Início GAMES Crítica CRÍTICA – ‘Kunitsu-Gami: Path Of The Goddess’ é rico tower defense baseado...

CRÍTICA – ‘Kunitsu-Gami: Path Of The Goddess’ é rico tower defense baseado na mitologia japonesa

0
Kunitsu-Gami

Kunitsu-Gami: Path of the Goddess‘ foi anunciado em Junho de 2023, e é um daquelas gratas surpresas do mundo dos games. Sendo desenvolvido pela Capcom, este parece ser um respiro e o que parece mais um acerto da onda de games incríveis lançados pela desenvolvedora japonesa. Produzida como um título inteiramente novo, Kunitsu-Gami é um game de estratégia em tempo real, e conta com um visual que faz referência às tradicionais ilustrações e mitologia japonesas.

Quando o belo Monte Kafuku, lar da deusa, é tomada por uma terrível escuridão, ele se torna uma sombra do que era. Quando vilas e seus habitantes são tomados e corrompidos, Soh, o protetor da deusa precisa agir. Uma das mais interessantes mecânicas do game vem do fato de precisarmos entender não apenas o sistema de ciclos, como o fato de que restaurar as vilas após purificá-las nos trará recompensas importantes para a nossa progressão.

No controle de Soh, precisamos recuperar as máscaras roubadas pelos demônios enquanto purificamos vilarejos no meio do caminho, tudo isso, enquanto protegemos a deusa.

Com ciclos de dia e noite, restauramos a vila, no primeiro turno, resgatamos pessoas capturadas pela corrupção e preparamos não apenas estes, como o caminho que percorreremos para no cair da noite, lutarmos contra as forças demoníacas.

SINOPSE

Kunitsu-Gami: Path of the Goddess é um jogo original para um jogador de Ação e Estratégia Kagura inspirado no Japão. O jogo se passa em uma montanha dominada pela maculação.

Durante o dia, purifique as aldeias e prepare-se para o anoitecer. À noite, proteja a Sacerdotisa das hordas de Coléricos. Repita o ciclo de dia e noite até eliminar toda a maculação da montanha e devolver paz à esta terra.

ANÁLISE

Confesso que ao longo dos anos, os games do gênero de tower defense nunca foram os meus favoritos. Não apenas pelas profundidades mecânicas destes, como por não ter histórias divertidas e profundas. Ao longo de muitas e muitas horas de gameplay, vi nas dinâmicas do game um profundo cuidado da Capcom não apenas com o desenvolvimento do game, com elementos referentes à mitologia.

Com referências claras às danças ritualísticas como Kagura e à mitologia, no controle do protetor da deusa, Soh, precisamos destruir os Coléricos – demônios deste mundo – a fim de recuperar as doze máscaras roubadas da deusa, que a dão poder.

Com um elemento de ciclos de dia e de noite, os Coléricos surgem com o anoitecer. Emergindo dos portais Torii, o outro mundo adentra ao da deusa para causar caos e maculação.

Corrompendo tudo em seu caminho, a destruição dos Coléricos atinge não apenas o Monte Kafuku, como todos os habitantes das vilas da região.

Com hordas que trarão caos à Terra, depende de nós atuar a fim de trazer paz aquele lugar.

JOGABILIDADE E MELHORIAS

Um dos principais aspectos da jogabilidade é o combate corpo a corpo. Em que Soh, nosso personagem jogável, deve impedir o avanço dos coléricos ao longo dos níveis. Com a introdução de uma nova dimensão ao mundo real com o cair das noites, o ciclo de dias e noites torna-se um elemento crucial na jornada. A jogabilidade e o visual da RE Engine dão um estilo único ao game. A engine desenvolvida pela Capcom para dar vida nova à franquia Resident Evil em 2017.

Ao longo das 17 horas de gameplay, como jogador me vi imerso em uma experiência que respeita a tradição. Ao mesmo tempo, o game introduz avanços significativos tanto na narrativa quanto na jogabilidade. Sendo assim, derrotar os mais diversos coléricos ou os bosses dão um maior aprofundamento das dinâmicas desta história e oferecem recompensas que propiciarão a nossa progressão.

Melhorias relativas às habilidades de Soh, de nossos companheiros de equipe e equipáveis, podem render à nossa missão ainda mais fluidez e vantagens em relação aos nossos inimigos, os Coléricos. Um fator relativo à nossa atividade de purificar as vilas pelas quais passamos, rendem ainda mais profundidade ao game, pois futuramente, estas vilas se tornam bases.

Ou melhor, as vilas que podemos reconstruir nos garantem vantagens. Seja mergulhando no mundo de maneira profunda, ou dedicando algumas horas em sua primeira play, Kunitsu-Gami com certeza te prenderá. Com elementos ligados não apenas ao uso e Kagura, como também da antiga arte de marionetes, chamada de buranku. Conhecida também como Ningyō jōruri, o game faz uma homenagem clara não apenas às antigas pinturas japonesas, como também o tradicional teatro de marionetes.

ALDEÕES E PROGRESSO

Como a mecânica de ciclos de dia e noite se faz essencial neste game, um fator importante deste, vem do fato de purificarmos as vilas pelas quais passamos ao longo do dia. Durante essa janela de tempo, libertamos aldeões, preparamos o terreno e montamos armadilhas para que os coléricos sejam capturados durante as noites. Tudo isso, enquanto a deusa Yoshiro chega até os portões pelos quais os demônios adentram neste plano só para purificá-los.

Os habitantes do Monte Kafuku que precisam ser salvos tem um importante papel nesta história. Salvando-os da maculação, podemos atribuir a estes atividades diversas, dando a eles poderes que variam de ataques corpo-a-corpo e à distância.

Sendo assim, em cada um dos períodos de preparação – e até mesmo ao longo do combate – podemos atribuir a estes, funções aos habitantes e posicioná-los em áreas específicas. De preferência, em locais que o garantirão vantagens em relação a nossos inimigos.

Nosso progresso, bem como a história, variam de acordo com a nossa progressão. Podendo ser tão penosa quanto possível, mas também recompensadora, o game possui um interessante fator de replay. Este fator garante aos jogadores recompensas que serão importantes para progredir.

Seja ao longo de divertidas sequências, cutscenes maravilhosas e uma história cativante, o game se faz imponente em tudo que se propõe e talvez este seja um dos nomes mais promissores para os próximos anos. Enquanto não tenta redefinir o gênero de tower defense, ele brilha quando o assunto é preparação e planejamento.

VEREDITO

Kunitsu-Gami: Path of the Goddess é um salto gigante em relação aos games de tower defense que sempre me fizeram torcer o nariz no passado. Sendo recompensador em tudo que se propõe, a relação de Soh e a deusa Yoshiro se faz cuidadosa, respeitosa e acima de tudo, linda. Se você está na dúvida se deve jogar ou não, jogue e não se arrepena.

Com uma história preciosa, Kunitsu-Gami surpreende e faz com que todos os que jogaram o game coloquem os olhos na Capcom nos vindouros anos.

Kunitsu-Gami: Path of the Goddess foi lançado no dia 19 de julho para PC, PlayStation 5, PlayStation 4, Xbox One e Xbox Series X/S.

Confira o trailer:

Acompanhe as lives do Feededigno na Twitch

Estamos na Twitch transmitindo gameplays semanais de jogos para os principais consoles e PC. Por lá, você confere conteúdos sobre lançamentos, jogos populares e games clássicos todas as semanas.

Curte os conteúdos e lives do Feededigno? Então considere ser um sub na nossa Twitch sem pagar nada por isso. Clique aqui e saiba como.

Sair da versão mobile