Início SÉRIE Crítica CRÍTICA – Preacher (2ª temporada, 2016, AMC)

CRÍTICA – Preacher (2ª temporada, 2016, AMC)

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Preacher é inspirado no quadrinhos mais aclamado dos últimos tempos.

Fazendo parte da Vertigo, Preacher apresenta temas mais adultos do que os quadrinhos normais. O quadrinho criado por Garth Ennis e Glenn Fabry, foi lançado em 1995 e ganhou uma adaptação para a televisão em 2016, roteirizada por Seth Rogen e Evan Goldberg.

[ALETA DE SPOILERS]

A segunda temporada da série continua exatamente de onde a primeira parou, com Jessie Custer (Dominic Cooper), Tulip O’Hare (Ruth Negga) e Cassidy (Joseph Gilgun) atrás de Deus. As primeiras cenas da segunda temporada dão o tom da mesma, com muitos elementos de road movie.

Alguns acontecimentos da primeira temporada continuam ressoando na segunda, como o Santo dos Assassinos (Graham McTavish) – uma entidade trazida do inferno, por anjos incumbidos de levarem Gênesis de volta ao Paraíso – que continua no encalço de nossos anti-heróis, e agora está mais perto do que nunca de conseguir o que o foi prometido. O personagem que levou uma temporada inteira para ser construído, agora é mostrado em sua forma total, mais ameaçador e assustador que nunca.

O trio viaja pelo sul dos Estados Unidos, até que algumas informações a respeito do paradeiro de Deus os levam até Nova Orleans.

Ao chegar na cidade, Jesse e equipe passam a ser vigiados por uma organização que remonta desde a época em que Jesus foi crucificado, o Cálice, que descobre a existência da Gênesis. Na série somos apresentados a um icônico personagem dos quadrinhos, Herr Starr – brilhantemente interpretado por Pip Torrens – um personagem que rouba a cena em todas as suas interações.

Com a definitiva introdução do Graal à história, a história emplaca, e as coisas começam a tomar forma de vez. Alguns acontecimentos do passado de Tulip e de Cassidy é bem desenvolvido, não fazendo a série ser monótona, e todos os personagens apresentados – ou quase todos –, são bem ambientados, tendo seus nortes bem definidos.

A direção da série apresenta com maestria outros personagens que acabam por ter uma importância imensa para o nosso trio de personagens. Equilibrando bem, a fotografia, roteiro, atuações e narrativa, a série parece ter deixado para trás, o seu primeiro ano morno, ouvindo os fãs, mas não deixando de ser independente e escolhendo por si só, o próprio destino dos personagens.

Em certo momento, a série nos apresenta uma visão bem peculiar do inferno, e o seu mais novo morador, Eugene, ou Cara de Cú (Ian Colletti). Nas interações do personagem, ele é mostrado por uma ótica diferente, em que deixa de ser em sua maior parte do personagem que conhecemos durante a primeira temporada. Ao formar uma aliança com um Hitler – isso mesmo, Hitler – ele procura uma forma de escapar do inferno. Por meio de flashbacks, conhecemos mais do passado dos personagens e a razão de Eugene ter ficado daquela forma, e o que Hitler considera seu “inferno” pessoal.

A construção dos personagens é feita de modo consistente, apresentando protagonistas mais profundos, e explorando ainda mais alguns detalhes das personalidades de Jesse, Tulip e Cassidy, nunca vistos.

O politicamente incorreto reina durante a série, e somos capazes de ver como Rogen e Goldberg se divertiram ao roteirizar essa temporada. Ao utilizar de tais liberdades para mudar certos arquétipos, trazendo propostas diferentes, e de certa forma criando polêmicas, que podem ser mal vistas. Ao recriar e alterar histórias contadas desde o início do tempo, Preacher se revela como uma série ainda promissora, porém segura, entregando ao fim dessa temporada, bem mais do que entregou ao fim da primeira.

Ao final dos 13 episódios, podemos analisar arcos e personagens bem construídos, mais profundidade dos personagens antigos e introduções brilhantes aos mais novos. Preacher encerra sua segunda temporada com um gancho; nos deixando ainda mais animados para a sua terceira temporada, e para tudo que ainda está por vir.

Avaliação: Bom

A terceira temporada de Preacher teve início no dia 24 de Junho nos Estados Unidos. Aqui no Brasil a série é exibida pelo canal AXN, mas ainda não há data de estreia por aqui. Fique ligado aqui no Feededigno para mais novidades do cinema e você pode nos acompanhar também pelas principais redes sociais:

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