Início SÉRIE Crítica CRÍTICA – Chucky (2ª temporada, 2022, Star+)

CRÍTICA – Chucky (2ª temporada, 2022, Star+)

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Chucky chegou à sua segunda temporada com Don Mancini no comando novamente. A série está disponível de forma completa no Star+.

SINOPSE DE CHUCKY

Depois de ser sequestrado pelo exército de Chuckies, Andy (Alex Vincent) tenta escapara das garras do brinquedo assassino. Enquanto isso, Jake (Zackary Arthur), Devon (Björgvin Arnarson) e Lexy (Alyvia Alyn Lind) tentam superar seus traumas, mas algo inesperado acontece e agora eles estão presos em um internato.

ANÁLISE

Chucky chegou de mansinho em 2021 surpreendendo a todos com uma série que misturava elementos do cinema trash com todo o background construído por anos em diversos longas desde 1988.

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Entretanto, se em seu primeiro ano, a produção foi consistente, abraçando o ridículo, mas de forma bem feita, criando uma atmosfera galhofa com qualidade, em seu segundo ato, parece que tudo foi por água abaixo.

Na segunda temporada, Chucky tentou reinventar a roda e isso foi o motivo do colapso da série. Com um roteiro sem pé nem cabeça que focava demais no nonsense, destruindo todo o histórico do que foi feito nos filmes, a produção foi afundando de vez, deixando ainda mais claros os problemas.

As atuações que outrora não incomodavam tanto por conta de um texto amarrado agora se sobressaem e atrapalham. Fora Alyvia Alyn Lind e Björgvin Arnarson que melhoraram bastante em relação a si mesmos, os demais continuam na mesma, o que gera um certo problema.

Além disso, vários arcos estão completamente soltos e mesmo que existam boas participações especiais de personagens importantes da franquia muito bem representados aqui, de nada eles adicionam algo marcante.

Um dos grandes desperdícios da segunda temporada sem dúvidas é o de Jennifer Tilly e Fiona Dourif, a segunda disparada a melhor atriz do elenco. Com uma trama completamente deslocada, elas não conseguem segurar suas histórias, o que nos faz perder o interesse.

Contudo, há sim alguns acertos significantes. O primeiro deles é o excelente trabalho de Brad Dourif que dá voz ao Brinquedo Assassino. O dublador é o Chucky, com uma presença imponente. O texto do antagonista continua excelente, com piadas bem construídas e mudanças repentinas e completamente incríveis do vilão em suas características. Aqui temos todos os tipos de Chucky, desde o bombado até o Chucky calvo, o que traz cenas divertidas e completamente bizarras, oq eu condiz muito com o personagem. O gore é outro ponto alto, que aqui é muito bem trabalhado na estética trash.

Outro ponto interessante é o peso da religião aqui. A constante discussão sobre o conservadorismo e o fanatismo é bem interessante, mostrando o quão prejudicial na vida de uma pessoa esses dois pilares podem ser. O fato de Mancini ser gay é bem relevante para a construção das analogias textuais, principalmente no que se refere à homofobia e a como combatemos vícios. O protagonista disso é Devon Sawa, que volta como um padre fanático que é a cereja do bolo desse arco e manda muito bem.

VEREDITO

Com uma falta de noção completa e acertos esporádicos, Chucky tenta criar algo novo, todavia, se perde demais nas invencionices que outrora não deram certo ao longo da franquia. Se tivesse jogado no simples e mantivesse a atmosfera tosca, homenageando tudo que foi feito e escalando o que funcionou, a série do Star Plus poderia ser melhor, mas ao que tudo indica, deve ser cancelada, pois seu final deixou portas abertas para isso.

2,0/5,0

Confira o trailer:

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