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Star Wars: Todos os colaboradores que já abandonaram a franquia

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Trabalhar em Star Wars deveria ser o sonho de qualquer colaborador, correto?

Durante a saga de 1977 e o retorno com as prequels nos anos 2000, poucos foram os diretores que passaram pela franquia mais famosa do mundo. Entretanto, com a compra da LucasFilm pela Disney e o sistema fabril de criação de conteúdo imposto pela gigante do entretenimento, as portas para novas produções e colaboradores se abriram.

O esperado é que os diretores, roteiristas e outros colaboradores permaneçam nos projetos até o final, já que Star Wars é a maior saga do mundo. Porém, com o controle criativo exercido pela empresa para que as histórias atendam a um “padrão”, nem todos os colaboradores se sentem confortáveis com as limitações e acabam abandonando o barco.

As explicações mais comuns são: conflito de agenda e divergência criativa. Os comunicados são sempre extremamente gentis, mostrando que não há nenhum problema entre os diretores (ou roteiristas) e a empresa liderada por Kathleen Kennedy. Apesar de entrevistas posteriores colocarem luz nos problemas por trás das produções, é muito difícil precisar os motivos que levam essas pessoas a largarem a franquia.

Com David Benioff e D.B. Weiss abandonando sua trilogia – confirmada para 2022 – por conflito de agenda, decidimos listar todos os diretores e roteiristas que já passaram por Star Wars, mas não permaneceram para contar a sua história.

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David Benioff e D.B. Weiss

O mais recente abandono da franquia veio dos ex-showrunners de Game of Thrones, Benioff e Weiss afirmam que o projeto com a Netflix – um acordo de 200 milhões de dólares – tem tomado todo o seu tempo, impedindo que eles mantenham seu compromisso com a trilogia de Star Wars.

Os diretores fizeram o seguinte comunicado:

“Nós amamos Star Wars. Quando George Lucas criou [a saga], ele também nos criou. Conversar sobre Star Wars com ele e a equipe foi a emoção de nossas vidas, e sempre estaremos em dívida com a saga que mudou tudo.”



Colin Trevorrow

Lembram dele? Colin Trevorrow é o grande responsável pela nova franquia Jurassic World, que recria os filmes antigos de Jurassic Park e acrescenta alguns novos dinossauros. Brincadeiras a parte, ele foi o responsável por colocar Jurassic World como uma das maiores bilheterias em seu ano de lançamento, além de trazer um novo gás para a franquia.

Colin seria o diretor de Star Wars: A Ascensão Skywalker – na época chamado apenas de Episódio IX. Derek Connolly, parceiro de Colin, iria roteirizar o longa. Entretanto, algo aconteceu e o diretor foi retirado do projeto.

O motivo real da saída de Colin Trevorrow ainda é uma incógnita, entrando na definição de “diferenças criativas”. Alguns rumores diziam que o diretor tinha ideias “estranhas” e “loucas” e que não combinavam com o que a LucasFilm queria para a franquia.

Em uma entrevista, o diretor afirmou:

“Quando George Lucas fez Star Wars, muitas pessoas pensaram que era loucura. Eu só quero abraçar esse tipo de invenção e criatividade que ele trouxe.”

Para a revista Empire, no entanto, Colin falou que, apesar de tudo, irá guardar a experiência como algo bom:

“Não quero falar muito sobre isso, porque não quero afetar a maneira como os fãs assistem a esses filmes. Quando éramos crianças, esses filmes chegaram até nós de longe. Eles eram um presente. E quanto mais falamos sobre como eles são feitos, mais isso revela que são apenas filmes. Mas não são apenas filmes, são mais do que isso. Além disso, tive a oportunidade de contar uma história que é uma celebração de tudo em que acredito, contei a George Lucas e contei a Luke Skywalker, e essas são as experiências que irei amar pelo resto da vida.”

Rumores afirmam que o afastamento do diretor se deu pelo fato de um de seus filmes [lançados na época], ter sido massacrado pela crítica e não ter obtido lucro.



Chris Miller e Phil Lord

Um dos cancelamentos mais turbulentos desde que a LucasFilm foi comprada pela Disney, a dupla de diretores Chris Miller e Phil Lord abandonou o projeto de Han Solo: Uma História Star Wars – que foi abraçado futuramente por Ron Howard.

Miller e Lord ingressaram no vindouro projeto em 2015 e deram a seguinte declaração em seu site oficial:

“Prometemos correr riscos, dar ao público uma nova experiência e nos comprometemos a ser fiéis a esses personagens que significam muito para nós. Este é um sonho tornado realidade. E não o tipo de sonho em que você está atrasado para o trabalho e todas as suas roupas são feitas de pudim, mas o tipo de sonho em que você consegue fazer um filme com alguns dos melhores personagens de todos os tempos, em uma franquia de filmes que você amou desde antes de você poder se lembrar de ter sonhos.”

Em 2017, no entanto, Kennedy anunciou o afastamento da dupla:

“Phil Lord e Christopher Miller são cineastas talentosos que reuniram um elenco e equipe incríveis, mas ficou claro que tínhamos visões criativas diferentes sobre esse filme e decidimos seguir caminhos separados. Um novo diretor será anunciado em breve.”

Bem, mas qual o motivo de afastar dois diretores que estavam trabalhando em um projeto há quase 2 anos?

A princípio, rumores afirmavam que tudo nas filmagens era um desastre e que o elenco não conseguia trabalhar com os diretores. Entretanto, o Hollywood Reporter noticiou que o grande motivo da separação era a diferença criativa entre Kathleen Kennedy e os diretores, que gerava grandes brigas no set.



Josh Trank

Antes de toda a confusão com Chris Miller e Phil Lord, outro diretor havia feito parte da concepção do filme de Han Solo. Josh Trank foi contratado para ser o diretor do projeto – até então em estágio inicial – em Junho de 2014.

Trank foi o responsável pelo tenebroso reboot de O Quarteto Fantástico – lançado em 2015. Em Maio daquele ano, Josh Trank anunciou a sua saída do projeto da LucasFilm:

“Depois de um ano tendo a incrível honra de me desenvolver com as pessoas maravilhosas e talentosas da LucasFilm, estou tomando uma decisão pessoal de seguir um caminho diferente. Eu pensei bastante nisso e sei no fundo do coração que quero buscar algumas oportunidades criativas originais.”

Alguns meses depois, Josh Trank deu uma entrevista à Variety esclarecendo sua decisão. Ele admitiu que após o Quarteto Fantástico, ele queria dedicar um tempo para se concentrar em um filme que não estivesse ligado à atenção constante da mídia.



Michael Arndt

Arndt foi contratado para escrever O Despertar da Força em Novembro de 2012, apenas algumas semanas depois que a Disney anunciou que havia comprado a LucasFilm e três anos antes do lançamento do filme. Michael Arndt era mais conhecido na época por seu trabalho em Toy Story 3 e A Pequena Miss Sunshine.

Antes da confirmação da LucasFilm de que Michael Arndt havia assinado o projeto, o escritor teria criado um primeiro rascunho de 50 páginas para o que ele queria que O Despertar da Força fosse. Tudo parecia correr como planejado, mas em Outubro de 2013, Kathleen Kennedy publicou uma declaração confirmando que Lawrence Kasdan e o diretor J.J. Abrams assumiriam o longa. Antes do anúncio, Abrams estava focado na direção e Kasdan estava trabalhando como consultor no filme.

Sobre a situação, Arndt deu a seguinte declaração:

“Desde o início, tentei escrever versões da história em que [Rey] está em casa, a casa dela é destruída, e então ela segue a estrada e conhece Luke. E então ela vai e chuta a bunda do vilão. Parecia que toda vez que Luke entrava no filme, ele assumia o controle. De repente, você não se importava mais com o seu personagem principal, porque, ‘Oh caramba, Luke Skywalker está aqui. Eu quero ver o que ele vai fazer.”



O caso Rogue One

Quem acompanhou de perto o marketing de Rogue One: Uma História Star Wars sabe que o filme que chegou ao cinema não é nenhum pouco parecido com os primeiros trailers divulgados.

Apesar de ser um grande sucesso de público e crítica, Rogue One passou por severas refilmagens que alteraram totalmente o que parecia ser a sua essência.

Um dos primeiros colaboradores a sair do projeto foi o roteirista Gary Whitta. Ele começou a trabalhar em Rogue One: Uma História Star Wars junto com o diretor Gareth Edwards em Maio de 2014. Sua saída foi anunciada em Janeiro de 2015. Ele optou por seguir em um novo projeto junto com Mark Millar.

“O ano em que trabalhei com a LucasFilm neste filme de Star Wars foi de longe o período mais gratificante de toda a minha carreira. Como fã de Star Wars ao longo da vida, estou profundamente agradecido por ter tido a rara oportunidade de contribuir para um novo capítulo em seu legado cinematográfico em andamento. O filme vai ser incrível.”

Além de Whitta, outro colaborador que saiu do projeto – poucos meses antes do filme ser lançado – foi o compositor Alexandre Desplat. Desplat foi substituído Michael Giacchino.

Segundo o The Hollywood Reporter, a decisão de trazer Giacchino a bordo estava ligada às refilmagens do filme. As refilmagens foram dirigidas por Tony Gilroy depois de relatos sobre problemas de “tom” com a narrativa do diretor Gareth Edwards. Devido ao tempo das refilmagens e à natureza extensa do cronograma de pós-produção, Desplat não estava mais disponível para refazer o trabalho, levando à nomeação de Michael Giacchino.

Agora entramos no assunto refilmagens: Edwards pode não ter sido afastado do cargo como diretor, entretanto, as refilmagens feitas por Gilroy modificaram quase 100% do trabalho feito por Gareth Edwards.

Em uma entrevista do The Hollywood Reporter  – onde ele é citado como o escritor que “salvou Rogue One” -, Tony Gilroy fala da oportunidade de explorar o motivo para que os personagens do filme – interpretados pelas estrelas Felicity Jones, Diego Luna e Donnie Yen – se sacrificassem no final para permitir que os rebeldes ganhassem os planos da Estrela da Morte.

“Se você olhar para Rogue One, toda a dificuldade, toda a confusão disso … e toda a bagunça, e no final, quando você chega lá, é realmente muito, muito simples de resolver. Porque você meio que diz: ‘Este é um filme onde todo mundo vai morrer.’ Então é um filme sobre sacrifício.”


“Nunca estive interessado em Star Wars. Portanto, não tive nenhuma reverência por isso. Não tinha medo. E eles estavam em um pântano… estavam com tantos problemas terríveis que tudo que você podia fazer era melhorar a situação.”

Após o lançamento de Star Wars: A Ascensão Skywalker nós teremos a série The Mandalorian e vindoura série de Obi-Wan Kenobi – ambas no Disney+. A próxima trilogia de Star Wars estava prevista para iniciar em 2022, mas com a saída de David Benioff e D.B. Weiss, ainda não sabemos como a LucasFilm irá proceder.

Antes da repercussão de Star Wars: Os Últimos Jedi, a Disney planejava uma trilogia com Rian Johnson, mas aparentemente ela foi postergada – sem previsão de lançamento.



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Assista também nosso vídeo sobre o encerramento da saga Skywalker

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