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CRÍTICA – Godzilla 2: Rei dos Monstros (2019, Michael Dougherty)

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CRÍTICA - Godzilla 2: Rei dos Monstros (2019, Michael Dougherty)

Em 1954, nascia no Japão pelas mãos de Tomoyuki Tanaka, Ishiro Honda e Eiji Tsubaraya o nosso amigão, Godzilla.

Figura emblemática na cultura popular japonesa, Godzilla é um dos monstros mais famosos e reconhecidos pelo o mundo, responsável por incorporar o termo “Kaiju”.

Podem me chamar de leigo, mas fui conhecer a expressão “Kaiju” quando assisti pela primeira vez Círculo de Fogo (Pacific Rim). Na minha ignorância imaginei que se tratasse apenas de uma palavra diferente e “americanizada”. Foi pesquisando sobre que pude perceber que foi graças a Godzilla que o termo ganhou força.

O termo “Kaiju” se refere a uma espécie de categoria no cinema, mais precisamente no nicho japonês, onde criaturas gigantescas surgem e causam destruição onde passam, por assim dizer.

E em Godzilla 2: Reis dos Monstros podemos ver e sentir que esse termo é posto ao pé da letra.

Em 2014 o nosso amigo lagartão não conseguiu agradar muito. O Godzilla que Gareth Edwards nos apresenta funciona bem em alguns pontos, mas não podemos negar que suas falhas falam por si só, o exemplo disso é a demora angustiante em Godzilla assumir seu papel de protagonista. Com um pouco mais de duas horas de filme Godzilla aparece de maneira solida a partir da metade para o fim do filme, transformando a nossa experiência em algo totalmente frustrante. O filme possuía seus acertos, mas ainda sim estava longe de ser algo que entregasse uma obra digna.

Felizmente nesse segundo filme as nossas expectativas são correspondidas, digo, se você está saindo de casa para ir curtir um filme onde explosões, lutas colossais, laser, fogo e mais destruições, então esse filme é justamente o que você precisa.

Godzilla 2: Rei dos Monstros é continuação direta da produção de 2014, dirigido pelo talentoso Michael Dougherty (Krampus: o Terror do Natal e Contos do Dia das Bruxas). Vale lembrar que o filme se passa no mesmo universo de Kong: A Ilha da Caveira, filme dirigido por Jordan Vogt-Roberts.

Se no primeiro filme de 2014 Godzilla demora para emplacar, em Rei dos Monstros o caminho é totalmente o oposto, nos apresentando já de cara monstros que farão frente a GodzillaMothra, Rodan e por fim King Ghidorah. E é nesse ponto onde a experiência desagradável deixada pelo filme anterior desaparece.


Quando assisti ao filme Homem de Aço, de Zack Snyder, fiquei impactado – não de uma maneira negativa – com o nível de destruição que ocorre durante a luta de Superman contra seu inimigo, Zod. Essa mesma sensação foi semelhante conforme o filme Rei dos Monstros avançava, pois, a quantidade de destruição é absurdamente espetacular. De longe podemos ver a evolução tanto dos efeitos visuais quanto os efeitos sonoros.

O ritmo de Godzilla 2: Rei dos Monstros é sensacional, e Michael Dougherty nos entrega algo que deveria ter sido entregue no primeiro filme, mas acredito que é nesse ponto que o filme funciona bem, já que antes de sentar na poltrona e curtir o filme eu estava bastante desacreditado e receoso, pois a estigma do filme anterior ainda era presente.

Ainda bem que me enganei.

Godzilla 2: Rei dos Monstros parece que saiu de uma história em quadrinho violenta, pois as cenas de luta são lindas, são fortes e de longe conseguimos ver a cada momento de destruição a grandeza do filme.

Tive a pequena impressão de que Rei dos Monstros trouxe o ar nostálgico da atmosfera do filme original de 1954, ao mesmo tempo o filme consegue fazer um excelente trabalho já que se apoia na premissa de introduzir um universo rico e cheio de possibilidades, já que está previsto para 2020 a sequência; Godzilla vs Kong.

A produção de Godzilla 2: Rei dos Monstros é elevada a máxima potência e podemos ver isso desde seus efeitos até a parte de seu elenco de tirar o folego: Millie Bobby Brown (Stranger Things), Vera Farmiga (Invocação do Mal), Kyle Chandler (Lobo de Wall Street e O Primeiro Homem), Charles Dance (Game of Thrones), O’Shea Jackson Jr. (Straight Outta Compton), Sally Hawkins (A Forma da Água) e Ken Watanabe (Cartas de Iwo Jima e O Último Samurai).

Por mais que o elenco seja de peso é inegável dizer que Godzilla rouba a cena, não desmerecendo o elenco, mas acredito que Rei dos Monstros não veio apenas para mostrar seu potencial, e sim para deixar uma marca de redenção referente ao seu filme anterior.

Em resumo, Godzilla 2: Rei dos Monstros, é um ótimo entretenimento. A ação é extraordinariamente melhor e também corrige erros do seu antecessor, ao nos apresentar uma dinâmica fenomenal entre quatro criaturas onde elas travam uma batalha de proporções épicas ameaçando a existência da vida humana.

É óbvio que assistirei novamente, por que sou desses.

Abraços do tio Marlon.

Confira o trailer legendado de Godzilla 2: Rei dos Monstros.

O filme estreia no dia 30 de Maio! Lembre-se de voltar aqui na crítica após assistir ao filme e deixar seus comentários e sua avaliação.

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