Início SÉRIE Crítica CRÍTICA – Barry (3ª temporada, 2022, HBO)

CRÍTICA – Barry (3ª temporada, 2022, HBO)

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Barry entrou em seu terceiro ano e é uma das séries sensação do Emmy de 2022. O programa faz parte da HBO e HBO Max e foi criada por Alec Berg e Bill Hader, que é o protagonista.

SINOPSE DE BARRY

Depois de uma pilha de corpos e um surto de raiva, Barry (Bill Hader) agora retoma sua carreira de assassino de aluguel. Enquanto isso, Sally (Sarah Goldberg) trabalha em sua série chamada Joplin e Gene (Henry Winkler) tenta lidar com os problemas causados pelo seu ex-aluno.

ANÁLISE

Barry é o tipo de série que possui uma premissa bastante peculiar em que num primeiro momento não parece se conectar, uma vez que temos um assassino de aluguel tentando largar sua vida de mortes e tentar virar um ator, algo totalmente fora da caixa.

O humor ácido da série saiu de cena na terceira temporada, se tornando uma dramédia poderosa e cheia de momentos de alta intensidade, coroados com uma atuação fantástica de Bill Hader que é um camaleão. Barry, o personagem principal, passa por uma crise de identidade absurda, não sabendo mais quem é, tentando descobrir se, de fato, é um monstro ou se é apenas um bom homem tentando acertar por suas linhas tortas.

Um dos aspectos mais positivos do seriado é trazer de forma humorada os danos causados por uma guerra, além de mostrar traços característicos dos seres humanos. Barry gosta de matar, mas isso o consome por dentro, criando uma dualidade de pensamentos. Sarah Goldberg, que faz a namorada do protagonista, Sally, dá também um show na terceira temporada, mostrando todo o seu egoísmo, tentando se esconder em uma máscara criada por ela mesma no ano anterior. As cenas mais intensas de Hader e Goldberg mostram uma excelente fisicalidade dos dois.

Outro destaque em questão de atuação vai para o maravilhoso Anthony Carrigan, que dá vida ao coadjuvante mais divertido e peculiar de Barry, NoHo Hank. Com momentos bobalhões e uma cena específica de drama puro, o ator consegue trazer diversas facetas para seu já complexo personagem, sendo a cereja do bolo de um elenco tão talentoso.

A direção e texto continuam afiados, trazendo momentos de leveza inusitados dentro de uma tensão absurda criada por situação claustrofóbicas no que se refere a uma escalada de erros e problemas. O uso de planos abertos, closes nos rostos dos atores para tirar atuações genuínas e planos sequências, principalmente nas cenas de ação, criando uma fluidez orgânica nas lutas corporais, perseguições e tiroteios.

Como aspecto negativo, temos algumas facilitações e armaduras de roteiro que tornam algumas decisões artificiais, no entanto, nada que atrapalhe a experiência de quem assiste.

VEREDITO

Mais afiada do que nunca e com ótimos personagens e desfechos, Barry entrega sua temporada mais sombria, se tornando muito mais um drama do que uma comédia diferente, algo que ocorria em seus dois primeiros anos. Com boas propostas, a série tem tudo para ser uma das melhores dos últimos anos, pois seus produtores e showrunners sabem muito bem aonde querem chegar.

4,5/5,0

Confira o trailer de Barry:

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