A franquia Como Treinar o Seu Dragão é uma das mais sólidas dos últimos anos. Com um primeiro filme espetacular e uma sequência que supera qualquer expectativa, a franquia tem como especialidade explorar o emocional como peça-chave na construção de sua trama – e quando falamos em emocional é por fazer chorar mesmo, litros e mais litros.
Como Treinar o Seu Dragão possui na bagagem três indicações ao Oscar e incontáveis críticas positivas, o que torna enorme a responsabilidade de encerrar com chave de ouro a história de Soluço e Banguela neste terceiro filme.
A trajetória de Soluço e Banguela possui altos e baixos ao longo dos filmes. Com eles, aprendemos os desafios da transição entre a adolescência e a vida adulta, das responsabilidades herdadas, do luto, de trabalhar em equipe e de dividirmos o peso de nossas obrigações com outras pessoas. É, principalmente, um aprendizado sobre solidão: não precisamos viver sozinhos, todos nós temos espaço para construirmos relacionamentos e aprendermos com outras pessoas.
No nosso primeiro encontro com a dupla, lá em 2010, percebemos o quão diferente eles são de seus “similares”. É nas diferenças que eles se aproximam, criando uma ligação única e duradoura. É nessas diferenças que o roteirista e diretor Dean DeBlois consegue criar laços profundos com a audiência, tornando Soluço e Banguela nossos velhos amigos – e que nos enchem de alegria quando retornam para mais uma aventura.
É interessante observar como o caminho de ambos cresce ao longo dos filmes. Em 2010, Soluço e Banguela são jovens descobrindo o mundo, seus perigos e diversões. 9 anos depois do seu debut, a dupla está estabelecida, com grandes planos de fazer do mundo um lugar melhor para humanos e dragões. Todos vivendo em harmonia. Claro que isso não quer dizer que eles se tornaram sábios: os desafios e vilões também evoluíram, exigindo que não só os dois, mas todo o grupo, se mantenha cada vez mais atento.
A trama desse terceiro filme é bem simples: Soluço e sua turma (Bocão, Melequento, Cabeça Dura, Cabeça Quente, Perna de Peixe e Astrid) estão motivados a libertar todos os dragões que estão sob posse de caçadores e trazê-los para Berk. Durante a missão, um novo vilão – Grimmel, o caçador de Fúrias da Noite – surge, obrigando Soluço a procurar um lugar mais seguro para dragões e vikings viverem em paz. Seu pai, Stoico, possuía uma fixação em uma antiga lenda sobre um Mundo Escondido, um lugar onde todos os dragões vivem em segurança, e é para lá que Soluço decide levar todo o seu povo.
Ao longo da trama, Banguela conhece a Fúria da Luz, uma fêmea de sua espécie.
As cenas de ação da produção são impecáveis, mantendo o bom humor já típico da franquia. É perceptível o quanto os efeitos da animação evoluíram ao longo do tempo, entregando um trabalho visualmente incrível. Inúmeras sequências chamam a atenção ao longo do filme, mas as que se passam dentro do Mundo Escondido são estonteantes! Todo o cuidado foi tomado para que a última produção da franquia fosse de fato deslumbrante – e deu certo.
É difícil dizer adeus àqueles que nós amamos, mas é necessário sabermos a hora que uma história já rendeu tudo o que deveria. Como Treinar o Seu Dragão possui esse entendimento e entrega um desfecho emocionante, divertido e encantador. É impossível não se emocionar em inúmeros momentos. Ao final da experiência, a sensação que fica é de dever cumprido e de saudade dos nossos velhos amigos.
Como Treinar o Seu Dragão 3 é uma experiência incrível para crianças, jovens e adultos. A franquia como um todo conversa com todas as faixas etárias, sendo muito feliz em sua construção de valores e lições. Um desfecho perfeito para uma animação que nos faz chorar, rir e que aquece o coração. Nossos amigos vão deixar saudade, mas sempre podemos voltar a visitá-los, quantas vezes quisermos.
Assista ao trailer:
Como Treinar o Seu Dragão 3 chega aos cinemas nesta quinta-feira (17)! garanta seu ingresso e de toda a família. E lembre-se de voltar aqui e comentar quantos lenços de papel você precisou usar para secar suas lágrimas kkkk