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CRÍTICA – Adore (2023, Cadabra Games)

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Adore

Adore é um game brasileiro desenvolvido pelo estúdio Cadabra Games e publicado pela QUByte Interactive. Enquanto somos apresentados à história de Lukha, vemos como aquele mundo é único. No que parece ser uma mistura de um game de RPG com a captura e combate de monstros, somos lançados no mundo em que invocações e gerenciamento podem mudar o curso da história.

Com um sistema de sinergia, coleta e habilidades especiais, Lukha precisa evitar que Ixer obtenha êxito em destruir o mundo de Gaterdrik enquanto lança sua escuridão.

SINOPSE

Adore é um jogo de Ação de Coleta de Criaturas onde o personagem principal, Lukha, é capaz de evocar e controlar criaturas para lutar ao seu lado de uma forma simples e inovadora! Em Adore, você pode personalizar sua jogabilidade de acordo com as criaturas que capturar. Cada um deles tem características e habilidades muito diferentes. Características, habilidades especiais e o sistema de sinergia permitem estilos de jogo ainda mais variados e combos poderosos!

ANÁLISE

Assim como algumas culturas ao redor do mundo do deus criador, acompanhamos a criação de Gaterdrik, o mundo criado por Draknar, o deus das Criaturas que agora jaz morto. Sem ninguém para impedir o avanço da maldição lançada por Ixer, um semideus poderoso planeja destruir e consumir tudo a seu alcance. No controle de Lukha, precisamos evitar que a maldição se espalhe e Ixer evite dominar o mundo.

Com uma gameplay simples, porém refinada, vemos como a captura de monstros pode mudar o rumo da gameplay. Por meio de um mundo hostil, que pode nos atacar quando menos esperamos, somos lançados em dungeons. Dungeons essas, em que os perigos surgem de inimigos que spawnam e farão de tudo para destruir tanto Lukha quanto corromper as criaturas que capturarmos.

Os aspectos que nos prendem no game, são também os que mais nos afastam dele. Ou seja: Lukha é tão carismático quanto pedante, o que acaba deixando tudo mais cansativo. Mas não apenas isso, o plano de fundo do mundo opta por se limitar, e essa limitação é inversamente proporcional ao número de criaturas que podem ser capturadas.

Ainda que conte com um lineart incrível e belos visuais, as dungeons limitam nossa percepção de profundidade limitando sempre o confronto entre os jogadores e seus inimigos – que podem ser capturados e adicionados à sua equipe.

O SANTUÁRIO, GAMEPLAY E CRIATURAS

O Santuário é uma espécie de local seguro, onde vamos a todo fim de fase. Lá, encontraremos local seguro para deixar as criaturas capturadas e deixar as criaturas corrompidas repousarem. O game aponta a todo o tempo a importância de curá-los da corrupção que se dá ao ter contato com criaturas corrompidas do mundo.

O Santuário tem uma função importante na jornada de Lukha, lá, é onde encontraremos aliados e aparatos que nos auxiliarão no avanço da história. Assim, o game nos faz sentir que na empreitada de salvar o mundo, nosso protagonista não está sozinho. Não apenas pela criação de runas, como também pelo simples ato de “cozinhar” alimentos, o game nos apresenta elementos de que a história pode ser mais do que testemunhamos e assim, adiciona mais camadas à gameplay.

Com um ponto de vista top-down, acompanhamos Lukha e suas criaturas avançando em direção à derrocada de Ixer. Conforme progredimos, o game ganha ainda mais camadas nos lançando por desafios maiores, mas com criaturas mais poderosas ao nosso lado, o game pode ficar tão mais fácil quanto mais difícil – já que os inimigos, corrompidos por Ixer também ficam ainda mais poderosos.

Com elementos de roguelike e RPG, o game foca basicamente na captura de criaturas – garantindo sua cura para a corrupção lançada por Ixer – e suas melhorias. Tornando o santuário uma espécie de zoológico para as criaturas das mais diversas formas e tamanho.

As criaturas têm um papel importante. Já que conforme progredimos as dungeons ficam maiores, algumas delas podem servir até como montarias para Lukha, e com certeza como a defesa do nosso pequeno protagonista. Algo que vale nota, é o fato do game nos lançar em um mundo que coloca uma criança em perigo. E o mais interessante, é quando a Cadabra opta por fazer de Lukha o último de seu tipo, um adorador. Cuja última centelha de Draknar, foi repousar naquele que o adoravam, se manifestando ocasionalmente e garantindo ao jovem, poderes.

Ainda que Lukha seja o último de seu tipo, ele tem ao seu lado criaturas e aliados que o lançarão em direção ao futuro e a salvação de Gaterdrik.

VEREDITO

Adore é simples, mas sua gameplay rebuscada e as muitas camadas colocadas no game, podem fazer com que o mundo voltem seus olhos para o Brasil e percebam o país como um ponto focal para o cenário de desenvolvimento. Adore é um marco também na longa vida da QUByte, publisher responsável por alguns dos ports mais interessantes lançados.

Adore diverte, mas falha em prender os jogadores.

3,5 / 5,0

Confira o trailer do game:

Adore foi lançado no dia 3 de agosto para Nintendo Switch, PlayStation 4, PlayStation 5, PC, Xbox One e Xbox Series X/S.

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