Início FILMES Crítica CRÍTICA – Desencantada (2022, Adam Shankman)

CRÍTICA – Desencantada (2022, Adam Shankman)

0
desencantada

Desencantada é uma sequência de Encantada, filme de 2007 que trouxe a Princesa Giselle, interpretada por Amy Adams às telas dos cinemas. O longa de 2022 traz a atriz novamente no papel principal e é dirigido por Adam Shankman.

SINOPSE DE DESENCANTADA

A Princesa Giselle (Amy Adams) sonha em viver seu conto de fadas após chegar ao nosso mundo, mas depois de viver um grande amor em 2007, ela agora tem uma rotina pacata e bem longe do que esperava. Após a visita de velhos conhecidos, a protagonista consegue mudar sua história com um toque de mágica, entretanto, as coisas dão errado e se não conseguir reverter o feitiço, Giselle se tornará uma vilã.

ANÁLISE

Encantada foi um filme disruptivo e que quebrou bastante o conceito dos contos de fada, caminhando para outras obras como Frozen poderem correr. O longa de 2007 mostrava uma princesa de um mundo fantástico vivendo o nosso dia a dia estressante e com momentos de felicidade a conta gotas que se misturam em uma rotina normal e cheia de vícios.

Já Desencantada vai no caminho inverso, mostrando como a “realidade” nos torna chatos, vazios e problemáticos, ainda mais em uma geração que parece ter saído das letras de Kurt Cobain ou da banda My Chemical Romance. A obra agora quer mudar o conceito de “felizes para sempre”, já que mostra que tanto Giselle quanto todos que a rodeiam não são plenamente alegres, mas sim, em busca de seu lugar ao Sol, assim como todos nós.

Como destaques nós temos os números musicais que são afiados. Em dado momento, Amy Adams e a excelente Maya Rudolph fazem um duelo em uma canção sobre vilãs que é super maneiro, criando o melhor momento do filme. As atuações de Adams, Rudolph e Idina Menzel são as mais interessantes aqui, mesmo que o roteiro não seja caprichado e entregue muitos clichês de comédias românticas besteirol.

Como pontos negativos, a trama é completamente batida, o que demonstra que Desencantada é um erro de percurso para lucrar com uma obra que já havia sido esquecida. Por mais que seja interessante mostrar o depois de Giselle e sua família, o longa não traz muito mais do que momentos sem inspiração, com uma trama de madrasta má contra um a pobre jovem que quer ir ao baile. A escolha aqui é apresentar as dificuldades da maternidade, principalmente quando se tem um relacionamento com uma pessoa que já tem filhos. Patrick Dempsey está completamente no automático, o que é péssimo para um ator mediano como ele.

Atualizar a história, trazendo ainda uma rivalidade que até funciona, mas muito mais pelo carisma das atrizes do que pelo texto em si só nos deixa com a sensação que Desencatada tinha potencial para ser muito melhor. Como já fora produzido, que tivesse então mais capricho e que se seguisse uma linha de trama voltada para as dificuldades de se adaptar em um mundo tão competitivo, cruel e cheio de frustrações, sem a saída infantil que o longa decidiu ter, colocando todos em uma fantasia paralela que tem o objetivo de encher os olhos e usar uma nova estética, abordando temas complexos de forma leve demais. Não precisava ser um drama denso, mas poderia ser divertido e tratar a temática de forma mais bem ajustada.

VEREDITO

Desencantada é um filme que deveria ser muito mais e que tem em seus pilares de sustentação algumas cenas interessantes musicais e em sua protagonista Amy Adams, assim como em sua vilã, Maya Rudolph, que carregam o peso nas costas. De fato, o potencial foi jogado no lixo mas, pelo menos, deve ser apreciado por quem gosta de nostalgia e é fã da franquia.

2,5/5,0

Confira o trailer:

Inscreva-se no YouTube do Feededigno

Assista às nossas análises de filmes, séries, games e livros em nosso canal no YouTubeClique aqui e inscreva-se para acompanhar todas as semanas nossos conteúdos também por lá!

Sair da versão mobile