Início SÉRIE Crítica CRÍTICA – O Clube da Meia-Noite (1ª temporada, 2022, Netflix)

CRÍTICA – O Clube da Meia-Noite (1ª temporada, 2022, Netflix)

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O Clube da Meia-Noite

O Clube da Meia-Noite é uma série original da Netflix e conta com Mike Flanagan como showrunner, famoso por títulos como A Maldição da Residência Hill, A Maldição da Mansão Bly e Missa da Meia-Noite.

SINOPSE DE O CLUBE DA MEIA-NOITE

Um grupo de jovens com doenças terminais vive em um local isolado para ter seus últimos momentos com conforto. Entretanto, esse lugar guarda grandes segredos que vão sendo desvendados pela nova moradora do local: Ilonka (Iman Benson).

ANÁLISE

Mike Flanagan possui uma confiança muito grande por parte da Netflix, uma vez que ele já realizou vários projetos muito bem sucedidos dentro da empresa. O diretor possui uma identidade bastante marcante e consegue imprimir isso de maneira assertiva em seus trabalhos.

Contudo, em O Clube da Meia-Noite, há um certo desgaste da fórmula Flanagan, visto que a sua forma bastante lenta de contar histórias, baseado muito mais em relacionamentos do que, de fato, em construção de uma narrativa coesa, prejudica, e muito, a série, principalmente quando se trata de ritmo.

O episódio piloto é cheio de energia, mistérios e apresenta uma protagonista interessante, assim como dá algumas pistas legais do que vem pela frente. Entretanto, ao longo dos demais capítulos, percebemos uma tendência anticlimática, que se confirma em uma season finale bem decepcionante que quer ser muito mais contemplativa, o que tira a urgência apresentada em momentos anteriores.

Uma das falhas de O Clube da Meia-Noite é trazer contos desinteressantes quando a trama está evoluindo, assim como não os usa bem quando a história está desidratada. Um exemplo disso é o conto de Kevin (Igbey Rigney), que tem uma das histórias mais legais e que, por conta de uma escolha de Flanagan, se arrasta de forma bem desnecessária.

Tecnicamente, O Clube da Meia-Noite é o trabalho menos inspirado do cineasta, embora os anteriores sejam com a régua lá em cima em questão de comparação. Flanagan usa de recursos interessantes num primeiro momento, como alucinações e volta no tempo, mas que vão ficando cansativas ao passo de que são usadas de forma bem recorrente. A duração dos episódios também vai de encontro com a qualidade da série, pois se fosse mais curtos, a experiência seria muito mais gratificante.

O elenco é muito seguro e todos estão muito bem em seus papéis, com destaque para Iman Benson que dentro de sua timidez inicial consegue ir se soltando aos poucos, entregando grandes momentos. Aya Furukawa e William Chris Sumpter entregam excelentes cenas quando necessário, possuindo os arcos mais pesados e dramáticos de O Clube da Meia-Noite.

VEREDITO

Com um enfoque muito claro em desenvolvimento de personagem e com uma narrativa sonolenta em segundo plano, O Clube da Meia-Noite é o trabalho menos empolgante de Mike Flanagan, todavia, existem diversos méritos por parte do elenco que se esforça para entregar bons momentos.

Se você busca sustos e uma trama envolvente, talvez não seja a série ideal, mas se quiser algo para uma boa reflexão sobre a vida e temáticas interessantes, ela certamente é fundamental.

3,3/5,0

Confira o trailer:

Leia também:

CRÍTICA – A Maldição da Mansão Bly (2020, Netflix)

CRÍTICA – Missa da Meia-Noite (Minissérie, 2021, Netflix)

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