Há quem diga que horror e musical não combinam, mas é fato que nunca na história do cinema dois gêneros foram tão opostos e tão incrivelmente divertidos juntos. Únicos e originais, os filmes musicais de horror conquistam fãs por onde passam e até mesmo aqueles que não gostam de uma boa cantoria se sentem tentados.
Isso porque, apenas esses filmes são capazes de misturar medo e tensão com incríveis cenas musicais que combinam perfeitamente. Sejam eles mais dramáticos ou mais cômicos, musicais de horror estão ganhando cada vez mais espaço no cinema e merecem nossa total atenção. Então, se você está por fora, confira essa lista com cinco musicais de horror cantar e se assustar junto:
THE ROCKY HORROR PICTURE SHOW (1975)
The Rocky Horror Picture Show não agradou a crítica em sua primeira estreia, visto como ultrajante, o longa é uma satira aos filmes B de ficção científica e também uma ode de referências a filmes clássicos do terror. Porém, The Rocky Horror Picture Show ganhou as graças do público após começar a ser exibido em sessões de meia noite e se tornar uma referência em filmes musicais de horror.
Atualmente, é considerado o filme de maior sucesso que mais tempo passou em cartaz. É comum ver os fãs se vestindo igual aos personagens, respondendo as falas e cantando junto com o filme nos cinemas. The Rocky Horror Picture Show é uma grande homenagem ao cinema de horror e ficção científica, mas também uma obra original e única que junta a estética camp a músicas divertidíssimas sem medo de falar sobre sexo e gênero. Filme disponível na Star Plus.
Sinopse:
Influenciado pelo matrimônio de um grande amigo, Brad Majors (Barry Bostwick) decide pedir sua namorada, Janet Weiss (Susan Sarandon), em casamento. Antes da cerimônia eles partem em uma viagem de carro, mas acabam se perdendo. Eles vão até um castelo próximo em busca de ajuda e são recepcionados por Riff Raff (Richard O’Brien), o criado do Dr. Frank N Furter (Tim Curry), dono do local. Brad e Janet estranham o visual e o comportamento de todos, sem imaginar que Frank N Furter dedica a vida à libido e ao prazer.
A PEQUENA LOJA DE HORRORES (1986)
Seja na Broadway ou no cinema, A Pequena Loja dos Horrores é um sucesso. Baseado no longa original de 1960 de Roger Corman, essa adaptação musical dirigida por Frank Oz apresentou o filme a uma nova geração. Com grandes canções que trazem todo tipo de sentimento dos personagens, A Pequena Loja dos Horrores é um filme bastante cativante.
Além disso, o uso de efeitos técnicos que dão vida à planta carnívora sedenta por sangue humano, Audrey II, são incríveis e evidenciam o tom assustador do longa. Mais uma prova das maravilhas que o horror e o musical podem criar juntos, logo, A Pequena Loja de Horrores de 1986 é irretocável com ótimos atores, excelente técnica e músicas memoráveis. Filme disponível na HBO Max.
Sinopse
Seymour Krelborn (Rick Moranis) é um órfão que trabalha no Mushnik’s, uma floricultura. Ele passa seu tempo sendo explorado pelo sr. Mushnik (Vincent Gardenia), dono do local, e sonhando acordado com Audrey (Ellen Greene), uma colega de trabalho. Um dia, após um eclipse solar, Seymour encontra uma planta estranha. Ele a compra e passa a chamá-la de Audrey II. Ao cuidar dela ele acidentalmente corta o dedo e percebe que Audrey II tem um grande apetite por sangue. Com o tempo a planta cresce cada vez mais, forçando Seymour a encontrar pessoas que possam servir de alimento para ela.
O FANTASMA DA ÓPERA NO ROYAL ALBERT HALL (2011)
O Fantasma da Ópera é certamente uma das figuras mais icônicas da cultura pop. Baseado no romance francês de 1910 de Gaston Leroux, o musical criado por Andrew Lloyd Webber chegou aos palcos em 1986. Ainda que antes, algumas versões cinematográficas do fantasma já existissem, foi o musical de Webber que alavancou o personagem. Sendo o show com maior duração na história da Broadway com mais de 10 mil apresentações, em 2011, o Fantasma da Ópera comemorou os 25 anos da produção com três apresentações especiais filmadas no Royal Albert Hall, que mais tarde se tornaram um DVD e Blu-Ray.
Com uma incrível produção, esta é sem dúvida uma das melhores (e a minha favorita) versão do Fantasma, com potentes atuações tanto dramáticas, como vocais, é fácil se envolver na história de Christine e seu tutor misterioso. Mas, como um show teatral, nem todos irão curtir essa adaptação, por isso, também fica a indicação do filme de Joel Schumacher lançado em 2004 com Gerard Butler no papel principal, que não chega a ser tão icônica, mas também satisfaz.
Sinopse
Os novos donos do teatro escalam a jovem Christine Daae (Sierra Boggess), para cantar na abertura do teatro. Christine faz sucesso em sua estréia, chamando a atenção do Visconde de Chagny (Hadley Fraser), o novo patrocinador da companhia. O Visconde e Christine se conheceram ainda crianças, mas ele apenas a reconhece na encenação da ópera. Porém o que nem ele nem ninguém da companhia sabem é que Christine tem um tutor misterioso, que acompanha nas sombras tudo o que acontece no teatro: o Fantasma da Ópera (Ramin Karimloo).
SINFONIA DA NECRÓPOLE (2014)
O primeiro filme solo da cineasta brasileira Juliana Rojas é um excelente musical sobre um coveiro e uma funcionária pública que precisam reorganizar um cemitério. A protagonista da diretora é diferente do que estamos acostumados no cinema brasileiro, as canções trazem um tom mais mórbido com letras inteligentes e criativas.
A obra também carrega uma comédia dramática que coloca o espectador para refletir sobre as questões da vida e morte. Com referência ao documentário Sinfonia da Metrópole (1929) e a outros filmes brasileiro que marcaram a década de 1980, Sinfonia da Necrópole é um ótimo filme musical e de horror também. O longa está disponível na Netflix e é o nosso representante brasuca da lista de filmes musicais de horror.
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Sinopse
Deodato (Eduardo Gomes) é um aprendiz de coveiro não muito animado com a profissão. Sua rotina melhora quando Jaqueline (Luciana Paes) surge no cemitério. Funcionária do serviço funerário, ela inicia um levantamento sobre túmulos abandonados com a ajuda do rapaz. A paixão o impede de pedir demissão, mas estranhos eventos continuam a abalar seu estado psicológico.
ANNA E O APOCALIPSE (2017)
Adolescentes, clima natalino, músicas e… zumbis! Anna e o Apocalipse é o tipo de filme que você duvida muito, mas vale totalmente a pena. O longa dirigido por John McPhail a partir de um roteiro de Alan McDonald e Ryan McHenry baseado no curta Zombie Musical de 2010, é divertido, cativante e extremamente gore.
As músicas lembram bastante as produções da Disney, com personagens cantando sobre seus sentimentos e suas vidas. Porém a introdução de mortos vivos deixa tudo mais interessante para a personagem Anna que precisa sobreviver a esse apocalipse. O baixo orçamento não impede esse longa de ter ótimas cenas musicais e muito sangue sendo jogado em tela. Ele está disponível na Apple TV+ e que fecha nossa lista de filmes musicais de horror.
Sinopse
Durante o natal, um apocalipse zumbi ameaça a pacata cidadezinha de Little Haven, e com isso Anna (Ella Hunt) e seus amigos acabam sendo forçados a lutar, cantar e dançar para tentar sobreviver. Ninguém está salvo nesse novo mundo e eles só podem confiar uns nos outros.
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