Quando a adaptação da obra de George R.R. Martin, Game of Thrones estreou na TV em 2011 na HBO, apresentou aos espectadores algo inquestionavelmente único. A série alternava entre elementos de fantasia sem sacrificar a habilidade de explorar a natureza humana em um background quase medieval. Diferente de muitas séries, eles não tem medo de matar seus personagens, e isso é demonstrado de novo e de novo. Infelizmente, o fim da série chegará em 2019, e até agora, poucos sucessores – a altura – apareceram.
Claro que a HBO está desenvolvendo inúmeros prólogos, o primeiro deles não será lançado até 2020, mas esses projetos sem dúvida serão comparados com a série original que é extremamente popular, e aclamada pela crítica. Por outro lado, o sci-fi faroeste Westworld poderia facilmente preencher a lacuna que a série deixará – o próprio autor da série de livros George R.R. Martin sugeriu isso – mas há uma série que parece ser o sucessor perfeito de Game of Thrones: A nova série da Netflix, The Witcher, baseado nos livros e contos de fantasia de Andrzej Sapkowski.
A história que também serviu de inspiração para a série de games The Witcher que gira em torno de Geralt de Rívia, um dos caçadores de monstros conhecidos como “witchers” cujo genes foram quimicamente e misticamente alterados para torná-los mais rápidos, fortes e mais preparados para lutar contra as criaturas sobrenaturais que viajam pelo mundo medieval fantástico conhecido como O Continente. Mas agora, Geralt se encontra entre conflitos envolvendo mais que camponeses e criaturas perversas; ele encontra poderosas feiticeiras de grande beleza, reis coniventes, rainhas que buscam mais poder, princesas e príncipes amaldiçoados.
Claro que os fãs já traçaram alguns paralelos entre The Witcher e Game of Thrones. Obviamente, ambas são séries de fantasia popular, e são sobre intrigas políticas e natureza humana, mas agora ambos compartilham coisas entre si. As histórias de The Witcher, por exemplo, são conhecida por explorar o conceito de menores e maiores males, um tema que corre através de Game of Thrones. E ambas as sagas também focam imensamente em magia e monstros, mas tendem a focar mais em histórias que tem como base a realidade. Por exemplo, Martin se inspirou em eventos históricos, como a Guerra das Rosas, enquanto Sapkowski baseou parte de sua história nas ações da Igreja Católica na Europa durante a Reforma, assim como a mitologia eslava.
A serie literária The Witcher foi lançada em 1992 com Espada do Destino, uma coleção de contos que introduziram diferentes aspectos do mundo e profissão de Geralt. Após vinte anos e oito livros, a fan-base de The Witcher continua crescendo, conforme traduções para inglês e português são lançadas. Na verdade, teve um impulsionamento substancial graças à série de games, especificamente à continuação aclamada de 2015, The Witcher 3: Wild Hunt, que vendeu mais de 10 milhões de cópias ao redor do mundo em seu primeiro ano de lançamento. O sucesso da série de livros e do vídeo game são grandes indicadores do quão bem sucedida uma adaptação para a televisão pode ser se lançada pela Netflix.
Vale lembrar que a adaptação da Netflix não será a primeira em live action da saga The Witcher. O diretor polonês Marek Brodzki fez uma adaptação fraca das histórias, intitulada The Hexer, foi lançada em 2001, e estrelada por Michal Zebrowski, que deu vida à Geralt. O público e o próprio Andrzej Sapkowski odiaram o filme, que se desviou muito dos livros, e apresentou uma história incoerente graças à fraca edição (foi então que Brodzki lançou uma adaptação de 13 episódios para a televisão e os cortou como um filme de 130 minutos; toda a série foi lançada ao longo do ano seguinte). Enquanto o roteiro é mais fácil de ser seguido, as diferenças dos livros eram demais para serem perdoadas pelos fãs. Toda a história de Geralt havia sido mudada, e Vesemir, um amigo witcher e mentor, havia se tornado apenas um druida.
Julgando por alguns detalhes que vimos dos planos de The Witcher da Netflix, os produtores tem a intenção de fugir desses erros; Sapkowski serve com um consultor da série. Enquanto permanecemos incertos sobre muitos detalhes importantes – como que história a série adaptará, quem estará no elenco e quando ela será lançada – está claro que os produtores planejam se manter tão fiéis ao material fonte quanto possível, mostrando a apreciação genuína pelos personagens e ao mundo que Sapkowski gastou décadas construindo.
Levando tudo isso em consideração, há uma boa chance de que The Witcher ganhará os fãs de Game of Thrones. E teremos muito tempo para descobrir mais entre hoje e 2019, quando Game of Thrones chegar ao fim. Talvez isso seja o melhor – não apenas para a audiência, que sem dúvida ficará ansiosa por mais fantasia sombria, mas também para a série. Por isso, é inteligente esperar até Game of Thrones – a maior série de fantasia de todos os tempos – ser concluída.
The Witcher da Netflix ainda não tem data de estreia. O que você espera da série? Conta pra gente nos comentários abaixo e não esqueça de nos seguir nas redes sociais: