O Monstro do Pântano é um dos personagens mais aclamados da linha Vertigo da DC Comics. Desde sua criação, pelas mãos de Len Wein, o personagem já passou por autores muito consagrados, como Grant Morrison, Jamie Delano e, é claro, o mestre Alan Moore.
Criado por Len Wein e Bernie Wrightson, a criatura estreou na HQ House of Secrets #92, publicada em 1971; ele sofreu várias transformações nos quadrinhos, mas nenhuma foi tão marcante como a aferida por Alan Moore.
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Hoje, trazemos para vocês um guia de leitura do Monstro do Pântano!
Fase inicial: Monstro do Pântano Raízes
Apesar de, em sua primeira aparição, o cenário ser o início do século XX, isso logo mudou na sua HQ própria. Lá, o biólogo Alec Holland havia se tornado o Monstro do Pântano e, além de se aventurar pelo bayou da Louisiana, onde encontra Abigail Cable e seu marido Matthew, ele vai parar nos balcãs onde começa a enfrentar sua nêmese: Anton Arcane.
Essa fase foi publicada até a edição #13 no Brasil, em dois volumes intitulados Monstro do Pântano: Raízes.
A Saga do Monstro do Pântano
Com um filme baseado em suas histórias chegando aos cinemas em 1982, dirigido por Wes Craven, a DC resolveu relançar sua revista com seus criadores originais. Assim, foi lançado o gibi A Saga do Monstro do Pântano, cujo conteúdo das edições #3 à #19 permanece inédito no Brasil.
A revista iria marcar época quando passasse para a batuta do mago inglês barbudo de Northampton: Alan Moore.
A Fase Alan Moore em A Saga do Monstro do Pântano
Sua edição inicial já rompeu com o código de ética dos quadrinhos trazendo ao mesmo tempo mortos-vivos, decomposição, incesto, sexo, e muitos outros elementos que deixariam a censura boquiaberta. Moore permaneceu no título por mais de 40 edições. Essas edições foram exaustivamente republicadas no Brasil, tendo sido a última, pela Panini Comics na série de seis encadernados da Saga do Monstro do Pântano.
Fase Rick Veitch: Regênese
Dando continuidade à fase de Alan Moore, veio Rick Veitch, o quadrinista que desenhou os últimos números da revista sob a escrita do mago barbudo. Ele também recebeu as bênção de Moore para continuar sua jornada. Veitch fez uma fase competente, mas o momento mais polêmico foi quando colocou o personagem no corpo de John Constantine para que transasse com Abby Cable. Assim, o casal poderia ter uma filha que fosse o receptáculo físico e carnal da herança do Monstro do Pântano quando a essência de Alec Holland fosse para o Parlamento das Árvores.
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Fase de Rotação de Escritores e Artistas
Quando a revista do Monstro do Pântano passou a integrar o selo Vertigo e se desligou de suas interações com o Universo DC Comics tradicional, muitos artistas e escritores se revezaram no título. Um dos que mais tempo esteve conduzindo o Monstro nessa fase foi Doug Wheeler, por 21 edições. Durante essa fase, vimos o nascimento de Tefé Holland, conhecemos a existência do Reino Cinzento, dos fungos e a saga de viagem no tempo iniciada por Veitch se encerra.
Fase Grant Morrison/Mark Millar: Raízes do Mal
Agora, a Panini Comics começou a publicar a fase que foi iniciada por Grant Morrison e concluída por Mark Millar, intitulada Raízes do Mal. Dá conta de por volta de seis encadernados, mas são três no original americano, compilando por volta de 10 edições cada. Essa fase tem por mote colocar o personagem enfrentando os principais reinos elementais da Terra: as Rochas, os Vapores, as Ondas e as Chamas.
Ao final da fase de Millar, com o escritor cansado do personagem e as vendas baixas, o Monstro do Pântano se torna uma espécie de entidade divina ao estilo do Miracleman de Alan Moore.
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