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CRÍTICA – Motoqueiro Fantasma: Estrada Para a Danação (2007, Panini)

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CRÍTICA - Motoqueiro Fantasma: Estrada Para a Danação (2007, Panini)

Confira a seguir uma das mais emblemáticas histórias da Marvel dos últimos anos. Ela foi publicada no selo MAX da editora em 2012, que é o selo adulto, para histórias com teor mais intenso. Motoqueiro Fantasma: Estrada para a Danação narra a saga de Johnny Blaze, o Motoqueiro Fantasma original tentando escapar do Inferno!

SINOPSE

Johnny Blaze está pagando o preço de seu terrível acordo com o Diabo. Estará seu alter-ego, o Motoqueiro Fantasma, condenado a trilhar as estradas do Inferno por toda a eternidade? Mas sua chance de salvação pode estar nas mãos de um improvável aliado: um ardiloso anjo, que lhe propõe um trato que o libertaria de sua prisão infernal de uma vez por todas! Uma das minisséries mais elogiadas estrelando o Espírito da Vingança.

ANÁLISE

Estrada para a Danação reúne a minissérie publicada originalmente entre 2005 e 2006 nos Estados Unidos pela Marvel Comics sob o selo Marvel Knights. No Brasil, o material foi lançado por três vezes: em 2007, pela Panini, nas edições #42 à #46 do título Marvel Max; em 2012, pela mesma editora, em encadernado simples; e em 2014, pela Salvat, no volume 39 da Coleção Oficial de Graphic Novels Marvel.

O roteiro apresentado é bem executado, temos uma estória do Motoqueiro Fantasma em que seus personagens coadjuvantes se destacam mais que o principal, todos são muito bem construídos e vamos conhecendo aos poucos o seu passado e suas intenções sobre o futuro sobre os acontecimentos recentes.

Enquanto isso, no Céu, dois anjos conversam entre si, eles falam que Kazann, um dos mais poderosos demônios do Inferno, está na Terra e tem planos nefastos, coisa que não seria nada bom para o Céu, mas esses dois anjos estão mais preocupados é com sua própria pele, pois, o Céu, já enviou Ruth para a Terra que segundo os próprios, é um arcanjo sem a menor compaixão pelos humanos.

As lutas envolvendo o protagonista são fracas e sem muita complexidade, sendo mais divertido ver as batalhas dos coadjuvantes do que do próprio protagonista. Relativamente porque a história não empolga tanto. E não porque qualquer leitor acostumado às obras anteriores de Garth Ennis, seja no comando das histórias de John Constantine, seja nas de sua maior criação, Preacher, percebe que ele está se contendo com o protagonista.

Claramente percebe-se a mão invisível da Marvel freando o escritor. Ele está muito menos ácido, mesmo atuando em um campo em que é mestre – a dicotomia Céu e Inferno –, divertido, espalhafatoso e sanguinolento.

Existem, sim, momentos de brilho, como o diálogo entre os anjos na Lua, onde a frase “devíamos ter ficado com os dinossauros” é proferida, ou quando um dos anjos resolve “apagar” uma mortal que os vê conversando no topo de um prédio.

VEREDITO

Não é uma história indispensável para o leitor comum, e acredito que até mesmo para os fãs do personagem não seja algo bem marcante ou importante para o cânone e mitologia do personagem, especialmente por que as histórias do selo Marvel Max costumam ser isoladas. Mas para os fãs do autor, é um prato cheio.

Deve-se frisar, que toda a estética do arco é cinematográfico, levando a crer que Garth Ennis escreveu com a ambição de um dia adaptarem para filme.

3,0 / 5,0

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