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CRÍTICA – A Babá: Rainha da Morte (2020, Joseph McGinty Nichol)

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CRÍTICA - A Babá: Rainha da Morte (2020, Joseph McGinty Nichol)

A Babá: Rainha da Morte é uma continuação de A Babá, filme de 2017 e está disponível no catálogo da Netflix sendo um dos mais assistidos do mês de Setembro.

SINOPSE

Cole (Judah Lewis) sobreviveu ao ataque de uma seita de adoradores do Diabo. Após dois anos, o jovem rapaz se vê novamente em apuros com a volta desta seita mortal que pretende terminar o serviço.

ANÁLISE

A Babá: Rainha da Morte é um filme que tem dividido opiniões, pois a crítica especializada está detonando o longa enquanto os espectadores têm gostado do resultado.

A questão norteadora para o sucesso é que desta vez o filme abraça de vez a galhofice, algo muito positivo. Se em 2017 os estereótipos do terror foram utilizados quase em tom de sátira, aqui eles são ainda mais escrachados.

Abordando a adolescência atual da qual fazem parte pessoas desajustadas, A Babá 2 brinca com a questão dos estranhos ou freaks, uma vez que mostra Cole como um garoto incompreendido, visto que se entope de remédios para poder esquecer seus traumas, tudo isto por conta da descrença de todos que acham que ele inventou os fatos ocorridos no primeiro filme. Ao mostrar que a adolescência é um período difícil, o longa nos apresenta um dos maiores temores que temos: crescer.

Uma cena específica inclusive exemplifica isto, pois tira sarro dos adolescentes que crucificam o garoto, todavia, usam diversas drogas para fugir de suas vidas. 

Outro acerto é a forma com que A Babá: Rainha da Morte utiliza a violência, visto que há um gore exacerbado e muita criatividade nas mortes dos vilões com eles sendo empalados, decapitados, queimados e atropelados, por exemplo.

PROBLEMAS DE A BABÁ 2

Contudo, a sequência tem muitos problemas, a começar pelo seu roteiro pobre e que quer fazer o mais do mesmo. Ao trazer de volta diversos rostos, A Babá 2 não consegue fugir do que já foi visto em 2017. A volta de alguns personagens serve apenas para termos mais mortes e algumas piadas pontuais, entretanto, esta opção não foi a mais acertada.

Além disso, a obra peca ao tentar se levar a sério no terceiro ato, algo que é uma falha grotesca em um filme que tinha como objetivo ser quase um besteirol. Em certo momento, a trama fica piegas e o roteiro derrapa feio, tornando A Babá: Rainha da Morte brega, pois perde seu rumo.

Se a direção queria tentar fazer mais e melhor, deveria ter pensado antes sua estratégia. Alguns aspectos positivos estavam sendo apresentados como, por exemplo, a futilidade da geração atual e sua busca incansável por atenção. 

Se o longa tivesse seguido esta linha e focado apenas em Melanie (Emily Alyn Lind) como antagonista, seria possível uma nova empreitada mais digna e divertida, uma vez que a atriz faz um excelente trabalho.

Todavia, infelizmente o diretor aposta em escolhas erradas, criando uma obra irregular e esquecível.

VEREDITO

A Babá: Rainha da Morte é um bom divertimento, pois tem aspectos necessários para uma comédia galhofa e pastelão com muita violência e pouco para se pensar.

Contudo, as derrapadas da direção e escolhas ruins o tornam sofrível e esquecível, criando apenas um pequeno divertimento para uma tarde de domingo.

Confira o trailer legendado:

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