Atualmente com a evolução do Computer-generated imagery (CGI) os filmes se tornaram sofisticados e tão cheios de efeitos especiais que a profundidade emocional não é totalmente bem recebida pelo público e crítica. No entanto, 19 anos atrás Ridley Scott trouxe de volta a noção de bravura e determinação de forma grandiosa e empolgante com Gladiador (Gladiator) nos remetendo aos impressionantes “filmes de espada e sandália” históricos dos anos 50 e 60, como os lendários Ben-Hur (1959) e Spartacus (1960). Mas Maximus (Russell Crowe), o general carismático que está no centro da gigante arena criada por Ridley Scott, é, muito mais que o peitoral, o escudo e o gládio (típica espada romana).
Gladiador nos conta a história de um homem decente, forçados pelas circunstâncias a realizar feitos extraordinários, marido fiel que só queria ir para casa, mas que pega em armas para consertar um mundo deturpado (pelo menos na visão do Império).
O filme de Ridley Scott é uma ficção e por isso Gladiador não retrata o ano de 180 d.C. do Império Romano de forma historicamente verídica, o que talvez tenha sido o maior acerto o diretor. Afinal, com uma maior liberdade criativa para contar a história Maximus Decimus Meridius – que foi de leal general à escravo, e gladiador – Scott conseguiu conquistar a crítica e público da época.
No longa o general romano Maximus, é um fiel servo de seu imperador Marcus Aurelius (Richard Harris), que já velho e ciente de sua morte, quer lhe passar o comando do Império Romano. Mas Commodus (Joaquin Phoenix), filho do imperador, mata o pai – como vingança por este não o escolher como sucessor ao trono, já que seu pai preferia Maximus, a quem Marcus Aurelius amava mais do que o fraco e traiçoeiro, Commodus, ou a irmã astuta e graciosa de Commodus, Lucilla (Connie Nielsen) – assumindo assim o comando do Império.
Enquanto Commodus assume o trono, Maximus escapa da morte, torna-se escravo e gladiador, travando batalhas sangrentas no Ludo até chegar ao Coliseu de Roma, para entreter os romanos. Disposto a vingar o assassinato de sua mulher e de seu filho, o ex-general sabe que é preciso triunfar a cada luta para ganhar a confiança da plateia.
Acumulando cadáveres nas arenas, o gladiador luta por uma causa pessoal, de forma quase que solitária e leva benefícios ao povo, submetido pela política do “pão e circo”. Maximus sabe que o controle da multidão será vital para que possa arquitetar sua vingança, que culmina em um combate com o próprio Commodus. De general a escravo, de escravo a gladiador, de gladiador a marido e pai vingado.
Não é preciso dizer que os holofotes estão em Maximus, de Russell Crowe que nos enche com o sentimento de vingança e luto, mas seu antagonista, vivido por Joaquin Phoenix – com uma atuação impecável – transborda a doentia personalidade de Commodus. Pela minha memória, esse foi o meu primeiro olhar para o talento inegável de Phoenix, que hoje devasta as bilheterias mundiais com sua atuação magistral em Coringa.
Com um orçamento de 103 milhões de dólares, Gladiador arrecadou uma bilheteria total de mais de US $ 457 milhões ao redor do mundo, além de receber dois Globos de Ouro: Melhor Filme e Trilha Sonora e indicado em doze categorias do Oscar; onde venceu em cindo delas: Melhor Filme, Melhor Ator, Efeitos Especiais, Figurino e Som.
Assista ao trailer legendado:
Se você nunca assistiu ao filme, assista! Se você já assistiu, veja novamente. Gladiador está disponível na Netflix. Lembre-se de deixar seus comentários e sua avaliação!
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