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CRÍTICA – Oxigênio (2021, Alexandre Aja)

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Oxigênio é a nova produção francesa da Netflix que estreia no dia 12 de maio. O longa tem direção de Alexandre Aja (Predadores Assassinos) e roteiro de Christie LeBlanc. No elenco estão Mélanie Laurent (Esquadrão 6) e Mathieu Amalric.

SINOPSE

Em Oxigênio, presa dentro de uma câmara criogênica, uma mulher deve agir com precisão e calma para conseguir escapar. Quanto mais o tempo passa, mais desaparece o oxigênio e mais diminuem suas chances de sair dali com vida.

ANÁLISE

Um filme que brinca entre o sci-fi e o suspense, mas também flerta com o gênero de terror. A nova produção local da Netflix chamada Oxigênio vem da França e não se esforça para chamar a atenção. É fato que para uma história de suspense prender o espectador são necessárias várias revelações ao longo do filme que não deturpe sua conjuntura total.

Logo, o filme de Alexandre Aja não só consegue ser íntegro em cada reviravolta de roteiro, como utiliza de suas limitações para criar uma narrativa focada em um único objetivo: descobrir a verdade.

Mélanie Laurent interpreta uma mulher que acorda dentro de uma câmara criogênica, desorientada e sem saber sua própria identidade.  Logo, ela percebe que seu oxigênio está acabando e uma corrida contra o tempo começa, com a ajuda da inteligência artificial, Milo (Mathieu Amalric).

O resto da história, com certeza, seria entregar demais o que Oxigênio promete. O diretor Alexandre Aja, já conhecido do cinema de terror com filmes como Piranha 3D (2010) e Amaldiçoado (2013), constrói um cenário perfeito para seu filme. A partir da câmara criogênica, o espectador embarca na história daquela mulher misteriosa, sentindo todos os desconfortos vividos pela personagem.

CRÍTICA - Oxigênio (2021, Alexandre Aja)

Essa imersão se dá, em parte, pela ótima atuação de Mélanie Laurent que, com poucos recursos para sua atuação, utiliza suas expressões para mostrar o desespero da personagem. Outra ressalva do filme está na relação que a mulher, identificada como biomassa-267, desenvolve com a inteligência artificial. Suas frustrações, pequenas alegrias e tristezas se propagam através de sua voz a partir de conversas com Milo.

Ainda assim, Oxigênio demora para engatar, visto que sua narrativa lenta no primeiro ato busca preparar o espectador para uma onda de plot twists. Contudo, é a partir do segundo ato que o filme se torna realmente interessante e faz crescer aquela curiosidade e temor pelo personagem. Isso porque o longa se preocupa muito mais em apresentar questões para a personagem resolver.

Sendo assim, Oxigênio é similar a um quebra-cabeça, onde a última peça nem sempre monta aquilo que esperávamos. Já que, seus minutos finais vacilam em alguns clichês. Dessa forma, o filme não reinventa a premissa de “lugares claustrofóbicos” e nem se apoia tanto em seu sci-fi para explicar o roteiro.

Essas características colocam Oxigênio no meio termo entre um ótimo filme para passar o tempo e um péssimo filme para ter grandes expectativas.

VEREDITO

Oxigênio de Alexandre Aja, se consagrada pela ótima atuação de Mélanie Laurent, mas demora para mostrar sua verdadeira força. Por isso, o meio do filme é mais interessante que seu início e consequentemente, seu final.

3,0/5,0

Assista ao trailer:

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