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CRÍTICA – Viagem ao Topo da Terra (2021, Patrick Imbert)

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CRÍTICA - Viagem ao Topo da Terra (2021, Patrick Imbert)

O longa animado Viagem do Topo da Terra (Le Sommet des Dieux) é baseado no homônimo mangá japonês de Jiro Taniguchi (O Gourmet Solitário e O Homem Que Passeia), a versão do mangaká foi publicada de 2000 a 2003 na Business Jump, da editora Shueisha, ficando com 5 volumes compilados; ainda inédita no Brasil.

A animação que havia sido lançado originalmente em julho deste ano no Festival de Cannes, chegou na última terça (30) ao catálogo da Netflix.

O elenco de vozes original conta com Lazare Herson-Macarel, Éric Herson-Macarel, Damien Boisseau, Elisabeth Ventura, Kylian Rehlinger e François Dunoyer.

SINOPSE

Um fotojornalista que investiga a primeira expedição ao Everest acaba se envolvendo na busca por um respeitado alpinista que desapareceu.

ANÁLISE

A adaptação da adaptação: “O pico mais alto do mundo, o Everest, já foi escalado várias vezes. Que tipo de história da montanha ainda podemos escrever hoje?” pergunta o romancista Baku Yumemakura. A resposta a essa pergunta pode ser encontrada, sem dúvida, em seu livro Kamigami no Itadaki (Around the Summit of the Gods) que viria a ser adaptado para mangá e agora para animação.

Aqui, acompanhamos Fukamachi, um fotojornalista japonês, em busca de pistas para encontrar uma antiga câmera fotográfica que pode mudar a história do alpinismo e para isso, precisa encontrar um fantasma do esporte.

Montanhista incansável, escalador incomparável, o personagem de Habu Jôji é diretamente inspirado por Masaru Morita, um verdadeiro alpinista japonês que, em seus primórdios, não tinha um tostão e não podia financiar expedições extremamente caras no Himalaia ou nos Alpes, parte na subida de uma parede considerada impossível no inverno, Oni-Sura, a “laje de demônios” para fazer seu nome no alpinismo. 

A começar pela incrível aventura de Masaru Morita nas Grandes Jorasses, nos Alpes. Lá, com a perna quebrada e um braço fora de serviço após uma queda de 50 metros, o escalador luta para escalar a parede usando seu único braço válido e, literalmente com a força de seus dentes, se iça até seu equipamento, antes sendo resgatado no último minuto. 

Ao mesmo tempo, Baku Yumemakura também se inspirou em outra estrela do montanhismo japonês: Tsunego Hasegawa, com quem compete Masaru Morita, na obra ele é Hase Tsuneo, oponente de Habu Jôji. Os dois homens, tanto na realidade como em suas adaptações, respeitam-se e confrontam-se, sempre com um objetivo último em mente: conquistar o Everest, o cume dos deuses.

VEREDITO

Não é de hoje que afirmo que animação não precisa ter um visual maravilhoso e realista para ser perfeita. Viagem do Topo da Terra tem uma estética que lembra muito a animação Akira (1988), e sua trilha sonora em conjunto com a imponência dos picos montanhosos faz o coração gelar e a alma encontrar a paz na vastidão do topo.

Sem dúvidas o reflexivo longa animado entrou para a lista dos melhores de 2021.

5,0 / 5,0

Assista ao trailer:

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