Nem todo filme de alienígena eles precisam ser os vilões, e já vimos isso em E.T. – O Extraterrestre, de Steven Spielberg. Mas o que aconteceria se ao invés de invadirem nosso planeta, eles precisassem de abrigo? Em Distrito 9 temos uma nova dinâmica na interação humanos e extraterrestre onde os vilões, nem sempre são os que chegam do espaço.
O elenco conta com Sharlto Copley, Jason Cope e David James.
SINOPSE
Há 20 anos uma gigantesca nave espacial pairou sobre Joanesburgo, capital da África do Sul. Como estava defeituosa, milhões de seres alienígenas foram obrigados a descer à Terra. Eles foram confinados no Distrito 9, um local com péssimas condições e onde são constantemente maltratados pelo governo. Pressionado por problemas políticos e financeiros, o governo local deseja transferir os alienígenas para outra área. Para tanto é preciso realizar um despejo geral, o que cria atritos com os extraterrestres. Durante este processo Wikus Van De Merwe (Sharlto Copley), um funcionário do governo, é contaminado por um fluido alienígena. A partir de então ele se torna um simbionte, já que seu organismo gera algumas partes extra-terrestres; com o governo desejando usá-lo como arma política, Wikus conta apenas com a ajuda do extra-terrestre Christopher para escapar.
ANÁLISE
Escrito por Neill Blomkamp e sua esposa Terri Tatchell, e produzido por Peter Jackson e Carolynne Cunningham. O longa adaptada do documentário, também de Blomkamp, Alive in Joburg, e produzido por Copley, gira sobre os temas da xenofobia e da segregação social. O título e a premissa de Ditrito 9 foram inspiradas pelos acontecimentos que tiveram lugar no Distrito 6, na Cidade do Cabo, durante o apartheid que dominou a África do Sul entre 1948 e 1994; período em que o diretor nasceu e cresceu.
O interessante é que Sharlto Copley nunca quis uma carreira artística profissional, mas quando o diretor que é seu amigo de longa data pediu que fizesse o protagonista Wikus, Sharlto não pode negar a participação no longa. Depois de Distrito 9 o ator sul-africano estrelou filmes como Esquadrão Classe A (2010), Elysium (2013), Malévola (2014) e Chappie (2015).
Com um orçamento baixíssimo, de apenas US$ 30 milhões, o longa arrecadou mundialmente mais de US$ 210 milhões, além de ter sido indicado a quatro Oscars nas categorias Melhor Roteiro Adaptado, Melhores Efeitos Visuais, Melhor Edição e Melhor Filme.
VEREDITO
Ver a inversão do estereótipo da invasão alienígena já seria o ponto alto do longa, mas ao abordar a segregação e o “sentir na pele” colocando o protagonista racista na pele dos “camarões” para que ele descubra que seu único suporte é um indivíduo da raça que tanto é desprezada pelos humanos, sem dúvidas é uma junção de situações que fazem com que Distrito 9 seja até hoje um excelente sci-fi sobre a dinâmica humanos versus aliens.
5,0 / 5,0
Assista ao trailer legendado:
Distrito 9 está disponível no catálogo da Netflix.
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