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CRÍTICA – Manhunt: Unabomber (2017, Discovery Channel)

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CRÍTICA - Manhunt: Unabomber (2017, Discovery Channel)

A série de drama policial criado por Andrew SodroskiJim ClementeTony Gittelson para o canal Discorey Channel, chegou recentemente na gigante de streamming, Netflix. Com oito episódios Manhunt: Unabomber traz no elenco Sam Worthington, Paul Bettany, Lynn Collins, Keisha Castle-Hughes, Chris Noth, Jeremy Bobb e Jane Lynch.

A série é um retrato sobre o dia a dia de agentes do FBI em suas missões para desvendar célebres casos criminais. A primeira investigação é sobre uma caçada de quase 20 anos para capturar Ted Kaczynski, mais conhecido como o terrorista Unabomber, que foi condenado à prisão perpétua por ter participado de uma série de atentados nos Estados Unidos.

A história retrata, com base em acontecimentos reais, as investigações conduzidas pela equipe de força tarefa do FBI para encontrar o responsável por uma série de atentados terroristas nos EUA por aquele que passou a ser chamado de Unabomber (acrônimo para university, airline bomber). Em um período de 18 anos, entre 1978 e 1995, ele realizou 16 atentados, enviando artefatos explosivos pelo correio.

Theodore JohnTed” Kaczynski, também conhecido como Unabomber, é um matemático por formação, e um pensador, escritor e ativista contra projetos que seguem direcionamentos expressos de fazer com que a inteligência artificial através das máquinas superem a soberania humana (matrix), preso sob a acusação de terrorismo e condenado à prisão perpétua por sua participação em uma série de atentados a bomba que mataram três pessoas e feriram outras 23, entre cientistas, engenheiros e executivos.

A SÉRIE

Com uma ambientação e caracterização excelente, a série nos permite “voltar no tempo” proporcionando a sensação de estarmos nos anos 90, como ocorreu com a premiada American Crime Story: The People vs O. J. Simpson. Mas o grande acerto da série é Paul Betany, o nosso querido Visão de Vingadores, nos apresenta um terrorista tão cheio de facetas e ideologias que somados ao carisma do ator britânico, quase conseguimos defende-lo e encará-lo como o herói injustiçado. O que particularmente, acredito ser uma faca de dois gumes, já que humanizar Kaczynski, poderia torná-lo um exemplo a ser seguido; onde defender nossos ideais e se fazer ser ouvido é necessário usar de terrorismo.

Ainda sobre o elenco, assim como Betany, muitos outros possuem atuações sólidas e entregam ao telespectador a carga dramática necessária que as sequências pedem. Imagine como deve se sentir o responsável pela liberação de um grande aeroporto internacional com uma possível bomba dentro de um dos aviões domésticos? E neste quesito, Chris Noth – já experiente em papel de autoridade como o detetive Mike Logan em Law & Order e Law & Order: Criminal Intent – merece palmas por interpretar o diretor do FBI, Donald J. “Don” Ackerman, que contrasta com o apagado James R. “Jim” Fitzgerald, interpretado por Sam Worthington, que tem como proposta ser o nosso “herói”: o inciante policial criminal e especialista em linguística forense; mas o ator com as mesmas expressões já vistas em seus trabalhos anteriores, parece dar mais força ao carisma do complexo Ted Kaczynski e em diversos momentos não sabemos ao certo se estamos vendo FitzgeraldPerseu (Fúria de Titãs) ou Jake Sully (Avatar).

Sam Worthington como Jim Fitzgerald e Paul Betany como Ted Kaczynski.

Mesmo não sendo fã de temas policiais, a série é envolvente e seus oito episódios são um convite a uma maratona. Aproveito para agradecer ao meu amigo João Roqui por indicar essa série que nos relembra de um antigo pensamento, porém tão atual: “A Sociedade Industrial e Seu Futuro” também conhecido como “O Manifesto Unabomber” que foi publicado pelo jornal Washington Post em 19 de setembro de 1995.


Confira o trailer oficial:

E você, já assistiu Manhunt: Unabomber? A série está disponível na Netflix. Deixe seu comentário e lembre-se de dar sua avaliação!

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