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CRÍTICA – O Chamado 4: Samara Ressurge (2023, Hisashi Kimura)

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CRÍTICA – O Chamado 4: Samara Ressurge (2023, Hisashi Kimura)

A franquia Ring, conhecida aqui no ocidente como O Chamado chega ao cinema com mais um capítulo, chegando assim ao seu oitavo filme em toda a franquia. Dentre seus filmes, uma trilogia feita aos moldes do cinema americano e um crossover com a franquia O Grito com o título Sadako vs Kayako (2016).

O recente filme é dirigido por Hisashi Kimura, conhecido por filmes como Masked Ward e 99,9 Criminal. O elenco é formado por Fuka Koshiba, Kazuma Kawamura, Mario Kuroba, Hiroyyki Ikeuchi, Yuki Yagi, Naomi Nishida e Hiroyuki Watanabe e roteiro escrito por Kôji Susuki e Yuga Takahashi.

O título nacional de O Chamado 4 está conectado a uma sequência da franquia cujo os filmes são Ring (1998), Ring Espiral (1998), Ring 2 (1999) e Ring 0 (2000).

A franquia são adaptações dos livros escritos por Koji Suzuki e O Chamado 4: Samara Ressurge chega hoje, 27 de abril, aos cinemas.

SINOPSE

As pessoas que assistem um vídeo amaldiçoado morrem repentinamente. Essas mortes ocorrem em todo o Japão. Ayaka Ichijo é uma estudante de pós-graduação extremamente inteligente com um QI de 200. Quando sua irmã mais nova assiste ao vídeo amaldiçoado, ela precisa encontrar uma solução para a maldição antes que seja tarde demais.

ANÁLISE

Algumas coisas não são possíveis explicar através da ciência, elas apenas existem.”

Esta frase define não apenas o conceito da franquia, como o cerne narrativo em torno de O Chamado 4.

Inicialmente, talvez seja confuso para o espectador, principalmente caso o assista legendado devido a tradução em torno do nome da vilã. Entretanto, não é um elemento tão caótico para tornar o filme confuso, dado que o longa está relacionado a sequência dos fatos da versão original da franquia.

Em aspecto visuais, Kimura procura remeter a identidade que se estabeleceu ao longo dos anos na franquia, utilizando-se de efeitos práticos para boa parte das cenas. Em relação aos efeitos, não se utiliza de aspectos tão modernos, mas é um trabalho que se conecta com a estética que foi apresenta ao longo dos anos.

Neste novo capítulo da franquia os conceitos e características anteriores mudam, assim modernizando o cânone da história. Aqui, apesar da utilização da fita, a viralização através da Internet é um elemento que torna Samara/Sadako mais perigosa que nos filmes anteriores.

Assim como um vírus, a maldição se espalha de forma avassaladora, sendo uma excelente jogada de roteiro utilizar estes elementos modernos para trazer uma nova linguagem para a história. Além da modernização, a adaptação do espirito amaldiçoado tomando novas formas é outro atrativo de O Chamado 4: Samara Ressurge.

Samara/Sadako agora toma forma de alguém cujo o infectado pela maldição tenha alguma relação próxima. Assim facilitando sua aproximação para que finalmente sua alma seja jogada ao fundo do poço.

Apesar de se utilizar de diversos elementos, o filme possui características do gênero de terror asiático. De forma a ter um ritmo mais lento, com uma cadência que o torna moroso, principalmente ao longo do seu segundo ato, mesmo que seja uma preparação para o desfecho do filme.

Se tratando de atuações, o maior destaque fica por conta de Ayaka, interpretada por Fuka Kobaiashi, que consegue transmitir de forma competente a importância de sua personagem na trama. Mesmo como protagonista, sua função na história é ir na contramão do que se espera nesta situação, buscando na ciência a solução de algo que epistemologicamente não era considerado possível.

Ao longo do filme se constrói um ambiente de tensão que é interessante, mesmo que ele de fato não seja assustador, mas consegue ressaltar o perigo que a vilã representa. Porém no terceiro ato as soluções escolhidas para a conclusão remetem aos longas anteriores da franquia, gerando uma certa quebra de expectativa em relação a tudo que se constrói.

VEREDITO

Entre altos e baixos O Chamado 4: Samara Ressurge é um filme interessante, tanto pela construção de novos elementos para a franquia quanto sua modernização. Apesar de um terceiro ato não tão impactante, o longa é uma boa opção para fãs do gênero terror, principalmente de produções fora do eixo ocidental.

3,0 / 5,0

Assista ao trailer dublado:

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