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CRÍTICA – The Witcher (1ª temporada, 2019, Netflix)

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CRÍTICA - The Witcher (1ª temporada, 2019, Netflix)

Desde o seu anúncio ao final de 2018, The Witcher tem sido um dos maiores tópicos discutidos aqui no Feededigno, gerando artigos, listas e até mesmo um editorial intitulado Bestiário, em que revelamos um pouco mais sobre o mundo em que a série é ambientada e os monstros e criaturas que nele vivem.

Criada pelo escritor polonês Andrzej Sapkowski, a história gira em torno de um caçador de monstros em um mundo repleto de intrigas políticas, preconceitos e desigualdades. A série se tornou imensamente popular após o estúdio polonês CD Projekt Red desenvolver no começo dos anos 2000 uma série de games baseados nesse mundo fantástico e tão rico de contos e histórias do folclore polonês e eslavo.

A primeira temporada de The Witcher, da Netflix, estreou no último dia 20 de Dezembro e instantaneamente virou uma sensação por todas as redes sociais, gerando memes, e se tornou também responsável por fazer algumas músicas ficarem grudadas em nossa cabeça.

Pouco tempo depois do anúncio da série, o querido ator Henry Cavill – que em uma entrevista recente apontou ser um gamer – revelou que adoraria viver o personagem. Tão logo quanto a produção da série se seguiu, foi anunciado que o mesmo viveria na versão live-action, o que parece ser um misto entre o Geralt dos games e dos livros. Sendo ele por vezes tão coração mole quanto bruto, mostrando demasiadamente o quão cativante e profundo personagem pode ser, assim como ele é mostrado nos livros.

O vento está sibilando”

The Witcher conta com um tempo único para ambientar seus acontecimentos, e em pouco mais de uma hora em cada episódio, é de se esperar que haja um pouco de barriga em alguns dos arcos, mas felizmente isso não acontece. Com eventos que entrelaçam três núcleos diferentes em períodos de tempo diferente, tomamos ciência dos mais diversos pontos de vistas sobre as ideias e pensamentos daqueles que cruzam o caminho dos personagens centrais. Geralt luta para aceitar quem é, e o seu destino. Ciri (Freya Allan) luta para sobreviver. Yennefer (Anya Chalotra) luta por si mesma, a fim de prosperar naquilo que mais ambiciona.

A adaptação que a showrunner Lauren S. Hissrich almejou e anunciou ao longo dos meses de produção parece ter excedido suas expectativas, pois apesar da nota relativamente baixa pela crítica no Rotten Tomatoes com 64% da crítica especializada, a série é considerada um sucesso com 93% de nota do público.

A adaptação que é focada nos livros da série, de certa forma nos transporta para os ambientes e lugares parecidos com o que vimos nos games da CD Projekt Red. Com elementos da história de certa forma “deficientes” no tocante à computação gráfica, causado pelo que parece ter sido um baixo orçamento para uma primeira temporada, a série se supera no que se refere ao incrível elenco, ambientação e adaptação. 

Não deixando a desejar quando o ponto é adaptação, Hissrich muda alguns dos elementos presentes no livro, mas sem descaracterizar a história como um todo, dando uma origem a Yennefer, e fazendo-a ser a personagem forte que os iniciados à história pelo mundo dos games a conhecem. Ao dar um imenso peso à sua história de origem, Yennefer se prova como um dos mais interessantes elementos de roteiro, assim como o cativante e por vezes cansativo, Jaskier (Joey Batey).

Jogue uma moeda para seu Bruxo, ó vale abundante”

A série adapta alguns dos arcos mais interessantes da saga The Witcher quando nos mostra a incrível relação entre o cavaleiro Dunny e Pavetta. Uma relação com sentimentos verdadeiros surgiu entre um amaldiçoado e uma pessoa com sangue Ancião, assim como o arco do Carniceiro de Blaviken; a história do Lobo Branco é imensamente rica e cuidadosa. Ela nos apresenta as mais diferentes facetas do personagem de uma “raça” que é conhecida e criada para não ter sentimentos como o medo, amor ou empatia, simplesmente pelo fato dos Bruxos não poderem tomar lados em uma guerra.

Veredito

Quando lançados ao mundo de The Witcher pela tela da TV, vemos que os personagens estão envolvidos em uma trama que transcende suas compreensões e vêem que seu próprio destino está para ser decidido por uma força maior que está fora de qualquer controle dela.

Lauren S. Hissrich acerta ao nos apresentar ao Continente e por entrelaçar tão bem os arcos que se desenrolam em diferentes períodos de tempo – apesar de alguns espectadores não notarem isso, cada episódio se desenrola em um período de tempo diferente, explicamos nesse artigo o momento em que cada um deles se passa.

As atuações dos personagens centrais da trama nos levam a acreditar que a série tem um imenso futuro à sua frente e possivelmente um maior orçamento em suas próximas temporadas, visto que a showrunner revelou que possui história para pelo menos 7 temporadas.

Esperamos que a longa jornada de Geralt, Ciri e Yennefer se desenrole e tenha o fim que merece.

Confira o trailer da série:

Você já assistiu a série The Witcher? Dê sua nota e conta pra gente nos comentários o que achou e qual foi o episódio que você mais curtiu!



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