Tentando retomar o legado do Indiana Jones, antes mesmo de Indiana Jones e o Chamado do Destino, Steven Spielberg fez com O Reino da Caveira de Cristal o que muitos queriam ver, mas não foi muito feliz em suas escolhas criativas. Ao flertar com o sobrenatural, somos lançados por uma história concisa, mas fraca, enquanto replica o visual do passado e nos faz entender que a história da franquia é muito rica para ser deixada de lado.
Com uma direção riquíssima, elenco repleto de estrelas, o roteiro parece ser uma das partes mais convenientes desta obra. Ambientado durante a Guerra Fria – para ser mais específico ao fim dos anos 50 -, acompanhamos a ameaça comunista se espalhando e a tentativa de fazer com que uma Guerra sobrenatural se desenrole, acompanhamos soldados soviéticos tentando encontrar a lendária cidade de Akator.
Com o retorno do elenco clássico, jogos de câmeras nostálgico e iluminação incrível, vemos Cate Blanchett como uma vilã poderosa capaz de tudo para atingir seus objetivos.
SINOPSE
1957. Indiana Jones (Harrison Ford) e seu ajudante Mac (Ray Winstone) escapam por pouco de um encontro com agentes soviéticos, em um campo de pouso remoto. Agora Indiana está de volta à sua casa na Universidade Marshall, mas seu amigo e reitor da escola, Dean Stanforth (Jim Broadbent), explica que suas ações recentes o tornaram alvo de suspeita e que o governo está pressionando para que o demita. Ao deixar a cidade Indiana conhece o rebelde jovem Mutt Williams (Shia LaBeouf), que tem uma proposta: caso o ajude em uma missão Indiana pode deparar-se com a caveira de cristal de Akator. Agentes soviéticos também estão em busca do artefato, entre eles a fria e bela Irina Spalko (Cate Blanchett), cujo esquadrão de elite está cruzando o globo atrás da Caveira de Cristal.
ANÁLISE
Atuando há muito como o professor Jones, Indy agora passa seus dias quase sempre lecionando. Enquanto parece ter deixado a aventura de lado, o amado historiador é puxado de volta para ação quando soldados russos o forçam a encontrar uma antiga relíquia.
Sem saber de maiores detalhes e de como esta história se desenrolaria, Indiana Jones e a Caveira de Cristal subverte a maior parte dos tropos. Enquanto força uma trama pé no chão, o longa faz com que o adorado historiador questione quase sempre os fatos do longa, forçando-o a deixar de lado a parte sobrenatural da trama, procurando uma explicação alternativa para os fatos que vê se desenrolarem diante de seus olhos.
Indiana Jones e o Reino da Caveira de Cristal é um dos muitos longas da um período histórico que via Shia LaBeouf como um dos atores mais promissores de Hollywood – tal qual a franquia Transformers de Michael Bay. Apesar de sua atuação quase sempre caricata, dava a entender que Spielberg e sua equipe criativa tinha como intuito colocá-lo como o próximo Indiana Jones. Durante o longa, as sequências de ação são críveis, divertidas e a cinematografia do longa nos dá um tom nostálgico referente aos filmes anteriores.
VEREDITO
Indiana Jones e o Reino da Caveira de Cristal diverte por como envereda sua história. Com tons de nostalgia, falta entregar elementos cativantes como nos filmes anteriores, mas ainda assim, funciona como um filme de quase legado. Distante do que foi O Chamado do Destino, dirigido por Mangold, este se faz infeliz em algumas escolhas criativas.
No tocante ao legado deixado por personagens como Henry Jones Sr. e muitos outros é respeitoso, e ver o retorno da incrível Marion (Karen Allen) faz com que tenhamos sempre um carinho especial pelo eterno par romântico do Indy e serve também como um Mcguffin a ser resgatado ao longo da história.
4,0 / 5,0
O longa pode ser assistido no Disney+ e no Telecine.
Confira o trailer do longa:
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