematográfica, o filme que no mês passado ganhou o prêmio de Melhor Filme do Festival Internacional de Cinema de Veneza. É chamado de Coringa – e tudo o que ouvimos sobre esse filme é que devemos temer e ficar longe dele. Fomos informados de que é violento, doente e moralmente corrupto – um incitamento e celebração de assassinato. Fomos informados de que a polícia estará presente em todos as exibições neste fim de semana em caso de ‘problemas’. Nosso país está em profundo desespero, nossa constituição está em pedaços, um maníaco desonesto do Queens tem acesso aos códigos nucleares – mas por algum motivo, é desse filme que devemos ter medo.

Sugiro o oposto: o maior perigo para a sociedade pode ser se você não assistir a esse filme. A história que conta e as questões que o filme suscita são tão profundas, tão necessárias, que se você desviar o olhar da genialidade dessa obra de arte, perderá o presente que ela está nos oferecendo. Sim, há um palhaço perturbado naquele espelho, mas ele não está sozinho – estamos de pé ao lado dele.

Coringa não é um super-herói, super-vilão ou filme de quadrinhos. O filme se passa em algum lugar dos anos 70 ou 80 em Gotham City – e os cineastas não tentam disfarçá-la para outra coisa senão o que é: Nova Iorque, a sede de todo o mal. Os ricos que nos governam, os bancos e corporações para quem servimos, a mídia que nos alimenta com uma dieta diária de ‘notícias’ que eles pensam que devemos absorver. Mas este filme não é sobre Trump. É sobre a América que nos deu Trump – a América que não sente necessidade de ajudar os marginalizados, os necessitados. A América, onde os ricos imundos ficam cada vez mais ricos e sujos.”

 

E você, já assistiu ao filme do ano? Leia nossa crítica completa e deixe nos comentários o que você achou do filme.

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