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CRÍTICA – Dupla Jornada (2022, J. J. Perry)

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Estreando hoje (12) no catálogo da Netflix, o filme Dupla Jornada (Day Shift) finalmente sai das sombras e mostra suas presas nas telas. O filme de ação de vampiros é estrelado pelo vencedor do Oscar Jamie Foxx (Power), que luta contra sugadores de sangue com o apoio de um sindicato internacional de caçadores de vampiros.

O elenco, além de Foxx, conta também com nomes como Dave Franco, Snoop Dogg, Karla Souza (How to Get Away with Murder), entre outros.

SINOPSE

Bud Jablonski (Jamie Foxx), é um pai trabalhador que só quer proporcionar uma boa vida para sua filha de 8 anos de idade. Mas seu trabalho comum de limpeza de piscinas em San Fernando Valley é apenas uma fachada, para sua verdadeira fonte de renda: caçar e matar vampiros para uma organização internacional.

ANÁLISE

Dupla Jornada é a estreia de J. J. Perry na direção e tem o roteiro escrito por Tyler Tice e Shay Hatten; o longa nos apresenta a vida de Bud, um caçador de vampiros – descredenciado do sindicato – numa ensolarada California, tentando conseguir dinheiro para conseguir manter próximo de si sua filha e ex-esposa, que ainda ama; ao mesmo tempo em que uma líder vampira cruza seu caminho.

Tentando incluir uma visão mais diurna para um filme de vampiro, juntamente com cenas de ação que se inspiram na franquia John Wick, a tentativa de Perry é louvável, infelizmente o roteiro de Tice e Hatten se perdem e acompanhamos Bud Jablonski, juntamente com Seth (Dave Franco) e Big John Elliott (Snoop Dogg) sendo perseguidos por um grupo de vampiros liderados por Audrey (Karla Souza), uma antiga vampira e magnata do setor imobiliário com os olhos terrenos de San Fernando Valley. 

Aqui, Dave Franco tem a responsabilidade de ser o alívio cômico do longa ao interpretar Seth, o escriturário do sindicato que precisa atuar em campo para supervisionar Bud; já Snoop Dogg como Big John é o um caçador de vampiros estilo cowboy com grande influência no sindicado. Apesar de um ator versátil, Franco não tem a comédia como ponto forte soando sem graça e ao fugir do estilo natural de gangue do subúrbio e – depois de Bob Marley – “personificação da maconha”, Dogg fica caricato e não natural.

Em relação aos efeitos especiais, a produção até se esforça e entrega cenas medianas, com poucas delas chegando num nível próximo de Morbius e até mesmo as coreografias de luta são bem ensaiadas, mas nada que torne a experiência inesquecível. Infelizmente, Jornada Dupla abusa do uso de contorcionismo circense e além de não trazer inovação na mitologia vampírica em relação à outras obras do gênero, tenta insistentemente apresentar uma flexibilidade aos vampiros que só nos fazem lembrar da Samara, da franquia O Chamado.

VEREDITO

Dupla Jornada distrai, mas não diverte. Com personagens perdidos e um roteiro bagunçado, assim como As Passageiras (2021), o mais novo longa de vampiro da Netflix é uma tentativa que não acerta, mas, para qualquer fã de vampiros, toda tentativa de uma nova adaptação do gênero é válida.

2,0 / 5,0

Assista ao trailer legendado:

Dupla Jornada já está disponível no catálogo da Netflix.


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