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CRÍTICA – A Mula (2019, Clint Eastwood)

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CRÍTICA - A Mula (2019, Clint Eastwood)

Ao 88 anos, Clint Eastwood está de volta às telonas com seu mais novo filme, A Mula.  Dirigido, produzido e protagonizado pelo diretor de Sniper Americano e Gran Torino, o longa é baseado em uma história real, divulgada em um artigo do New York Times Magazine, sobre um senhor de 90 anos que se torna mula de um cartel mexicano.

Adaptado para a ficção, A Mula conta a história de Earl Jones (Eastwood), um horticultor premiado que coloca o trabalho acima da própria família e vê suas finanças reduzidas a zero com o avanço da internet. Cético quanto ao desenvolvimento da internet como forma de compra e venda de flores, Earl vê sua fama e “prestígio” no ramo acabarem, obrigando-o a se desfazer de sua casa e pertences, mantendo apenas sua caminhonete.

Sem contato com sua família e sem ninguém para ajudá-lo, Earl se vê persuadido a ganhar dinheiro fácil sendo mula para um grupo de mexicanos. Ao fazer entregas bem-sucedidas, Earl entra para o ranking das “melhores mulas” do cartel, sendo designado para tarefas cada vez mais complexas. O que o torna um ótimo “funcionário” é o fato de não saber usar o telefone, não chamar atenção e achar formas inusitadas de se conectar com seus “chefes”.

O longa possui um elenco de apoio com grandes estrelas como Bradley Cooper, Andy Garcia e Laurence Fishburne. Bradley, inclusive, já é parceiro de Clint Eastwood há algum tempo, sendo o ator principal de Sniper Americano. Aqui ele é o agente Colin, responsável por “desmantelar” o esquema do cartel – o que significa prender Earl. Devido a sua trajetória impecável na narcóticos, Colin é transferido para resolver o esquema de drogas em Chicago.

Apesar da história ser facilmente conduzida por Clint, a trama possui muitos momentos embaraçosos. Muitas das piadas preconceituosas e situações sexistas são contornadas com o jeitinho “legal” e “divertido” de Earl, mostrando que o longa prega por um saudosismo a uma era em que ser abertamente preconceituoso era algo comum – com piada de tiozão e tudo.

O arco todo da narcóticos em si é mal desenvolvido, usando como pretexto para manter a operação a necessidade de “prender” pessoas relevantes. Quanto mais Colin demora para fazer as apreensões, mais tempo Earl tem para passear e “curtir” a vida com a bolada que ganhou do tráfico de drogas.

A Mula é um filme assistível, com alguns momentos genuinamente engraçados – infelizmente, no final do longa. Se esse for o último filme da carreira de Eastwood, será uma lástima comparado aos seus trabalhos anteriores.

Assista ao trailer:

A Mula chega hoje aos principais cinemas do país. Curtiu nossa crítica? Deixe seu comentário! Lembre-se de voltar aqui depois de assisti-lo e dar sua avaliação 😉

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