Início SÉRIE Crítica CRÍTICA | The Third Day: Episodio 5 – Tuesday – The Daughter

CRÍTICA | The Third Day: Episodio 5 – Tuesday – The Daughter

0
CRÍTICA | The Third Day: Episodio 5 - Tuesday - The Daughter

Com o penúltimo episódio de The Third Day intitulado Tuesday – The Daughter sendo exibido na última segunda-feira (16/10), a série da HBO caminha para o seu final. A direção fica por conta de Philippa Lowthorpe com criação de Dennis Kelly.

SINOPSE

Helen (Naomie Harris) pergunta por Sam (Jude Law) aos ilhéus, no entanto, todos mentem dizendo que ele não esteve em Osea. Enquanto isso, Jess (Katherine Waterston) entra em trabalho de parto e a única que pode ajudar é Helen. Ellie (Nico Parker) é levada por Kail (Freya Allan) a conhecer os mistérios da ilha.

ANÁLISE

No quinto episódio de The Third Day, Naomie Harris brilha e garante o estrelato da série ao lado de Jude Law.

Que a HBO sabe escalar seus atores não é segredo para ninguém, sendo assim, o que impõe o peso desses personagens é o fato dessas atuações serem totalmente auto suficientes. Ou seja, em Tuesday – The Daughter,  Harris e Katherine Waterston poderiam muito bem fazer um monólogo de suas personagens que seria de bom grado.

Dessa maneira, ao longo do episódio vemos Helen ter diferentes reações à medida que vai interagindo com os habitantes da ilha. Após ajudar Jess que está em trabalho de parto, Helen foca em sua missão de achar Sam perguntando aos Martins (Emily Watson e Paddy Considine).

No entanto, o casal novamente mente dizendo que Sam nunca esteve na ilha e depois desmente relatando que Sam esteve no local, teve um relacionamento romântico com uma mulher e foi embora. Chega a ser cansativo todas as mentiras contadas em Osea, mas a situação colabora para provocar os mais diversos sentimentos em Helen.

Logo, Helen quase desiste de achar Sam, mas eis que Jess foge da casa dos Martins e todos na ilha precisam procurar pela mulher que está prestes a dar a luz. Nesse sentido, a divisão entre os ilhéus cresce a todo instante, Sam parece ter aberto uma cratera na pequena comunidade abalando o sistema da ilha. Quando Osea está mal, o mundo inteiro está mal.

Helen e um homem misterioso chamado Cowboy (Paul Kaye) saem em busca de Jess. Já exausta de Osea (Helen não tem a mesma paciência que Sam) e pressionada pelo homem para falar sobre Nathan, seu filho “assassinado” que o homem insiste em chamar de “anjo”, Helen explode em uma mistura de tristeza e frustração. Imaginem quanta pressão deve sentir uma mulher com três crianças e um marido com surtos psicóticos, para ser a mãe e a esposa perfeita.

Mas, Helen é crua e direta: Nathan era uma criança difícil, raivosa e violenta. O garoto não era um anjo como a mídia noticiou e Helen tão pouco é a mãe perfeita, já que ela havia perdido seu filho. Para piorar, em sua última conversa com Nathan, Helen desejou que ele nunca tivesse nascido. É um enorme peso para se carregar e não existe nenhum lado bonito nisso.

Sendo assim, um pouco antes de deixar a ilha, Helen encontra Jess tentando entrar no mar. Sempre excitante, pois Helen quer manter sua palavra de não se envolver nos problemas de Osea, ela decide ajudá-la por pura benevolência. A cena do parto revela o porque esse episódio ser um dos melhores, até então.

Fortes atuações

Jess dá a luz a um menina que segundo a mãe irá reconciliar a ilha. A sequência é emocionalmente com ambas chorando pelo nascimento, porém, ao Jess revelar que Sam é o pai e que ele está na casa grande da ilha há uma mudança de sentimentos.

É nesse momento que a câmera da diretora Philippa Lowthorpe utiliza um close-up para mostrar o exato momento em que as lágrimas de alegria de Helen pela cena do parto se transformam em lágrimas de choque e tristeza. Seu sorriso se contrai e os olhos, antes cheios de amor e felicidade, ficam vazios com toda traição e raiva girando em sua mente.

Jess, então, pede a Helen para chamar Sam na casa, para ver sua filha recém nascida. Helen se contém e com toda serenidade diz que irá atrás do pai. Logo, ela deixa Ellie e Lu (Charlotte Gairdner Mihell) encarregadas de cuidar de Jess. Seria no mínimo estranho que Helen abandonasse suas filhas, mas seu empenho de encontrar Sam se torna uma obrigação.

Deixar as meninas para trás não foi a melhor escolha. Ellie é levada por Kail, a filha mais velha de Jess, para conhecer uma caverna subterrânea. A jovem misteriosa conta a Ellie que o local era um refúgio para os ilhéus perseguidos que vinham fazer seus ritos religiosos.

Assim como os habitantes de Osea, Kail relata que a ilha é o coração do mundo e que ela está em grande desequilíbrio. Kail tem claras intenções de seduzir Ellie com histórias dos antigos deuses. Já que além de se sentir deslocada em seu mundo, a garota tem um grande interesse pela religião.

Para Lu que ficou com Jess há momentos de aproximação por conta da recém nascida. Mas, o ambiente amistoso logo fica assustador. Após Lu, deixar escapar que Nathan era seu irmão (Helen havia pedido que as meninas não falassem nada), Jess vê uma ameaça a linha de sucessão de sua filha e saca uma faca. Sua expressão antes de condescendente se transforma em um sorriso psicótico para uma criança de nove anos. No entanto, Lu consegue escapar do lugar.

O quinto episódio de The Third Day termina com Helen caminhando pela praia e ao ver a Casa Grande ouve alguém chamar. Sam está no cais, com roupas brancas similar às usadas pelo Pai da ilha e com o cabelo grande e desgrenhado. Sua expressão é de alguém sem perspectiva e totalmente inerte. A jornada de Helen finalmente termina.

VEREDITO

Helen ainda tem muitas questões e mistérios pela frente, no entanto, Tuesday – The Daughter se consagra como um episódio sucinto e com uma ótima narrativa.

O roteiro tem todo o trabalho de levar os personagens de um ponto à outro, enquanto a direção faz um ótimo trabalho para mostrar todo o potencial das atrizes.

PUBLICAÇÕES RELACIONADAS:

CRÍTICAS – The Third Day

Episódio 5 – Tuesday – The Daughter

Episodio 4 – MondayThe Mother

Episódio 3 – Sunday – The Ghost

Episódio 2 – Saturday – The Son

Episódio 1 – Friday – The Father



Curte nosso trabalho? Que tal nos ajudar a mantê-lo?

Ser um site independente no Brasil não é fácil. Nossa equipe que trabalha – de forma colaborativa e com muito amor – para trazer conteúdos para você todos os dias, será imensamente grata pela sua colaboração. Conheça mais da nossa campanha no Apoia.se e nos ajude com sua contribuição.

Sair da versão mobile