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CRÍTICA – Mulan (2020, Niki Caro) | Feededigno

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Mulan

Criada pela Disney e lançada em 1998, a animação que adaptava a lenda da personagem Mulan logo passou a permear e acompanhar a infância de muitas crianças ao redor do mundo.

Encantando tanto a meninos e meninas, Mulan serviu para nos apresentar um diferente enredo e uma cultura extremamente rica, fugindo assim do eurocentrismo que muitas das histórias cismavam em nos enfiar goela abaixo, como se a cultura europeia fosse a única, mais importante, ou absoluta.

Uma versão em live action de Mulan foi anunciada em 2015 pela Disney, com Niki Caro na direção. Uma grande preocupação tomou o público, pois por ser tão aclamado, o original poderia perder todos os brilhantes detalhes que o tornam atemporal.

Baseado na balada chinesa chamada “A Balada de Mulan“, famosa desde a Dinastia Tang (618-907), historiadores chineses afirmam que a balada foi criada perto do fim da Dinastia Wei (386-534), época em que a China era frequentemente invadida por sua fronteira Norte, e uma jovem guerreira se infiltrou no exército chinês a fim de poupar a vida de seu pai já idoso.

Hua Mulan, é vivida por Liu Yifei, uma jovem com espírito guerreiro que foi treinada por seu pai desde muito pequena; por demonstrar grande habilidade tanto em luta, quanto em estratégia.

O longa de Niki Caro se mostra extremamente brilhante no que se propõe, fazendo frente aos clássicos chineses como O Clã das Adagas Voadoras, O Tigre e o Dragão, O Mestre das Armas e figura entre um dos melhores live action da Disney – se não o melhor.

O arco de Mulan é bem definido, a mostrando como uma personagem brilhante ainda que falha. Se mostrando extremamente talentosa nas mais diversas artes que envolvem o combate, a protagonista se vê envolvida em acontecimentos que mudarão sua vida para sempre.

Assim como na animação, uma invasão dos inimigos do Norte, coloca o enorme e vasto Império Chinês em perigo, quando um exército de “bárbaros” invade seu reino com a ajuda de uma “bruxa”.

VEREDITO DE MULAN

Algumas diferenças de enredo, ou a presença de alguns personagens na versão live action são sentidas quando colocamos o filme em perspectiva com o original. A substituição de Mushu por outro espírito protetor é compreensível e dá um tom mais sério e até mesmo mais fantástico ao filme.

Mulan se mostra extremamente cativante, mostrando ter se embebido nos clichês do cinema chinês, como os efeitos práticos pouco críveis, e algumas sequências extremamente divertidas.

A presença de Jet Li e outros atores de renome como Donnie Yen, Tzi Ma e Ming-Na Wen nos chegam como surpresas, e mostra o quão poderosa uma história pode ser, podendo ir além, ao nos cativar ao mostrar que mesmo quando fazemos o que é certo, podemos sentir medo. E vai além, ao nos apresentar uma Mulan carismática, divertida e extremamente bem desenvolvida.

Assista o trailer legendado:

Mulan seria lançado nos cinemas de todo o mundo, mas após um longo atraso em seu lançamento, o filme foi lançado no Disney+, o serviço de streaming da Disney.



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