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CRÍTICA – Forgive Me Father (2022, Byte Barrel)

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Forgive me Father

O estúdio independente polonês, Byte Barrel, lança no dia 07/04, após um longo período em acesso antecipado, seu primeiro título: Forgive Me Father. Apoiados pela também independente 1C Entertainment (de títulos como King’s Bounty e Men of War), temos mais uma parceria interessante que demonstra a força da indústria de games do leste europeu.

Forgive Me Father seguiu a receita de muitos excelentes títulos, abrindo seu acesso antecipado em outubro de 2021 e envolvendo a comunidade na finalização de seu projeto. Através de sua comunidade no Discord e fóruns de discussão no Steam, a equipe polonesa conseguiu identificar bugs e impressões do público, fazendo correções para acertar com seu público.

SINOPSE

Escolha entre um Sacerdote ou um Jornalista e torne-se a única pessoa sã que resta em um mundo enlouquecido. Embarque numa viagem em busca de respostas e alívio e explore este mundo inspirado em Lovecraft, cheio de áreas escondidas e de difícil acesso, no qual você descobre toda a história para resolver o mistério deste lugar louco.

Durante esta viagem, você atualizará seu personagem e armas, usando suas muitas habilidades e até mesmo a própria loucura rastejante para derrotar hordas de monstruosidades que desafiam o juízo.

ANÁLISE

Forgive Me Father é um FPS no estilo boomer shooter, que lembra muito clássicos do gênero como Wolfenstein 3D e Doom. Além disso, o enredo traz elementos lovecraftianos para o jogo, dando ao terror característico uma pitada de insanidade.

É difícil falar sobre características isoladas do jogo, já que tudo nele está tão bem interligado. E são justamente estas conexões que dão sentido ao jogo e fazem dele o bom título que é. Desta forma, tentarei abordar conceitos, e não elementos técnicos específicos.

Um bom boomer shooter

A Byte Barrel sabia muito bem o que queria quando projetou Forgive Me Father. Todos os elementos que compõe um boomer shooter foram muito bem implementados. As mecânicas simples de movimentação e tiro permitem focar 100% no que acontece em tela.

E o que acontece em tela, minha gente, é formidável. A dinâmica frenética de movimentação do gênero aliada à uma trilha sonora tensa que estoura em um heavy metal vibrante quando hordas de monstros jorram de todos os lados. Tudo isso muito bem alinhado, sem exageros. O puro suco do gênero.

Os complementos à experiência

Os gráficos em formato de cartum combinam o 2D dentro do 3D, dando tons divertidos e compondo a excentricidade do título – que já estaria muito bem servido com os personagens “chtulescos”. Além disto, o gore, ou seja, a literalidade exagerada de membros decepados voando ou inimigos virando uma pasta (às vezes) vermelha contrastam bastante com a aparência amigável do jogo.

Existem ainda habilidades especiais de cada personagem (sacerdote ou jornalista) que complementam a experiência, mas que optei por ignorar em boa parte do jogo dando atenção especial ao mote principal do gênero. Falando nisto, a árvore de habilidades é bastante grande, dando ao jogador um vasto catálogo de opções para ir construindo seu personagem ao longo da jornada.

A mecânica de madness, ou seja, insanidade, é o elemento advindo da obra de Lovecraft que encanta como grande diferencial. Ela funciona tanto como um medidor para o uso de suas habilidades especiais quanto como um multiplicador de dano.

Aumente seu nível de insanidade infligindo dano. Quanto maior sua insanidade, a visão do personagem começa a distorcer, mas mais importe: seu dano aumenta. A experiência é… insana.

Modos de jogo e gameplay

Percorrer os 25 níveis e as 5 batalhas de chefe deve tomar do jogador aproximadamente 8 horas no Story Mode. No entanto, o Endless Mode, como o próprio nome já diz, pode te garantir infindáveis horas enfrentando hordas e mais hordas em 5 arenas diferentes.

O jogo, em sua versão final, conta com 8 armas padrão, além dos aprimoramentos de cada uma, 1 arma especial escondida pelos níveis, 25 inimigos diferentes (sem contar os chefes).

O jogo tem 5 modos de dificuldade. Eu me aventurei pelo normal e confesso que tive uma experiência bastante balanceada, muito alinhada ao que se espera de um nível intermediário. Buscarei durante as lives pela Twitch testar os níveis mais difíceis.

VEREDITO

Forgive Me Father é uma recomendação fácil para todos os fãs de boomer shooters. O jogo entrega novidades interessantes à temática e envolve elementos de Lovecraft sem exageros. No início, o jogo chama a atenção pelas características gráficas muito bonitas e divertidas. Mas o que prende são os desafios.

Com uma dificuldade que cresce exponencialmente, vai ser fácil se ver correndo por horas pelos corredores macabros ou pelos cenários à céu aberto do jogo. Inclusive, a progressão do jogo é muito bem conduzida, com um bom timing para inserção de novas armas, habilidades e tipos de inimigos.

Como disse no início da análise, o jogo é muito bem conectado. Suas características conversam entre si e tornam a experiência muito orgânica. Mesmo para não fãs de terror (como é meu caso), o jogo se torna uma opção divertida e interessante para se investir horas.

4,8 / 5,0

Forgive Me Father está disponível para PC via Steam e GOG.

Confira o trailer de Forgive Me Father:

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