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CRÍTICA – Bohemian Rhapsody (2018, Bryan Singer)

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crítica Bohemian Rhapsody

A 20th Century Fox e Bryan Singer trazem em Bohemian Rhapsody a trajetória meteórica do Queen e o carisma de Freddie Mercury, seus dramas, anseios, incertezas, paixão pelos seus gatos e seu trágico fim (vítima da AIDS).

Não posso negar que as músicas (apresentações da banda), mexeram comigo e com os demais espectadores. É praticamente impossível não cantarolar e bater os pés ao ritmo dos sucessos da banda (sim, eu fiz isso!).

Ansiava pela estreia e, não sei se coloquei grandes expectativas, pois, acredito que Bohemian Rhapsody tinha tudo para ser a biografia mais interessante/encantadora e, na verdade  não passou de uma história “floreada” da vida/trajetória de Freddie e do Queen.

Rami Malek convence como Freddie Mercury, tanto pela sua semelhança com o cantor quanto pela sua presença de palco. Mas é notório, em diversos momentos, o uso do playback. Sabemos que seria impossível alcançar as notas de Mercury e os fãs certamente não gostariam disso, mas a “dublagem” do ator por vezes parece não acompanhar as músicas.

O relacionamento de Mercury com Mary Austin, vivida pela atriz Lucy Bointon, também é abordado no filme. Austin foi o primeiro amor e eterna amiga de Freddy Mercury (tanto que, após sua morte, ela herda sua mansão e parte de sua fortuna). O entrosamento deles é sensacional! Assim como o dele com os demais atores. E essa escolha do elenco foi perfeita! Todos são, inacreditavelmente, parecidos aos integrantes originais da banda.

A fotografia, a caracterização, cabelos, roupas, enfim, tudo nos remete aos anos 70/80. E nesses aspectos, não tenho do que reclamar. Os fãs mais saudosos certamente se sentirão embarcando em uma viagem de volta no tempo. No elenco temos além de Rami Malek (Mr Robot) como o vocalista do Queen, temos também Ben Hardy (X-Men: Apocalipse) como o baterista Roger TaylorJoseph Mazzello (nosso eterno Tim de Jurassic Park) como o baixista John Deacon e na guitarra temos Gwilym Lee (O Turista) como Brian May.

Quanto a cronologia, há alguns erros. Fatos colocados fora da ordem real dos acontecimentos; outros que levaram anos, se passaram em questão de dias, por exemplo. Mas isso não torna-se um erro grave ao lembrarmos que o foco principal de Bohemian Rhapsody é a trajetória do Queen, com suas músicas e o sucesso estrondoso no mundo todo.

A questão da homossexualidade de Freddie é abordada, mas de uma forma mais sutil. O filme também nos mostra a relação de Mercury com sua família, suas questões com seu pai… O início, duro, de trabalhar durante o dia descarregando bagagens de passageiros em um aeroporto e as pequenas apresentações durante a noite até o momento do estouro do Queen.

Dois álbuns são abordados no filme: Queen (1973) e A night at the opera (1975). Nos é apresentado o processo de criação de clássicos da banda, como: “Love of my life” (dedicada à Mary Austin) e “We will rock you” (criada a partir da vontade de maior interação do público com a banda). Falam, brevemente, a respeito do clipe de “I want to break free” (onde eles se vestem de mulheres), e sua repercussão, em especial nos Estados Unidos. Mas a criação que tem maior espaço/destaque no filme é obviamente o música título do longa: “Bohemian Rhapsody“. Música que se tornou algo como ícone da banda, um hino para os fãs.

A desconfiança/o descrédito da gravadora EMI, a recusa de lançamento do single e muito mais, também é discutido aqui. O Live Aid (espetáculo solidário em prol da África, realizado no Estádio de Wembley, em Londres, no ano de 1985), que gerou enorme comoção, levando milhares de pessoas a lotar o estádio, também foi parte do filme. A apresentação do Queen no evento, dá início e encerra o filme. Nos primeiros minutos, temos cenas reais da apresentação. Aqui também, temos o momento de maior destaque da atuação de Rami Malek.

Avaliação: Bom

Confira o trailer legendado:

Bohemian Rhapsody é um bom filme. Nos faz vibrar, cantar na sala do cinema e após o filme também. Vale a pena conferir! Mas, deixo claro que não será um filme que agradará a todos. Após a saída da sessão de imprensa era notório que a cinebiografia guiada por Bryan Singer divide opiniões. Sim, é difícil de acreditar mas isso aconteceu. Para alguns, apesar de ser um bom filme, é dispensável. Daí, cabe a você conferir e voltar aqui pra nos dizer o que achou. ? O longa chega aos cinemas nesta quinta-feira!

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