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CRÍTICA | John Wick 3 – Parabellum (2019, Chad Stahelski)

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John Wick: Capítulo 3 - Parabellum | Novo trailer é pura ação!

Terceiro filme da franquia John Wick abraça de vez a grandiloquência e mistura com eficiência humor e ação.

Se você já assistiu ao filme, pode conferir nossa crítica em vídeo COM SPOILER – caso contrário, siga na nossa crítica em texto.

Em John Wick 3 – Parabellum a história se passa logo após o final do segundo filme, com John Wick (Keanu Reeves) fugindo da Alta Cúpula de assassinos que realiza uma caça feroz ao lendário membro do clã.

Já no primeiro ato, temos uma grande amostra do que o filme abordará: uma ação desenfreada, com movimentos rápidos e uma excelente coreografia de luta, ponto forte do longa. O grande destaque vai para uma cena com arremessos de facas, na qual John mostra sua habilidade com armas de fogo e armas brancas.

Keanu Reeves está muito à vontade no papel, nos dando mais uma vez uma boa atuação do nosso anti herói que foge muito do estilo dos grandes atores brucutus que tivemos nos anos 80 e 90.

John é um homem com uma história trágica e que busca vingança e Reeves consegue nos passar toda a fúria e sofrimento do personagem, sem perder a seriedade quando deve ser letal com seus inimigos. Em cada cena de luta, o protagonista é brutal e temos muita técnica com seus golpes, numa mistura de elementos de vários estilos.

Um dos pontos positivos é a diversidade de assassinos. Temos ali diversos estilos de artes marciais, com ou sem armas, tornando os embates dinâmicos e de tirar o fôlego em alguns momentos. Há um grande mérito da direção no jogo de câmeras que é utilizado na perspectiva do protagonista e dos antagonistas, além de diversos efeitos práticos que dão muita veracidade ao que vemos em tela.

A Alta Cúpula é uma grande ameaça e John de fato seria o único assassino capaz de bater de frente com os demais, isso fica evidente no filme, pois o personagem é uma lenda viva na história.

Em relação às atuações, cabem aqui diversos elogios a Halle Berry como a forte Sofia, Ian McShane, revivendo o papel de Winstom, um dos aliados de John e, principalmente, de Mark Dacascos como o vilão Zero.

Halle Berry, Ian McShane e Mark Dacascos.

Dacascos nos passa carisma e brutalidade ao mesmo tempo, sendo um antagonista divertido e fatal, conduzindo muito bem as cenas de interação com Reeves. Conseguimos sentir o respeito e química dos personagens no pouco tempo de tela que tem juntos, algo notável para os dois veteranos atores.

Entretanto, a grandiloquência também é ruim em alguns momentos, pois muitas vezes vemos erros grosseiros em sumiços de corpos e a completa falta de noção das pessoas que circundam os locais no filme. Em algumas cenas, capangas são mortos no meio de uma praça cheia de transeuntes e ninguém se importa. Sabemos que o filme não se leva a sério, mas esse fato incomoda aquele espectador mais desavisado e que gosta de um pouco de realismo.

Outro ponto negativo da trama são os diversos plots (viradas) na história, uma vez que são deixadas diversas pistas para uma continuação, sendo que seria muito mais inteligente fazer isso apenas uma vez, evitando que confusões de quem assiste o longa.

Por muitas vezes parece que o roteiro é preguiçoso e repetitivo, tornando o filme um pouco cansativo. Além disso, as cenas de ação são muito bem coreografadas, mas, muitas vezes, longas demais, enrolando a história e

a impedindo de avançar, com uma proposta de diálogos rápidos e sem dinâmica.

Como um divertimento sem muitas coisas para se pensar, John Wick 3 – Parabellum é um excelente filme de ação. O longa abraça a bizarrice e a breguice do mocinho indestrutível e insuperável em seus atos. Temos muitos acertos e muitos erros, todavia, a experiência final é positiva, valendo à pena pagar pelo ingresso.


Assista ao trailer legendado:

John Wick 3 – Parabellum chega hoje aos cinemas de todo o país; não deixe de conferir! Lembre-se de voltar aqui para deixar seus comentários e sua avaliação.


Caso não conheça a história de John Wick, veja nossa indicação TBT:

TBT #4 – De Volta Ao Jogo (2014, Chad Stahelski, David Leitch)

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