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CRÍTICA – Toy Story 4 (2019, Josh Cooley)

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CRÍTICA - Toy Story 4 (2019, Josh Cooley)

Toy Story é uma das melhores trilogias do cinema e também a mais reconhecida franquia da Pixar, e marcou toda uma geração que cresceu com o Andy. O primeiro filme, de 1995, dirigido por John Lasseter (Carros, 2006) e com Joss Whedon (Os Vingadores, 2012) como co-roteirista, apresentou ao mundo a história de companheirismo, amizade e lealdade protagonizada pelo cawboy Woody, pelo Buzz Lightyear e com os outros brinquedos mais queridos da sétima arte com as vozes dos astros Tom Hanks, Tim Allen e Don Rickles.

O longa foi indicado ao Globo de Ouro e ao Oscar, e ficou muito famoso por ser feito inteiramente por ferramentas de computação gráfica. Toy Story 2, de 1999, e também dirigido por Lasseter ao lado de Ash Brannon e Lee Unkrich, trouxe de volta os personagens com os quais já estávamos familiarizados em uma nova aventura, com novos dilemas e ainda mais comovente.

Toy Story 3, de 2010, encerra a trilogia de maneira brilhante e muito emocionante. Com direção de Lee Unkrich John Lasseter retorna aqui como produtor executivo –, o longa tem momentos memoráveis e é uma aula de como finalizar uma história. Além disso, a película ganhou vários prêmios, entre eles o Oscar e o Globo de Ouro de Melhor Animação.  Toda essa contextualização é importante, pois, com tudo isso, a pergunta que fica é: era realmente necessário fazer um quarto filme ou foi apenas uma tentativa de trazer de volta uma franquia que deu muito certo para ganhar dinheiro?

Em Toy Story 4, os brinquedos estão em um novo lar após Andy ir para a faculdade no final do longa anterior e deixar seus velhos amigos com a pequena Bonnie. Dessa vez, Woody já não é mais o boneco favorito da criança, porém isso não o impede de tentar deixar a garotinha feliz. O cowboy faz de tudo para ver a Bonnie bem, inclusive ajudar um novo personagem – que se estivesse anteriormente na franquia seria um rival do Woody – em sua jornada de entender seu novo propósito de vida. Esse novo integrante é o Garfinho, um brinquedo feito pela própria garota e que acredita ser apenas lixo.

Woody mais uma vez assume o protagonismo, mas dessa vez de uma maneira diferente, pois agora o fato de ele não ser mais o brinquedo favorito dá ao personagem uma camada a mais, pois o que mais importa para ele é ver a sua criança feliz, independentemente dessa felicidade depender diretamente dele.

Além do Garfinho, outros novos personagens são apresentados, mas, infelizmente, outros, já clássicos na franquia, acabam ficando em segundo plano. Como é o caso da Jessie e do próprio Buzz. Há também o retorno da Betty, que é, de longe, uma das melhores coisas do filme. Logo no início é mostrado o que aconteceu com ela, deixando claro porque a personagem não estava nos outros filmes. O roteiro, assinado por Josh Cooley (que co-escreveu Divertida Mente e também assume a cadeira de diretor em Toy Story 4) e por outras nove pessoas, deu novas motivações a Betty, que aqui assume a posição de líder em determinados momentos rendendo ótimas cenas girl power.

Entre os novos brinquedos temos também a vilã Gabby Gabby, uma personagem interessante, mas que segue a mesma fórmula de vilões do segundo e do terceiro filme, mas ainda assim consegue surpreender. Tem também o Coelhinho e o Patinho que é a dupla responsável pelo alívio cômico do longa, mesmo não tendo muito desenvolvimento, eles são muito engraçados e rendem cenas divertidas.

Sem sombra de dúvidas o maior acerto de Toy Story 4 está na qualidade da animação em si. É perceptível todo o cuidado que tiverem em cada detalhe, nas expressões dos personagens, na textura, na movimentação, entre outros. Está realmente muito linda e faz toda a diferença. Além disso, para você que é fã dos filmes da Pixar e da Disney, se prepare para caçar os vários easter eggs espalhados pelo longa, tem referência a Procurando Nemo, Monstros S.A., Viva: A Vida é Uma Festa, entre outros.

Toy Story 4 conta com uma aprovação de 97% por parte da crítica especializada no Rotten Tomatoes e de 94% do público. Além disso, teve uma arrecadação total de US $ 1,073 bilhão e é um dos indicados ao Oscar 2020 (confira todos os indicados clicando aqui) de Melhor Animação, já tendo vencido o The Critic’s Choice Awards e indicado ao Globo de Ouro na mesma categoria. O sucesso foi tanto que uma série de curtas animados do Garfinho já está garantida para o Disney+ e se chamará Forky Asks A Question. Também foi divulgado que a personagem Betty terá a sua própria série animada, chamada Lamp Life.

Sobre Toy Story 4 ser realmente necessário ou não, bom… não é um filme necessário, porém é bem executado e entrega muito do que os fãs da franquia amam. Mesmo repetindo uma fórmula já presente nos longas anteriores, esse novo consegue tocar e emocionar.

Confira o trailer legendado abaixo:



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