Um Mundo, Um Povo foi o episódio final da primeira temporada de Falcão e o Soldado Invernal. Confira o que achamos da season finale da série da Disney+.
SINOPSE
Os Apátridas estão prontos para fazer um atentado contra um grupo de políticos de diversas nações. Sam e Bucky devem detê-los e contarão com uma ajuda inesperada no caminho.
ANÁLISE
Um Mundo, Um Povo pode ser dividido em duas partes, pois conta com caminhos distintos em sua narrativa.
A primeira parte traz o novo Capitão América para uma pancadaria desenfreada, visto que os primeiros 20 minutos são pura adrenalina. O fato de Sam usar o manto me deu uma sensação de justiça e, acima de tudo, orgulho por ver sua jornada. O episódio tem o melhor roteiro de toda a série, uma vez que demonstra o poder do novo Sentinela da Liberdade: a empatia.
Diferentemente dos outros dois donos de um dos trajes mais simbólicos da Marvel, Sam não possui dos mesmos privilégios. Em uma de suas poderosas frases, ele diz que mesmo com sua roupa imponente e boas ações, as pessoas vão julgá-lo por sua cor de pele, algo impactante para todo o Universo Cinematográfico Marvel.
E essa composição está muito presente na segunda metade do episódio, mas, principalmente, na série inteira como um todo. Um Mundo, Um Povo acerta demais ao mostrar de forma didática o que os negros sofrem diariamente e como os privilégios funcionam.
Como pontos negativos, temos algumas decisões do primeiro ato, pois a ação desenfreada e bagunçada atrapalha um pouco a dinâmica. Entretanto, ela é necessária para vermos tudo que o novo Capitão América pode fazer com seu traje dinâmico, além de dar destaque para John Walker e Bucky também em seus encerramentos até aqui.
VEREDITO
Um Mundo, Um Povo trouxe diversas confirmações e um sentimento de poder muito grande para aqueles que tem poucas referências dentro de todas as estruturas, visto que dá voz para essas pessoas e ideais.
A representatividade de Sam, o reconhecimento de Isaiah, o perdão de Bucky e as novas jornadas de Zemo, o agora confirmado Agente Americano e a Mercadora do Poder, Sharon Carter, nos trazem boas reflexões e perspectivas para o futuro da Marvel na TV e nos cinemas, uma vez que agora há material de sobra para ser trabalhado.
A série conseguiu discutir temas de suma importância, todavia, sem ser forçada ou piegas, mostrando que precisamos sim falar sobre racismo, política e discriminação em todas as esferas possíveis, principalmente em canhões de audiência como os projetos de grandes produtoras como a Marvel.
4,0 / 5,0
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