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CRÍTICA – The Rental (2020, Dave Franco)

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CRÍTICA - The Rental (2020, Dave Franco)

The Rental é o primeiro filme de Dave Franco como diretor. Alison Brie (Community), Sheila Vand (Expresso do Amanhã), Jeremy Allen White (Shameless) e Dan Stevens (Legion) integram o elenco. O longa está disponível no iTunes por U$ 9.99.

SINOPSE

Charlie (Dan Stevens) e Mina (Sheila Vand) são sócios e estão prestes a fechar um grande negócio. Mas antes de focar no trabalho, eles decidem alugar uma casa pelo Airbnb para um relaxante fim de semana. Logo, partem para o local: Charlie, sua esposa Michelle (Alison Brie), Mina e Josh (Jeremy Allen White), irmão mais novo de Charlie. Aos poucos, a tensão vai crescendo entre os quatro ao mesmo tempo em que alguém os observa.

ANÁLISE

James Franco.

Em sua estréia como cineasta, Dave Franco (irmão de James Franco) co-produziu e também co-escreveu o roteiro junto com Joe Swanberg.

Em um primeiro momento, o longa mostra que tem muito mais a acrescentar do que os repetidos filmes do gênero slasher, quando assassinos perseguem e atormentam suas vítimas. Porém, The Rental tropeça em sua narrativa e nunca chega ao clímax de fato.

Os amantes de filmes de terror já estão acostumados com todas as premissas possíveis e todas os tipos de ameaças possíveis. Não à toa, The Rental aposta em um horror clássico mas com os pés no presente. Logo, o uso de um simples aplicativo de hospedagem parece algo muito normal ao espectador.

Dessa forma, vivemos em uma era onde a facilidade está na palma das nossas mãos e isso com certeza, é o que torna a premissa de The Rental tão tangível.

Nesse sentido, o filme também consegue trabalhar de forma orgânica a relação entre os personagens. Se de um lado temos, Charlie e Michelle com uma relação mais madura, do outro, temos JoshMia que estão embarcando em um relacionamento.

Os quatro personagens funcionam muito bem juntos, visto que além dos relacionamentos, há um certo conflito entre irmãos e uma espécie de atração entre Charlie e Mia. A construção de personagens é tanta que ocupa o primeiro ato e metade do segundo; deixando o suspense e os sustos para os últimos minutos.

Ainda assim, a trama do longa consegue surpreender mostrando o quanto é simples hoje em dia sermos vigiados por outras pessoas.

O uso de câmeras pela casa é um recurso muito bem trabalhado que aparece em poucas vezes. Além dos perigos da modernidade, o filme também trabalha com o desconforto do preconceito.

Mia é uma mulher de descendência árabe que teve sua proposta de alugar a casa recusada pelo locador Taylor (Toby Huss) para horas depois Charlie fazer a mesma proposta e ser aceito.

Dessa forma, o encontro entre locador e locatários levanta um desconforto quando Mia questiona Taylor; ninguém ali (além de Mia) parece querer ver ou falar sobre a discriminação.

Nesse sentido, Franco compõe um horror totalmente atual: o que mais assusta que assassinos, câmeras nos vigiando e discriminação?

Sua direção também impulsiona o filme, deixando claro o incômodo dos personagens. Contudo, o filme se mostra confuso sobre os temas que deseja tratar tornando evidente a limitação do roteiro.

O assassino não tem muitas explicações e isso não é um problema, mas há uma grande diferença entre construir o terror durante o filme e deixar para um pós-trama.

Dessa forma The Rental trás um discussão importantíssima que aparece nos últimos minutos, deixando o espectador discutindo sozinho quando seria mais eficaz discutir junto.

VEREDITO

The Rental é um ótimo filme para início de carreira, pondo em evidência o potencial de Dave Franco.

Contudo, faltou um pouco de coragem em querer ser de fato um filme de terror. O que poderia ser feito juntando os elementos da vida moderna com o clássico do horror de slasher.

Assista ao trailer:

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