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CRÍTICA | Euphoria – S2E1 Trying to Get to Heaven Before They Close the Door

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CRÍTICA | Euphoria - S2E1 Trying to Get to Heaven Before They Close the Door

A segunda temporada de Euphoria chega à HBO após três anos da primeira temporada. A série é uma criação de Sam Levinson, que também roteiriza e dirige alguns episódios. O primeiro capítulo do novo ano é intitulado Trying to Get to Heaven Before They Close the Door.

No elenco estão Zendaya, Hunter Schafer, Sydney Sweeney, Alexa Demie, Barbie Ferreira, Jacob Elordi, Angus Cloud, Algee Smith e Maude Apatow

SINOPSE

O retorno de Euphoria explora novos lados dos personagens que não tiveram muito destaque na primeira temporada e ainda revela o destino de Rue (Zendaya). Em meio a caminhos entrelaçados, Rue precisa encontrar esperança enquanto tenta equilibrar as pressões do amor, perda e vício.

ANÁLISE

Com o título de “Trying to Get to Heaven Before They Close the Door”, o primeiro episódio da segunda temporada de Euphoria explora os conflitos deixados no final da primeira temporada, enquanto se aprofunda ainda mais no mundo caótico de Rue (Zedaya) e seus amigos. Tal como o nome do episódio, os personagens estão realmente tentando deixar seus infernos pessoais, ainda que, cada um à sua maneira.

Dessa forma, Euphoria dispensa apresentações em sua volta e foca naquilo que precisa ser contado. Após ser abandonada por Jules (Hunter Schafer), Rue têm uma recaída nas drogas e se o público esperava algum tipo de recomeço para a personagem, saiba que as coisas se tornaram ainda mais intensas. Já Jules também precisa lidar com seus próprios problemas, como visto no episódio especial de Natal, mas o peso da recaída de Rue está todo sobre ela.

Logo, o namoro de Rue e Jules é abalado e durante o encontro na festa de ano novo muito é não dito, mas sentido. As personagens estão entregues, porém os desafios externos como o vício de Rue pode colocar tudo a perder. Se a primeira temporada já foi fundo o bastante, essa busca explorar ainda mais as relações entre esses jovens do ensino médio e seus demônios internos. 

O destaque do episódio fica para Fezco (Angus Cloud), um dos personagens mais emblemáticos do show. No início, ele conta sobre sua história e como se tornou um traficante junto do irmão adotivo. Esses primeiros momentos evidenciam que Euphoria está em seu estado original e os temas abordados continuam sendo sexo, violência e abusos de drogas.

Dessa maneira, Euphoria deseja ser nua e crua, trazendo reais significados às ações de cada personagem. O que, de certa forma, evidencia a solidão e o desamparo desses jovens. A direção de Sam Levinson traz esses elementos ao usar um forte flash de luz para destacar os personagens em meio a festa, parecido com uma luz do final do túnel. É como se cada um estivesse encarando seu próprio fim. 

Muito se discute se adolescentes podem assistir ou não a série, a própria Zendaya comentou em suas redes sociais que é um show para adultos. Apesar de tratar de adolescentes, a maioria do que é posto em tela é extremamente destrutivo, o que leva a uma série de perguntas sobre as dificuldades da adolescência e como esses jovens são tratados e amparados. 

Há uma espécie de problemática a ser vencida em Euphoria, visto que, existem reclamações sobre o excesso de nudez e que a série poderia provocar um desencanto da fase adolescente. Dito isso, é mais correto afirmar que Euphoria se apega a contemporaneidade ao refletir uma visão mais niilista e como os próprios jovens se enxergam e são vistos atualmente. 

Por último, é importante ressaltar o incrível trabalho de direção de Levinson. Cada momento parece único em Euphoria e a câmera lenta dá verdadeiros shows cinematográficos. Os tons mais sombrios em contraste com os personagens evocam simbolismos e ainda mais na figura de Rue. Vale comentar o quanto Zendaya abraça essa personagem e a torna palpável para o público, é como se compreendêssemos Rue em seu âmago. 

VEREDITO 

O primeiro episódio da segunda temporada de Euphoria partiu dos acontecimentos da temporada anterior e tratou de estabelecer novos conflitos entre personagens. O desentendimento entre Fezco e Nate (Jacob Elordi) tomou proporções drásticas, já outros, como Cassie (Sydney Sweeney) começam a temporada com questionamentos sobre si próprios. 

Rue e Jules estão prestes a se acertarem, mas muitas coisas ainda podem atrapalhar o romance entre elas. O diretor e roteirista Sam Levinson apresenta um episódio intenso e esteticamente brilhante.   

4,5 / 5,0

Confira o trailer da segunda temporada

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