Início FILMES Crítica TBT #48 | Valerian e a Cidade dos Mil Planetas (2017, Luc...

TBT #48 | Valerian e a Cidade dos Mil Planetas (2017, Luc Besson)

0
Valerian e a Cidade dos Mil Planetas

Valerian e a Cidade dos Mil Planetas é uma série de quadrinhos lançada originalmente em 1967, criada pelo artista franco-belga Pierre Christin, o quadrinho contava as aventuras e desventuras de Valerian, um agente espacial e sua colega Laureline, enquanto viajam pelos mais distantes cantos do universo conhecido e desconhecido, assim como pelo tempo. Valerian nos é apresentado como o clássico herói, sendo bondoso, forte e corajoso que segue à risca os comandos de seus superiores, enquanto sua parceira, Laureline combina sua inteligência e determinação – apesar de na época do lançamento do quadrinho grande parte de sua “personalidade” ser baseada na sedução e no seu corpo, de cintura muito bem delineada e completamente fora dos padrões.

O quadrinho ganhou uma adaptação em 2017, sendo dirigido por Luc Besson, diretor responsável por clássicos como O Profissional (1994) e O Quinto Elemento (1997). A produção do diretor conta com Dane Dehaan, Cara Delevingne, Clive Owen, Rihanna, Kris Wu e Ethan Hawke no elenco.

No século XXVII, os protagonista Valerian (Dane Dehaan) e Laureline (Cara Delevingne) são agentes especiais e viajam pelo espaço e o tempo, realizando missões em defesa da Terra e seus planetas aliados. Durante uma operação como qualquer outra, eles descobrem uma grande conspiração que coloca uma raça inteira em perigo.

Com dois extensos prólogos, a fim de inserir e aprofundar a experiência do espectador naquele universo em vão. Rapidamente, somos apresentados à um satélite criado pelos homens que foi recebendo cada vez mais aliados alienígenas e se expandindo, ao ponto de chegar a contar com diversos ecossistemas, que se autorregulam, e outros até mesmo prejudiciais para a raça humana.

Os problemas do longa se apresentam logo no início do mesmo, ao tentar nos apresentar uma realidade por vezes já vistas em outros longas, não inova e nem nos aprofunda ao tentar estabelecer aquele universo. Com uma dupla de protagonistas completamente sem carisma o filme peca ao parecer tentar compensar de formas errôneas, ou seja, na direção de arte. Direção de arte essa que contou com pouco mais de 5 diretores a fim de delinear bem cada um desses ambientes nos quais somos jogados nos mais diversos momentos do filme, mas novamente, em vão.

Se Luc Besson decidisse qual caminho percorrer em seus primeiros minutos de filme, o longa teria um desenrolar mais tranquilo, não se atropelando em seus mais diversos momentos, tal como em uma sequência que envolve uma realidade diferente que pode apenas ser acessada por meio de certos aparatos. O choque entre as mais diversas culturas e realidades em que uma “Cidade dos Mil Planetas” seria mais interessante de se ver, do que o apresentado no longa de quase 2 horas e 30 minutos, e faria muito mais sentido com o título do filme.

Com uma bela direção de arte, o filme não se mostra muito mais que isso, servindo como uma embalagem bonita e brilhante para um presente medíocre, que são as atuações, roteiro preguiçoso e direção ruim dos protagonistas.

Confira o trailer do filme abaixo:

Já assistiu ao longa? Valerian e a Cidade dos Mil Planetas está disponível na Amazon Prime Video. Deixe sua avaliação e seus comentários. Lembre-se de conferir também as indicações anteriores do TBT do Feededigno.

Curte nosso trabalho? Que tal nos ajudar a mantê-lo?

Ser um site independente no Brasil não é fácil. Nossa equipe que trabalha – de forma colaborativa e com muito amor – para trazer conteúdos para você todos os dias, será imensamente grata pela sua colaboração. Conheça mais da nossa campanha no Apoia.se e nos ajude com sua contribuição.

Sair da versão mobile