Início SÉRIE Crítica CRÍTICA – Uma Mãe Perfeita (1ª temporada, 2022, Netflix)

CRÍTICA – Uma Mãe Perfeita (1ª temporada, 2022, Netflix)

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Uma Mãe Perfeita

Uma Mãe Perfeita (no original Une Mère Parfaite) é uma produção dramática franco-germânica e conta a história da jovem Anya Berg (Eden Ducourant) que é acusada de um assassinato e de fugir da cena do crime. A mãe de Anya, Hélène (Julie Gayet) é a única que parece acreditar em sua inocência de sua filha.

A série da Netflix conta com 4 episódios em sua primeira temporada e a cada curva que toma, aumenta ainda mais o escopo de sua trama. Com atores como Andreas Pietschmann (Dark) e Tomer Sisley, a trama ganha ainda mais camadas e seus núcleos ficam ainda mais diversos.

SINOPSE

Hélène Berg (Julie Gayet) e sua família vivem uma vida tranquila. Contudo, a normalidade é jogada pela janela quando, certo dia, eles recebem um telefonema. A notícia é que Anya (Eden Ducourant), filha de Hélène e estudante em Paris, está sendo acusada de assassinato. Convencida de que Anya é inocente, Hélène pega o primeiro voo para Paris e promete à família que irá retornar com a filha em segurança.

ANÁLISE

Com uma trama que nos lança desde seus primeiros momentos por caminhos que parecem sem retorno, Uma Mãe Perfeita nos apresenta uma trama contundente, concisa e que sabe onde quer chegar. Mesmo que uma segunda temporada ainda não tenha sido confirmada, a série franco-germânica estrela no Top 10 Brasil da Netflix desde a época de seu lançamento.

Com um desenrolar curioso, em dois lugares diferentes, a trama se divide entre o núcleo investigativo de Anya e sua mãe Hélène em Paris, e de seu pai Mathias (Andres Pietschmann) e seu irmão Lukas (Maxim Driesen) em Berlim. Por meio dos mais diversos artifícios de roteiro, a trama nos leva pela vida até então desconhecida de Anya longe de seus pais. E ao aprofundá-la, temos mais motivos para desacreditar em sua inocência.

Como um claro joguete narrativo, que se mostra cansativo, é fácil entender a razão dos roteiristas mostrarem as falhas de Anya. Difícil é acreditar que os roteiristas claramente querem colocar na personagem central da trama o benefício da dúvida, não apenas de ter matado, mas por ter culpa pelos acontecimentos que antecederam a morte da qual a mesma foi acusada.

Ainda que a trama da série nos faça viajar pelos mais diversos caminhos e possibilidades, ela nos apresenta um roteiro conciso que acaba não entregando alguns dos argumentos necessários, deixando a desejar nas curvas que a história toma.

VEREDITO

Ainda que Uma Mãe Perfeita tenha tido início interessante e poderoso, a série falha em alguns momentos por abordar alguns assuntos polêmicos e por entregar um mote que nos deixe satisfeito ao final de seu quarto episódio. Com essa falha – a falta do gancho narrativo que precisamos para ter um final satisfatório -, a série falha e tenta jogar em seus últimos minutos um plot twist a fim de tentar salvar o que neste momento parece um trem desgovernado. Com isso, entender que os caminhos que a série como um produto de mídia toma, são extremamente prejudiciais nos dias de hoje.

Uma Mãe Perfeita é uma daquelas séries que podem ser assistidas em uma tarde, mas deixo um aviso: para fazê-lo, você precisa de estômago e também de entender que nem tudo é como a gente quer – nem mesmo o fim daquela série que parecia tão promissora.

3,0 / 5,0

Confira o trailer de Uma Mãe Perfeita:

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