Início FILMES Crítica CRÍTICA – A Escola do Bem e do Mal (2022, Paul Feig)

CRÍTICA – A Escola do Bem e do Mal (2022, Paul Feig)

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A Escola do Bem e do Mal é uma adaptação dos bests-sellers de Soman Chainani e conta com Kerry Washington, Charlize Theron e Lawrence Fishburne no elenco. Paul Feig dirige o longa.

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SINOPSE DE A ESCOLA DO BEM E DO MAL

Sophie (Sophia Anne Caruso) é uma jovem sonhadora que quer se tornar uma princesa. Sua melhor amiga, Agatha ou Aggie (Sofia Wylie) é considerada uma bruxa e não quer que Sophie vá para a Escola do Bem e do Mal. Ao tentar impedí-la, as duas acabam sendo convocadas para fazer parte das turmas, mas não da forma que elas gostariam…

ANÁLISE

Adaptações de obras literárias são um tipo de projeto que podem consagrar ou destruir a vida de um cineasta, pois contam sempre com um fandom considerável e personagens amados por parte de um público que anseia em ver seus heróis e vilões preferidos em tela.

O conceito de A Escola do Bem e do Mal é muito simples, uma vez que são apresentados dois lados muito claros de personagens e a dicotomia que deixa o mundo quase preto e branco é básica para um universo bastante vasto. O fato de Sophie e Aggie existirem para quebrar esses estereótipos dos mocinhos e antagonistas é um dos poucos pontos positivos do longa que deixa muito a desejar em diversos aspectos.

O primeiro deles é da expositividade do roteiro que é demasiada. Por mais que o longa seja mais voltado para o público juvenil, não há a necessidade de diálogos tão óbvios e que ficam rodando em círculos para falar sobre o mesmo assunto incessantemente, tornando o filme cansativo pelas suas longas 02h36min. Não há o porquê de A Escola do Bem e do Mal ter uma duração tão grande já que não avança a história ou trabalha todo seu universo que parece bem rico, assim como não desenvolve seus personagens a ponto de justificar tal decisão.

Sobre a direção, as lutas não são bem coreografadas, salve algumas exceções. O uso exagerado de um CGI plastificado prejudicam e muito Paul Feig e as atuações estão medianas ou caricatas demais, com destaque bastante negativo para Kerry Washington, que dá vida a uma tutora irritante e Kit Young que faz dois papeis de gêmeos e manda mal nas duas funções, mais por culpa dos roteiristas do que de fato pelo seu trabalho.

Nada flui naturalmente e mesmo que a obra tente satirizar várias adaptações da Disney como A Pequena Sereia, Cinderela, Rapunzel e tantas outras, o texto ácido fica apenas como um pequeno alívio dentro da canastrice do roteiro.

Os figurinos são bonitos e os cenários enchem os olhos, mostrando que pelo menos algumas coisas funcionam em A Escola do Bem e do Mal, todavia, é pouco para uma construção de franquia que a Netflix certamente deve tentar realizar no futuro, pois há grandes possibilidades para pelo menos mais um longa.

VEREDITO

Tentando ser Harry Potter, A Escola do Bem e do Mal parece ser mais uma paródia que tenta tirar sarro dos contos de fadas produzidos por outros estúdios. Com algumas ideias boas, o filme poderia ser muito melhor, mas com escolhas equivocadas, desde a sua duração até o uso exagerado de CGI, atrapalham e muito a experiência de quem assiste.

1,7/5,0

Confira o trailer:

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