‘Silent Hill f‘ quer te mostrar algo novo dentro da franquia, uma nova personagem, um novo ambiente, uma nova história e modernizar o estilo do jogo.
O game chegou na data de 25 de setembro de 2025 para PlayStation 5, Xbox Series X|S e PC. Agradecemos a Konami e a Nuuvem pelo envio da chave para PS5, dessa forma, pude jogar e falar sobre minha experiência para vocês com esse review.
História

O game se passa no Japão, pelos anos 60 na cidade de Ebisugaoka, onde nossa protagonista, Hinako Shimizu, mora com seus pais que vivem brigando, seu pai é um alcoólatra endividado e que desconta todas as suas frustrações na família, principalmente na sua esposa.
Hinako vive em um lar difícil, onde não entende o motivo da sua mãe não se impor e reagir e as agressões do pai, sejam elas verbais ou físicas. A mãe age de forma para proteger ela, como a pedindo para ir até o mercado em certos momentos.
Mas nossa protagonista é muito jovem para entender, mas também muito jovem para fazer dúvidas e questões sobre essa época. Ela não entende como que a mulher para ser o que esperam dela no papel imposto pela sociedade se resume a apenas se casar.
No começo temos uma pequena cena da protagonista ainda criança, com sua boneca. Sua mãe achava que ela estava brincando com suas amigas, mas ela apenas diz que não pode brincar de casinha, pois as meninas não deixam, já que ela anda os meninos.
Então, vemos Hinako sentada do lado de fora da sua casa conversando com sua irmã, dizendo que tem orgulho dela, não podemos ver o rosto da irmã e isso é algo bem intrigante, mas logo em seguida, a câmera passa pela cidade, mostrando a ambientação, volta a casa da família de Hinako que está vendo seus pais brigarem, então decide sair para não presenciar isso mais uma vez.
Aqui o jogo deixa a gente finalmente se movimentar e abrir os menus, temos um diário sobre os personagens que a protagonista conhece, nele temos a informação de que a irmã se casou, que seu pai é violento, entre outras coisas, mas na visão da protagonista, já que funciona realmente como o seu diário.
Ela vai encontrar seus amigos: Sukako, Rinko e Shu. Aqui temos uma nova visão de como nossa protagonista se distancia da realidade da época. Ela é tratada por Shu como parceira, tipo um “amigão”, já que cresceram juntos brincando de “guerra espacial” e provavelmente brincadeiras mais masculinas para época, suas amigas também a veem de forma estranha, ela não se comporta de forma mais feminina e isso incomoda.
Primeiro ela encontra uma das colegas, que diz que já vai descer para falar com ela, mas também a chama de traidora ao virarem de costas. Ela chega até um local combinado de sempre deles e o Shu entrega uma caixa de remédios feitos de forma tradicional para ela, já que ela vem tendo fortes dores de cabeça.
E numa conversa entre os quatro personagens, novamente uma das amigas vai chamá-la de traidora novamente, antes que possa terminar a palavra, o mundo “para”.
A névoa clássica da série chega, o mundo fica bizarro e uma estranha criatura misteriosa nos persegue. Aqui começa Silent Hill f.
Esse começo é bem estruturado ao meu ver, apresenta os personagens, a época, as tramas em volta de nossa protagonista, personagens e quase toda a movimentação. Digo quase, pois vamos ser apresentados ao combate e as anotações mais importantes do diário, após esse primeiro momento explorando a cidade que agora parece vazia, quase abandonada, porém repovoada por monstros.
Falando sobre seus monstros, eles tem designs bem interessantes, não temos uma variação grande, mas todos tem a ver com a história, tem designs escolhidos para representar temas da trama.
Como as bonecas de carne com uma faca, nosso primeiro monstro, da a sensação que a Hinako entende que para a sociedade, as mulheres são bonecas prontas para não terem mais identidade e realizarem os seus deveres como apenas esposas. Detalhe para seus rostos desfigurados, que demonstram a perda da identidade.
Um monstro que me deixou curiosa também, é o terceiro, um bicho feito de bonecas meninas crianças todas amontoadas em cima de duas pernas, essas em si, ataca com o corpo e gritando pra atordoar, ou te afastar, parece lembrar infância, mas o principal disso, é que elas se movimentam pulando amarelinha.
São esses pequenos detalhes que mostram o cuidado com cada ponto desse game. Tem outros inimigos que serão apresentados e suas variações, sendo variações mais de design, que de jogabilidade, mas que compõem bem o mundo que estamos explorando.
Jogabilidade
No jogo podemos andar e correr, não podemos pular. Além disso, temos como atacar, pegamos ao longo do jogo diversas armas, como facas, machados, pé de cabra e etc, todas tem formas diferentes de movimentação e durabilidade.
Podemos carregar três armas no máximo, usamos elas para atacar leve, pesado ou focado, sendo esse último, usando nossa sanidade para dar mais dano ao carregar o ataque.
Também teremos uma bolsa para carregar itens, os itens podem ser consumíveis ou oferendas, salvamos em pequenos templos, que podemos ofertar alguns itens para ganhar fé e usar isso para melhorar nossa personagem ou roletar um amuleto aleatório.
Amuletos são equipamentos que adicionam alguma vantagem, de resistência ou de jogabilidade, como a possibilidade de ser mais difícil de ser detectado pelos monstros ou dar mais dano com a arma em durabilidade alta, explore bastante para achar amuletos nos cenários, não só roletando para conseguir algum sortido.
Podemos equipar até 8 itens, que servem para recuperar vida, stamina, sanidade ou até melhorar a durabilidade de uma arma. Cada item possui uma usabilidade, alguns recuperam mais vida do que outros e assim vai, mas não dá para segurar tudo que se acha, por isso as oferendas te ajudam, você pode ofertar alguns deles ou até carregar itens que só servem como oferendas.
Explorar também vai te ajudar a conseguir itens para upgrade da personagem em seus status ou aumentar slots de amuletos, mas também pode te ajudar a achar bolsas, que aumentam o espaço do inventário.
O jogo não é soulslike, como estão dizendo. Ele tem, sim, um combate mais dinâmico e presente que nos outros Silent Hill clássicos. Mas, além de barra de vida, estamina e armas, o jogo vai além disso: ele conta a história por cutscenes, documentos que encontramos e um diário que se atualiza conforme jogamos. Consulte bastante o diário nos puzzles, pois ele vai ajudar muito.
Você pode pausar a qualquer momento. A movimentação da Hinako, apesar de boa, é lenta, então alguns jogadores devem se sentir frustrados se tentarem jogar como um soulslike. Principalmente se pensarmos que alguns combates nem são necessários: você não precisa matar todos os monstros. Isso só vai te fazer gastar muitos recursos à toa. Golpes também contam como recurso, já que as armas podem quebrar. Portanto, decida bem se vai ou não entrar em certos combates, quando eles não forem obrigatórios.
Hinako é uma jovem atleta, um dos motivos dela ser boa em combate, mas ela não é imortal. Tenha cautela no combate.
Então esse novo título moderniza a franquia, de uma forma bem ousada, trazendo um combate mais dinâmico, mas com cadência e na medida certa, mantém a história pesada e significativa de terror psicológico, recompensa a exploração com itens, anotações sobre o mundo explorado e nossos personagens apresentados, tudo ao meu ver, na medida certa.
Podemos escolher a dificuldade para puzzle e para combate. O jogo indica que a forma Narrativa para o combate seria a experiência original e o Difícil para os puzzles a forma original, então foi assim que joguei, mas se quiser puzzles facilitados você pode trocar eles para narrativa e se quiser mais desafio para o combate, basta por no difícil.
O jogo não é longo, eu finalizei a primeira vez em 12 horas, explorando bastante, mas jogadores que são mais rápidos podem zerar com cerca de 8 horas. Ótimo para quem não tem tanto tempo disponível.
Então, não se preocupe, o jogo não se trata de um terror barato sem profundidade e cheio de jumpscares desnecessários, nem aquele simulador de correr pra frente.
Temos cenários densos, atmosfera de prender o ar, locais que te instigam a explorar, procurar mais e mais, além de puzzles desafiadores e que combinam com a narrativa do jogo.
Conclusão
Em resumo: Silent Hill f inova a franquia e mantém elementos maravilhosos do gênero. Mostra um terror psicológico com história envolvente e atmosfera absurda, um combate dinâmico e diferente para série, mas que não destoa do jogo e sim, soma ao título.
É um excelente jogo para quem gosta de títulos modernos de terror e horror, então sim vale conferir ele. O único ponto negativo fica para os preços altos dos lançamentos, que claro, melhoram com cupons soltos pela Nuuvem para passarmos por esse ponto negativo.
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O saldo final é bem positivo e um jogo para jogar mais de uma vez. Já que deixo para te contar aqui que o game tem 5 finais. E sim, o jogo diz no menu o que precisa fazer para alcançar os outros finais, após você zerar pela primeira vez.
Confira o trailer:
Silent Hill f foi lançado em 25 de setembro para PC, PlayStation 5 e Xbox Series X/S.
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