Início SÉRIE Crítica CRÍTICA – Resident Evil: A Série (1ª temporada, 2022, Netflix)

CRÍTICA – Resident Evil: A Série (1ª temporada, 2022, Netflix)

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Resident Evil

Resident Evil: A Série é uma nova adaptação do famoso game homônimo que já conta com diversos filmes animados e live actions. A série é um produto original Netflix e conta com Ella Balinska (As Panteras) e Lance Reddick (John Wick) no elenco.

SINOPSE DE RESIDENT EVIL: A SÉRIE

Em 2036, o mundo foi devastado por um vírus mortal criado pela Corporação Umbrella, uma empresa poderosa do ramo farmacêutico. Jade Wesker (Ella Balinska) é uma cientista que tenta salvar a humanidade buscando realizar experiências no Reino Unido, todavia, ela está em uma jornada perigosa com a empresa maquiavélica como seu grande obstáculo.

ANÁLISE

As adaptações de games nunca foram uma unanimidade no que se refere a qualidade de narrativa, uma vez que a liberdade criativa e pouca expectativa de estúdios que colocam orçamentos modestos prejudicam e muito os projetos. Quando se trata de Resident Evil, é ainda pior, visto que os longas foram sempre de medianos para péssimos, com uma intragável e recente tentativa em Resident Evil: Bem-Vindo a Raccoon City, filme horroroso de 2021.

A Netflix comprou os direitos da franquia, criando uma série animada mediana e prometendo uma série live action, denominada Resident Evil: A Série, um produto completamente diferente dos demais por se tratar de uma nova página, com apenas um personagem conhecido do grande público: Albert Wesker, interpretado pelo bom ator Lance Reddick.

Essa nova roupagem dá, de fato, um frescor para a já desgastada franquia, uma vez que traz novos elementos à trama, mesmo que tenhamos alguns easter eggs interessantes aqui. A mudança de perspectiva dá ineditismo, mesmo que a atmosfera com diversas teorias da conspiração e uma história que tem política, ação e muito sangue envolvidos, algo bem característico dos games.

De positivo, temos uma violência gráfica bastante presente e uma ameaça bem real com monstros diversos e bem executados, mesclando o orgânico e digital de jeito honesto e bem dirigido. Os zumbis não estão apenas ali, eles são inimigos bastante letais, assim como os outros tantos monstrengos de Resident Evil como, por exemplo, lickers, aranhas gigantes, cães zumbis e tantos outros. Além disso, a ação é bem feita, com cenas frenéticas e com uma montagem legal.

Contudo, a história das irmãs Jade e Billie Wesker é fraquíssima, num nível novelesco e completamente fora de tom. A história é dividida em duas linhas do tempo, uma em 2022, completamente desinteressante, e uma em 2036 que tem acertos, mas que conta também com muitos momentos exaustivos e pouco inspirados. A todo o momento há alguma facilitação de roteiro que tira o peso da protagonista, que em cada episódio é salva no último minuto por algum fator externo ou sorte, algo bem irritante. No que tange a parte das meninas na adolescência, temos apenas uma intriga boba de irmãs egoístas e um arco fraco de como a Umbrella funciona em Resident Evil: A Série. No futuro, pelo menos, ficamos com mais atenção pela agilidade do texto e das situações, sendo um competente entretenimento, mesmo que genérico.

VEREDITO

Resident Evil: A Série é mais do mesmo e pior, não é, nem de longe, algo que os fãs vão lembrar com carinho, mesmo que a proposta realmente não seja essa. Os elementos para agradar o fã raiz estão ali, contudo, se você não conhece nada sobre a franquia, talvez seja um bom divertimento. O produto com certeza funcionaria melhor como um filme, mas nos contentemos com isso mesmo.

2,5/5,0

Confira o trailer de Resident Evil: A Série:

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