Início GAMES Crítica CRÍTICA – Crisis Core: Final Fantasy VII Reunion (2022, Square Enix)

CRÍTICA – Crisis Core: Final Fantasy VII Reunion (2022, Square Enix)

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Crisis Core

Crisis Core: Final Fantasy VII Reunion é um remaster em HD do game ambientado alguns anos dos acontecimentos de Final Fantasy VII, ao longo do game controlamos Zack Fair, um Soldado de 1ª Classe. O game foi lançado originalmente para o PSP em 2007, e após o sucesso que o remake de Final Fantasy VII fez, podemos testemunhar os acontecimentos que antecedem o amado jogo, e a história de Genesis, Sephiroth e Angeal com algumas melhorias proporcionada pela Unreal Engine 4.

Ainda que controlemos Zack por todo o game, Crisis Core nos apresenta um maior aprofundamento da trama de Sephiroth, o principal antagonista do 7º game da franquia, mas não apenas isso. O game nos apresenta sobre Jenova e os Cetra, uma das raças mais poderosas e antigas deste universo.

SINOPSE

O game acompanha a história de Zack Fair, um jovem combatente alvo da admiração do garoto destinado a salvar o mundo, da confiança de pessoas conhecidas como heróis lendários e do amor de uma garota que tem o destino do planeta em suas mãos. O conto dos sonhos e da honra de Zack – o legado que o conecta a Cloud – é revelado por completo nesta saga grandiosa que rompe os limites da remasterização em HD.

ANÁLISE

A ambientação de Crisis Core é rápida, e nos lança à história de alguns membros da Tropa Soldier, o esquadrão de Elite da empresa de energia Shinra Electric Power Company. Ambientado quase que inteiramente em Midgard, Crisis Core: Final Fantasy VII Reunion nos apresenta uma história já conhecidas por muitos, mas que para esse que vos escreve, era inteiramente nova. A história de origem não apenas de Cloud, mas também de Zack, Angeal, Sephiroth e Genesis.

A história de origem de alguns desses personagens e do principal antagonista de Final Fantasy 7, Sephiroth estão diretamente ligadas, bem como aos antigos povos que habitavam há muitos séculos em Gaia – o planeta que conhecemos em Crisis Core e Final Fantasy 7 -, ou era o que a Shinra e outros pensavam.

Em Crisis Core, compreendemos o que fez com que Sephiroth fosse o antagonista que é, bem como a origem de todo seu ódio em relação àquele mundo. No papel de Zack, acompanhamos sua ascensão de um soldado de 2ª Classe, até a 1ª Classe, onde entendemos que sua história é muito mais parecida com a de Cloud do que imaginávamos a princípio – e os dois personagens possuem inclusive uma forte ligação, tendo sido Zack, o motivador de Cloud Strife para se juntar à Soldier.

Outro elemento comum entre os dois jogos, é a presença de vários parceiros de aventura de Cloud, como Aerith, Tifa e Yuffie.

GAMEPLAY, MECÂNICA E HISTÓRIA

A gameplay do game se apresenta em um escopo muito menor do que em Final Fantasy VII Remake. Ainda que a Square Enix tenha tentado se aproveitar do sucesso que foi o remake, Crisis Core falha em aspectos relacionados à sua gameplay.

Sem confrontos com inimigos em escalas megalomaníacas, com ataques e magias “menores” do que em VII Remake, Crisis Core diminui também suas áreas de tráfego e seu número de missões. Se baseando grande parte em missões que são liberadas com a progressão da história e interações com os NPCs, ao invés de incentivar a exploração das áreas abertas.

Com loadings excessivos, Crisis Core tem sucesso ao nos apresentar um belo remaster, mas falha ao tentar entregar uma experiência perto do que foi Final Fantasy VII Remake. Com um visual lindíssimo, vemos que o game aproveitou até mesmo as antigas cutscenes – que já eram incríveis -, mudando sua proporção para se encaixar nos consoles de última geração. Mas claramente, podemos ver que houve um retrabalho nos inimigos, mapas, NPCs, e muito mais.

Ainda que falte algo em relação à atualização de gameplay e uma maior imersão na experiência, Crisis Core nos permite compreender fatos até então desconhecido para os fãs da franquia que não tiveram a oportunidade de jogar o game na época do PSP.

Uma das mecânicas mais interessantes do game, é a “loteria”, em que números são rodados e nos permitem emular habilidades de personagens conhecidos, bem como conjurar monstros como Bahamut, Ifrit e Fênix. Mas não apenas isso. Esses números nos garantem também habilidades temporárias de acordo com os números “sorteados”. Essas habilidades variam desde buffs e debuffs, bem como imunidade à qualquer status negativo imposto por ataques inimigos.

A história de Crisis Core aprofunda de uma maneira que Final Fantasy VII não o faz. Ainda que o sétimo game numerado da franquia explore muito mais um lado “revolucionário” e um viés não tão condizente com Crisis Core, o game nos permite aprofundar na história daquele mundo e entender para além das motivações apresentadas ao longo do sétimo game e por que a Shinra precisa ser parada a qualquer custo.

VEREDITO

Muito distante da Shinra Electric Power Company ser a principal antagonista da franquia, ela se apresenta na trama do game como a razão desses antagonistas surgirem em sua busca incessante por poder. Em uma trama permeada por enganação, crescimento e aprofundamento, testemunhamos uma das mais interessantes histórias de origem de um dos mundos de Final Fantasy.

Zack, Cloud, Aerith e a pequena participação de Tifa dão ao game um tom reconhecível, e uma história que fazem do Final Fantasy VII e seus spin-offs serem um dos melhores arcos da já enorme franquia numerada da Square Enix.

4,0 / 5,0

Confira o trailer do game:

Crisis Core: Final Fantasy VII Reunion está disponível para Nintendo Switch, PlayStation 4, PlayStation 5, Xbox One e Xbox Series S/X.

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