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CRÍTICA – Ted Bundy: A Irresistível Face do Mal (2019, Joe Berlinger)

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Ted Bundy - A Irresistível Face do Mal (2019, Joe Berlinger)

Filme destaca frenesi midiático e segue uma linha diferente da história de Ted Bundy, um dos assassinos em série mais conhecidos dos Estados Unidos.

Theodore Bundy era um jovem sedutor, estudante de Direito brilhante e que tinha um carisma magnético. Seu estilo despojado escondia uma faceta que todos nós tememos: a de um psicopata sanguinário e sem remorso, que sequestrava, torturava e estuprava suas vítimas antes de matá-las, todas elas mulheres jovens, que eram seduzidas por Bundy.

Zac Efron é o protagonista, interpretando o serial killer. Lilly Collins interpreta sua namorada Elizabeth/Lis, uma mulher que é mãe solteira na década de 70, perturbada e quebrada, algo que fascina Ted Bundy e que o faz amá-la acima de tudo.

O filme tem como enfoque principal os relacionamentos e todo o circo da mídia envolvido no caso dos crimes. Em nenhum momento vemos Ted atacar alguém e o diretor utiliza uma visão diferente do que já foi contado sobre o serial killer.

Em Ted Bundy: A Irresistível Face do Mal, vemos um homem tentando provar sua inocência perante um júri popular e uma imprensa sedenta por audiência, algo semelhante visto na primeira temporada de The People vs O. J. Simpson: American Crime Story.

Mesmo todos os indícios apontando para Bundy como o responsável pelas mais de 30 mortes nos Estados de Utah, Colorado e em Seattle, ficamos sempre com a dúvida se realmente o protagonista cometeu esses crimes; mérito de um roteiro muito bem escrito e de uma atuação impecável de Zac Efron que consegue seduzir o espectador e se mostrar inocente.

Os traços sutis do psicopata são certamente o ponto alto do que vemos em cena e o grande acerto do filme de Joe Berlinger, pois quem assiste acaba fazendo parte daquele universo, tamanha é a imersão que parece que Efron conversa espectador a todo momento, tentando nos provar que não cometeu nenhuma das atrocidades.

Outros destaques vão para Kaya Scodelario, como a segunda namorada de Ted Bundy, Carolin Ann Boone, uma mulher obcecada pelo assassino e para John Malkovich, como o juiz Edward Cowart, um homem espirituoso e imponente, assim como Jim Parsons (The Big Bang Theory), interpretando o advogado de defesa do Estado da Flórida, Larry Simpson, corajoso e destemido que tenta dar a sentença máxima da pena de morte a Bundy.

Kaya Scodelario (esquerda) e Carolin Ann Boone.

O único defeito do filme é que o seu segundo ato é um pouco arrastado. Temos algumas cenas repetitivas que não dão fluidez à trama, deixando o arco lento e tedioso, mas nada que prejudique a experiência. O terceiro ato é memorável, com destaque para o julgamento final.

A direção acerta muito em produzir integralmente as falas de todos os envolvidos e os enfoques de câmeras tiram o melhor de cada atuação, sendo o ponto mais alto do filme.


Ted Bundy: A Irresistível Face do Mal
é um excelente filme para quem gosta teorias da conspiração, drama, Direito e assassinos em série. Vale a pena dar aquela conferida e com certeza será uma boa experiência.

Assista ao trailer legendado:

Ted Bundy: A Irresistível Face do Mal chega amanhã aos cinemas. Lembre-se de voltar aqui para deixar seus comentários e sua avaliação.

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