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CRÍTICA – Shazam (2019, David Sandberg)

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CRÍTICA - Shazam (2019, David Sandberg)

Confira também a crítica em vídeo:

Após tantos filmes de super heróis lançados nos últimos anos é reconfortante sair de uma sala de cinema após experienciar Shazam, o mais novo hit da DC e Warner Bros.

Pelas mãos do diretor David Sandberg e do roteirista Henry Gayden, Shazam ganha vida, brilho e essência, sendo com toda certeza um dos melhores filmes de super herói já lançados – e dentre os filmes da DC, ele fica fácil no top 3.

Shazam adapta para as telonas as HQs homônimas do personagem, que já foi Capitão Marvel antes de receber este nome. Baseado na origem de Os Novos 52, o longa conta a história de Billy Batson (Asher Angel), um órfão de 14 anos que já fugiu de vários lares adotivos em busca de sua mãe biológica. Em uma dessas fugas, ele acaba – a contragosto – na casa de Victor (Cooper Andrews) e Rosa (Marta Milans) e conhece sua nova família: Freddy (Jack Dylan Grazer), Mary (Grace Fulton), Darla (Faithe Herman), Pedro (Jovan Armand) e Eugene (Ian Chen).

Durante o desenrolar da trama, Billy enfrenta seu destino: ele encontra o Mago Shazam que oferece a ele todo o seu poder em troca de Billy proteger a terra dos Sete Pecados Capitais.

O campeão – que receberá todo esse poder – precisa ser uma pessoa pura e boa de coração, que não se deixe levar pela ganância e esteja disposto a fazer o bem para a humanidade. É dizendo o nome do Mago que Billy Batson adquire poderes inimagináveis e, a partir disso, precisa aprender a como viver com eles.

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O ponto alto de Shazam está em sua emoção. É um filme que, mesmo sendo um blockbuster, consegue passar para o telespectador múltiplos sentimentos ao longo dos seus 132 minutos de duração. Para isso, ele não precisa de cenas com grandes efeitos especiais ou plots forçados de seriedade. Sua construção se dá por meio da simplicidade das relações estabelecidas entre os personagens e da ingenuidade de um adolescente descobrindo uma vida nova. É a máxima do “grandes poderes, grandes responsabilidades”.

Shazam traz, também, um ótimo vilão. Dr. Silvana (Mark Strong) não é o tipo de ameaça que surge sem grandes motivações, sendo extremamente bem desenvolvido pelo roteiro de Gayden.

O vilão que, normalmente, é o ponto fraco da maioria dos filmes de super herói, aqui encontra um espaço significativo e muito mais cativante do que o Lex Luthor de Batman vs Superman. Silvana é tudo o que Luthor deveria ter sido e não conseguiu: um vilão impiedoso, inteligente e objetivo, sem grandes discursos.

O elenco é um grande acerto da produção. Zachary Levi e Asher Angel estão super confortáveis em suas versões de Shazam. Jack Dylan é uma das grandes surpresas do filme e pode ser considerado um co-protagonista, tendo tanto tempo de tela quanto Asher e Zachary. Jack consegue imprimir em seu personagem (Freddy) uma reencarnação de Seth Cohen de The O.C, com os mesmos trejeitos e senso de humor. É o melhor ajudante que alguém poderia ter.

A família Shazam é outro grande acerto do filme de Sandberg. O elenco infantil está em completa sintonia e rende vários dos momentos cômicos – e emocionantes – da produção. Eles são apresentados de forma natural e são parte importante para o desenvolvimento da trama.

Shazam não é um filme “só” sobre o menino que ganha poderes, e sim sobre todos à sua volta, mostrando a importância que uma família saudável e amorosa pode ter na nossa vida – independentemente de como ela é formada.

Shazam consegue, em meio a todo o seu desenvolvimento, incluir elementos de outros filmes do universo DC e referências à cultura pop num geral. É interessante ver esse movimento da DC nos cinemas após sua tentativa de um universo compartilhado que, infelizmente, não deu certo.

Os erros serviram para criar uma nova estratégia de conteúdo, com mais espaço criativo e a possibilidade de explorar vários tons e histórias, sem ficar “preso” a uma narrativa similar a cada nova produção. A liberdade de Shazam em explorar outros personagens da DC sem que esses, obrigatoriamente, estejam envolvidos na trama, é ótima, pois abre um leque de possibilidades para o futuro do estúdio e da franquia.

Shazam é um filme extremamente divertido, emocionante – em alguns momentos – e que pode ser assistido por toda a família. Sem grandes explosões a la Michael Bay ou grandes cenas de ação desenfreada, o longa encontra o equilíbrio em sua simplicidade narrativa e em sua essência, entregando um ótimo roteiro e um tom diferenciado em meio às apostas anteriores do estúdio. É um grande acerto da DC. Ansiosa pelos próximos capítulos!


E não esqueça: SHAZAM, 4 DE ABRIL NOS CINEMAS.

Confira abaixo o trailer legendado:

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