Dando continuidade ao nosso já tradicional TBT, trazemos essa semana O Labirinto do Fauno. O filme foi indicado a seis categorias do Oscar, tendo levado três estatuetas: Melhor Maquiagem e Penteado, Melhor Fotografia e Melhor Direção de Arte. Aqui, Guillermo Del Toro nos faz sentir tocados com os mais diversos dilemas da jovem Ofelia; e mostra que todos os prêmios supracitados foram mais que merecidos.
Uma profecia de um antigo conto de fadas, e o iminente confronto dos guerrilheiros antigovernistas contra o Movimento Nacional de Francisco Franco estão prestes a colidir na Espanha, em 1944. O Labirinto do Fauno, assim como A Espinha do Diabo (2001), nos apresenta muitos dos elementos de roteiro embasados na realidade em que conflitos armamentistas envolvem jovens protagonistas e os levam para destinos que fogem das suas mãos, na Espanha do século XX.
Ofelia (Ivana Baquero), uma ávida leitora de contos de fadas, se mostra extremamente perdida em meio a uma repentina mudança para o interior com sua mãe doente, uma guerra e outros conflitos que fogem de qualquer compreensão ou controle.
Em O Labirinto do Fauno, Guillermo Del Toro flerta com a sensibilidade dos expectadores, ao nos deixar sempre no limiar de uma realidade brutal, e a fantasia dos contos de fada. Assim, Ofelia se vê envolvida em uma antiga profecia fantástica.
O roteiro de Del Toro parece ter sido mergulhado no lago das mais diversas referências, abordando elementos da Mitologia Romana, contos dos irmãos Grimm, Alice no País das Maravilhas, O Mágico de Oz e o Catolicismo, assim como outras referências ainda mais explícitas e outras nem tanto assim.
Todo o clima de fantasia, assim como o que podemos chamar de “mundo real”, e ambientações, nos fazem questionar por vezes o que está diante dos nossos olhos. O que é multiplicado com a incrível presença de Doug Jones, ao dar ao fauno uma credibilidade e estranhezas tangíveis.
É coerente dizer que o longa de Guillermo Del Toro brilha no que tange os efeitos práticos e maquiagem, e deixa os mais fracos de estômago de olhos fechados, ao apresentar um nariz sendo quebrado, ou uma perna amputada.
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O Labirinto do Fauno nos toca nos lugares mais profundos da mente, nos levando até onde jamais pensávamos retornar, ou acreditávamos há muito estar extintos, no lugar onde a inocência e a crença nos contos de fadas nos faziam ser criativos, imaginativos e nos tiravam o ar.
Confira o trailer dublado abaixo:
Você já assistiu O Labirinto do Fauno? Dê sua nota e conta pra gente, nos comentários, o que achou! Lembre-se também de conferir as indicações anteriores do TBT do Feededigno.
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