Início FILMES Crítica TBT #53 | Em Ritmo de Fuga (2017, Edgar Wright)

TBT #53 | Em Ritmo de Fuga (2017, Edgar Wright)

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TBT #53 | Em Ritmo de Fuga (2017, Edgar Wright)

O primeiro TBT do ano é especial, por isso passei o dia 31 de Dezembro pensando em qual filme indicar, até lembrar de um dos meus filmes favoritos: Em Ritmo de Fuga (Baby Driver).

O filme foi recebido como uma incrível surpresa pelo grande público, e modéstia parte, se tornou um dos meus filmes favoritos da década. Tendo uma montagem surpreendente e uma trilha sonora, que aliada às sequências de ação, somos transportados juntos do jovem Baby (Ansel Elgort) para o que parecem ser as estreitas ruas de Atlanta. Dirigido por Edgar Wright, o longa apesar de ter um orçamento relativamente baixo, teve uma arrecadação satisfatória, tendo sido considerado um sucesso financeiro.

Em Ritmo de Fuga é estrelado por Ansel Elgort, Lily James, Jon Bernthal, Jamie Foxx, Jon Hamm, Eiza González e Kevin Spacey.

Edgar Wright é um dos diretores que ganhou um enorme destaque ao dirigir filmes de baixo orçamento, que atingiram o nível de adorado pelos fãs nos últimos anos. 

Wright passou por longas como a trilogia do CornettoTodo Mundo Quase Morto (2004), Chumbo Grosso (2007), Heróis da Ressaca (2013) – e chegando até os grandes blockbusters que chamariam a atenção do público por seus cortes e transições de cenas dinâmicos, como na adaptação do quadrinho Scott Pilgrim Contra o Mundo (2010), até brilhar com o lançamento de Em Ritmo de Fuga (2017); que contou com o segundo maior orçamento da carreira do diretor, US$ 34 milhões  e dá espaço o suficiente para o diretor brilhar e colocar em cena o que faz de melhor.

O filme foi indicado a três categorias do Oscar 2018, sendo eles Melhor Montagem, Melhor Mixagem de Som e Melhor Edição de Som.

Sendo incrivelmente equilibrado nas sequências de ação, drama e romance, Wright coloca os holofotes no jovem Baby, que após um infortúnio precisa ser o piloto de fuga de um grupo que realiza uma sequência de roubos cidade afora. Entre esses roubos, Baby se vê envolvido em um romance inesperado, com a garçonete Debora (Lily James), que parece estar tão perdida quanto o jovem piloto.

Com sequências de tirar o fôlego, e montagens de deixar fãs do cinema com os olhos brilhantes, Edgar Wright se mostra como um dos diretores mais promissores e brilhantes da atual geração. Tendo explorado amplamente cortes de cena e efeitos de transição à exaustão em seus filmes anteriores, Wright usa os elementos de ambiente como a presença de certos personagens, com frases escritas pelas ruas e até mesmo pequenos botões de elevador acesos junto com a trilha sonora para criar uma atmosfera fluida.

A trilha sonora escolhida a dedo por Wright e Steven Price torna o filme uma obra única, que merece ser vista com cuidado, ou até mesmo de forma despretensiosa em um fim de tarde.

A trilha vai de The Beach Boys e Commodores até Queen. Se você assistir o filme algumas vezes, como eu fiz, vai notar alguns detalhes que você pode ter deixado passar da primeira vez. Como os tiros sincronizados às batidas da música e até mesmo o cantar de pneus com algum efeito sonora da música que provavelmente está quase que estourando os fones de ouvido do motorista que te guiará por essa divertida e bela película.

Edgar Wright combina seus pontos mais fortes e brilha no que poderia ter sido um ponto fraco, fazendo de Em Ritmo de Fuga um dos melhores filmes dos últimos tempos quando o assunto é montagem e trilha sonora – tá bem, até mesmo como uma boa dose de diversão.

Confira o trailer do filme:

E você, já assistiu Em Ritmo de Fuga? Deixe seus comentários, sua avaliação e lembre-se de compartilhar com seus amigos. Para conferir todas as nossas indicações anteriores do TBT do Feededignoclique aqui.



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