Início SÉRIE Crítica CRÍTICA – Departamento de Conspirações (Parte 1, 2021, Netflix)

CRÍTICA – Departamento de Conspirações (Parte 1, 2021, Netflix)

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Departamento de Conspirações é uma animação de comédia para adultos no estilo de clássicos do gênero como Futurama e Rick and Morty.

A Netflix acaba de trazer ao catálogo uma nova opção de animação de comédia para adultos. Departamento de Conspirações (Inside Job) é a mais recente produção do gênero, um original da gigante do streaming que estreou em 22 de outubro de 2021.

A animação criada por Shion Takeuchi possui um elenco de dublagem em inglês com muitas personalidades conhecidas: Lizzy Caplan (Meninas Malvadas), Christian Slater (Mr. Robot), Clark Duke (The Office), Tisha Campbell (Eu, a Patroa e as Crianças), Andrew Daly (Os Aloprados), Chris Diamantopoulos (24 horas), Andrew Daly (Os Aloprados), Chris Diamantopoulos (24 horas), John DiMaggio (Futurama), Bobby Lee (O Ditador), Brett Gelman (Stranger Things)…

Apenas para citar os que dublam personagens principais do seriado.

Além do elenco bem conhecido, você também pode estar pensando: esse estilo de animação é muito familiar. E não é à toa, pois além dos traços serem parecidos com os de obras como Rick and Morty e (Des)encanto, o objetivo da produção é entreter com um humor ácido.

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Isso se explica porque a criadora Shion Takeuchi roteirizou episódios de (Des)encanto, produção também da Netflix, e o produtor executivo Alex Hirsch dublou os personagens Toby Matthews, em Rick and Morty, e Bill Cipher, em Os Simpsons.

SINOPSE DE DEPARTAMENTO DE CONSPIRAÇÕES

Reptilianos? Verdade. Pouso na lua? Mentira. Manter as conspirações do mundo em segredo é um trabalho e tanto para essa cientista antissocial e seus peculiares colegas.

ANÁLISE

O estilo gráfico bem similar a animações consagradas como Futurama e Rick and Morty estabelece desde cedo que Departamento de Conspirações não nasceu para inovar no gênero.

A nova animação da Netflix foca em se diferenciar pelo fato de ter as teorias da conspiração como centro de tudo o que acontece na trama, ao invés de utilizá-las eventualmente para satirizar os temas e quem acredita neles.

Reagan Ridley (Lizzy Caplan), a personagem principal, é filha de Randy Ridley (Christian Slater), um inventor piradão que criou a Cognito Inc., uma empresa que atua junto ao “sub-mundo” que reúne diversas crenças de teóricos da conspiração. O negócio é o responsável por manter vivos os laços com agentes malignos, a fim de que o mundo continue funcionando normalmente.

Fazem parte do grupo principal de personagens: J.R. Scheimpough (Andrew Daly), Gigi (Tisha Campbell) e Dr. Andre (Bobby Lee), todos seres humanos. O também humano Brett Hand (Clark Duke) é o recém-chegado no departamento liderado por Reagan, que ainda conta com o meio-homem-meio-golfinho Glenn Dolphman (John DiMaggio) e o cogumelo Magic Myc (Brett Gelman).

Créditos: Entertainment Weekly / Netflix

Apesar da sátira ser a marca principal de Departamento de Conspirações, o humor da produção mescla um pouco de tudo o que há por aí. Há momentos em que a ironia toma conta, especialmente quando o assunto é debochar de quem acredita que a Terra é plana, como também por vezes a mão pesa em uma sequência de frases para tentar fazer a audiência rir porque os personagens falam palavrões.

Isso acaba prejudicando que a série seja marcante ou fique lembrada por conta de piadas excessivamente engraçadas.

No entanto, o seriado é bem divertido e bastante regular. Os pontos principais de Departamento de Conspirações são a criação de personagens e a inserção de personalidades e empresas da vida real como alvo da zoação. Até a Netflix se permite ser zoada por conta do alto valor investido no passado para incluir Friends em seu catálogo.

A respeito da construção de personagens, Departamento de Conspirações consegue mesclar bem o absurdo com o pé no chão. Isso rende bons backgrounds para diversos personagens, de modo que fica fácil de entender por que eles muitas vezes pensam ou agem da forma como o fazem.

As relações familiares conturbadas são um importante pilar para esse desenvolvimento dos personagens e da trama em geral. Embora não acredite que essa abordagem seja a que mais gera identificação por parte da audiência fã de animações do gênero, a meu ver os relacionamentos (e a dificuldade de se relacionar em sociedade) rendem os melhores momentos desta primeira parte de Departamento de Conspirações.

VEREDITO

Departamento de Conspirações não tem a pretensão de inovar em um gênero com diversas animações já consagradas.

O novo seriado animado da Netflix tem como base as mais malucas teorias da conspiração que tomam conta da internet todos os dias, mas sua sátira não é tão efetiva a ponto de render insanas gargalhadas.

No entanto, a produção diverte de modo satisfatório enquanto explora bem a personalidade típica de teóricos da conspiração. Tudo isso pavimentando uma trama com potencial de ser mais uma animação referência no gênero comédia para adultos.

3,5 / 5,0

Assista ao trailer de Departamento de Conspirações:

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